Quase 38% dos estabelecimentos da Paraíba tiveram que demitir algum funcionário durante a pandemia do novo coronavírus, de acordo uma pesquisa feita pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL-PB). O levantamento feito pela instituição na Paraíba apontou também que poucos empresários tiveram acesso às medidas de auxílio emergencial, cerca de 68% deles não conseguiram usar linhas de créditos de governos federal ou estadual.
Ainda de acordo com a pesquisa da FCDL-PB, foram ouvidos 138 empresários na Paraíba entre os dias 21 de maio e 3 deste mês. Outros dados da pesquisa também merecem atenção:
- 26,8% das empresas estão fechadas;
- 38,4% funcionando com medidas restritivas;
- 26,1% decidiram manter as atividades em plataformas virtuais;
- 8,7% continuam abertas durante a pandemia.
Ao serem questionados sobre a possibilidade de manutenção das medidas de isolamento social, 28,3% dos empresários paraibanos disseram que conseguem manter os empreendimentos somente pelos próximos 15 dias; 42% afirmam que as atividades sobreviveriam por um ou dois meses a mais de isolamento; 8% garantem manter os empreendimentos por um período entre 3 e 5 meses; 8,7% por mais de 3 meses; e 13% acreditam que se manteriam no mercado através de plataformas digitais.
As medidas restritivas ao funcionamento de estabelecimentos que não são considerados essenciais na Paraíba já duram cerca de 80 dias. No dia 31 de maio, o governador João Azevêdo (Cidadania) anunciou um plano de retomada das atividades para segmentos da economia.
As medidas anunciadas no projeto podem entrar em vigor a partir do dia 15 de junho, mas antes serão discutidas com representantes de alguns setores e a sociedade civil. A proposta é baseada em um estudo elaborado pela Jonhs Hopinks University, situada nos Estados Unidos. Ela estabelece abordagens conforme avaliações de risco em cada município paraibano e foi nomeada de “Construindo um novo normal para a Paraíba ante aos desafios de curto, médio e longo prazos da Covid-19”.
g1pb