Faltando poucas horas para encerrar seu mandato, o prefeito de Guarabira, Marcus Diogo (PSDB), publicou no Diário Oficial desta segunda-feira (30) uma medida que chamou a atenção dos moradores e políticos locais. Ele autorizou o parcelamento de uma dívida de mais de R$ 6 milhões referente ao Instituto de Assistência e Previdência Municipal (IAPM).
A dívida será parcelada em 60 vezes, com parcelas mensais de R$ 100 mil, a serem pagas pela próxima gestão, que será comandada pela prefeita eleita Léa Toscano (União Brasil).
Críticos questionam a oportunidade e transparência da medida. “Essa dívida deveria ter sido discutida com a sociedade e com a prefeita eleita. É um comprometimento pesado para os cofres públicos que recai diretamente sobre a próxima gestão”, afirmou Armando Melo, vereador diplomado .
O IAPM é responsável pela previdência dos servidores municipais, e a dívida acumulada compromete diretamente a saúde financeira do instituto. Servidores demonstraram preocupação com o impacto do parcelamento. “Queremos saber como essa dívida foi gerada e quais garantias teremos de que será paga de forma regular, para que nossa aposentadoria não seja prejudicada”, falou representante dos servidores.
A prefeita eleita Léa Toscano ainda não se manifestou oficialmente sobre o tema, mas aliados próximos afirmam que ela deve avaliar o impacto do parcelamento assim que assumir o cargo no próximo dia 1º de janeiro.