O atual primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, do partido conservador VVD, vai começar neta quinta-feira (18) a negociar com as bancadas de outras siglas para tentar formar um governo de coalizão.
Com 63% dos votos contados, as projeções apontam que o VVD foi o partido com a maior votação, o que dá a Rutte seu quarto mandato consecutivo.
O VVD deve ficar com 36 das 150 cadeiras do Parlamento holandês.
Rutte afirmou que deve formar uma nova coalizão, essa formada com um partido mais de esquerda, o D-66, que é liderado por um ex-diplomata, Sigrid Kaag. O D-66 deve levar 24 cadeiras do Parlamento.
Ele é primeiro-ministro do país desde 2010. Ele afirmou que sua prioridade continuará a ser a pandemia, e disse que espera formar uma nova coalizão assim que possível, dada a gravidade da situação de saúde.
Eleições durante a pandemia de Covid-19
Para diminuir o risco de infecções durante as eleições, a Holanda aumentou o tempo de votação: foram três dias. A presença foi de 83%, semelhante à das eleições de 2016.
Mais de 16 mil pessoas morreram em decorrência da Covid-19 na Holanda, um país de 17 milhões de pessoas.
O resultado das eleições foi interpretado como uma aprovação da forma como Rutte gerenciou o país durante a pandemia, ainda que as taxas de infecção sejam altas e que a vacinação seja lenta.
A votação do D-66 foi melhor do que as pesquisas de intenção de voto projetavam. O desempenho foi considerado uma medida da moderação do eleitor holandês.
O partido de extrema-direita, o Partido da Liberdade, perdeu representação. O Partido Verde também terá menos parlamentares.