Com três filhos na pré-escola, o gerente de marcas Jeremy Cothran preparou-se para o caso de sua família ter resfriados, Covid-19 ou outras infecções em algum momento durante o inverno do hemisfério norte. Mas os dias que antecederam o Natal foram ainda piores do que ele imaginava.
“Tivemos uma sucessão de crianças doentes, com febre ou norovírus”, conta Cothran, que tem 41 anos e trabalha para uma companhia de recrutamento na área de tecnologia na capital da Suécia, Estocolmo. “As doenças acabaram culminando em vômitos tarde da noite e visitas à lavanderia do prédio logo pela manhã, para lavar roupas e lençóis.”
Isso significa que os pais suecos, ao contrário de muitos pais em outras partes do mundo, não precisam correr para procurar parentes para ajudá-los, tirar férias ou licenças não remuneradas, nem simplesmente tentar levar trabalho para casa quando seus filhos ficam doentes.
“É uma imensa rede de segurança”, afirma Cothran, que nasceu nos Estados Unidos. Ele e a esposa, que é chefe de marketing, tiraram ao todo nove dias de VAB durante o último ciclo de doença dos seus filhos. “Não temos suporte familiar na Suécia e [por isso] temos dificuldade de lidar com abalos no nosso sistema familiar. Sem o VAB, não teríamos como conseguir administrar a carreira, a vida familiar e nossa saúde mental ao mesmo tempo.”