A Paraíba é o terceiro estado com maior produção de palma forrageira do país. Os dados são do Censo Agropecuário de 2017, segundo o qual o estado alcançou a marca de 356.350 mil toneladas do cacto, o que representou 12,39% da produção nacional. Monteiro, no Cariri, é o município paraibano que se destaca, ocupando também o 8º lugar no país.
Com esses índices, a Paraíba ficou atrás apenas de Pernambuco (468.826) e Bahia (1.303.149) no volume produzido. Já comercialização dessa forrageira, representou volume de quase sete milhões e meio de reais (R$ 7.380.000,00), 11,67% do total do país.
O levantamento foi compilado pelo Núcleo de Inteligência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Nele é possível perceber ainda que o cultivo da palma é quase que exclusiva da região Nordeste, responsável por 99,61% do total.
A importância dessa cultura no Brasil e também os seus usos em outros países vão ser discutidos durante o X Congresso Internacional de Palma e Cochonilha, que acontecerá em João Pessoa, entre os dias 26 e 28 de setembro, no Centro de Convenções. A iniciativa reunirá centenas de pesquisadores de 16 países, já inscritos.
No Brasil, a tradição é de usar a palma para alimentação animal. Resistente e adaptada ás condições climáticas e de solo das regiões semiáridas, a forrageira é considerada como imprescindível para viabilizar a pecuária no Nordeste.
“A palma é uma condição fundamental para a pecuária da região. No pico da seca, chegamos a colher 20 toneladas de palma por dia para alimentar cerca de 600 cabeças de gado, 500 cabeças de ovelha e garantir o suporte forrageiro para os animais”, resume o produtor rural Álvaro Borba, criador de gado Sindi, em Campina Grande.
Além dos cientistas, produtores rurais também terão acesso a informações técnicas sobre essa cultura, num evento paralelo ao Congresso Internacional. Trata-se da 3ª edição do Agropec Semiárido, que transmitirá conhecimento prático por meio de 90 palestras, distribuídas também ao longo dos dias 26 e 28.