Os primeiros casos de Febre Oropouche com transmissão local na Paraíba foram confirmados nesta quarta-feira (9), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). São dois pacientes: um homem de 42 anos de idade, na cidade de Campina Grande, e uma mulher de 41 anos, residente da cidade de Alagoa Nova. Ambos estão sob acompanhamento das secretarias municipais de Saúde de suas respectivas cidades.
O primeiro caso da doença na Paraíba foi registrado em julho deste ano, em João Pessoa, mas o paciente, um homem de 34 anos, foi contaminado durante uma viagem para o estado de Pernambuco.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Campina Grande, o homem de 42 anos apresentou os sintomas (febre 39ºC; dores pelo corpo, náuseas, dor de cabeça intensa, dores abdominais) no início do mês e procurou assistência em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na quarta-feira (2). Ele foi tratado conforme os protocolos e condutas médicas voltados para arboviroses e orientado a fazer a recuperação em casa.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, em Alagoa Nova, uma mulher de 41 anos, que não é gestante, também apresentou sintomas semelhantes ao paciente de Campina Grande, na terça-feira (1º). Ela foi atendida na Unidade de Saúde da Família, segue sem sintomas e também está acompanhada pela Secretaria Municipal de Saúde.
Sintomas da Febre do Oropouche
Os sintomas da Febre do Oropouche são semelhantes aos das arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, por isso é necessário que, ao apresentá-los, a população procure o serviço de saúde mais próximo para receber o tratamento adequado.
Entre os principais sintomas estão: febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e articular, tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas, vômitos.
Diferente da dengue, zika e chikungunya, que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a Febre do Oropouche tem como principal transmissor o mosquito maruim, também chamado de “muruim”, comum no território paraibano. A transmissão ocorre por meio dos mosquitos infectados.
Cuidados com a Febre Oropouche na Paraíba
A responsável técnica pelas arboviroses da SES, Carla Jaciara, reforçou a necessidade com os cuidados de prevenção e controle do agravo.
“É importante procurar o Serviço de Saúde nos primeiros cinco dias de início dos sintomas, para que seja feita a coleta de forma oportuna e adequada, como também para que os profissionais fiquem atentos à sintomatologia, sendo muito semelhante à dengue e chikungunya”, disse, ao informar que as amostras são encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen/PB).
Além disso, Carla alertou a população para evitar a circulação em áreas que tenham casos já confirmados; usar repelente, principalmente as gestantes, e usar roupas que protejam as partes do corpo que ficam mais expostas ao mosquito maruim, transmissor do vírus da Febre Oropouche.
Outras formas de prevenção incluem limpar terrenos e locais de criação de animais; recolher folhas e frutos que caem no solo; usar telas de malha fina em portas e janelas; eliminar os criadouros do mosquito e evitar exposição durante o horário de pico do inseto, normalmente no fim da tarde.