Todo o território paraibano, sem exceção, sofre em algum grau com a seca, segundo a nova atualização do Monitor de Secas que foi publicada nesta quarta-feira (24) pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), órgão federal que desde 2014 analisa o avanço ou a regressão do problema no país. Segundo o estudo, houve ainda uma elevação de área que saiu de seca fraca para seca moderada, o que fez aumentar esse último índice de 36,61% para 46,06% do território.
Essa nova atualização analisou a questão durante os meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021. E mostrou que outros 12 estados estão na mesma situação da Paraíba, com 100% de seu território sofrendo com a questão da seca. No caso paraibano, os problemas mais graves estão nas áreas central e oeste do estado.
Além disso, o Monitor de Secas informou que o avanço do problema se dá pela junção de dois fatores principais: chuvas abaixo da média e temperaturas acima do esperado.
A paraíba também está no grupo de estados brasileiros em que o problema se agravou, visto que isso acontece também em Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca.
O estudo é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio de diversas instituições estaduais. Na Paraíba, o trabalho é feito conjuntamente com a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa-PB).