Com apenas 13 anos e 203 dias (seis meses e 22 dias), a maranhense Rayssa Leal tornou-se a brasileira mais jovem a receber uma medalha olímpica — e a sétima medalhista mais jovem em toda a história dos Jogos Olímpicos de Verão.
Rayssa (conhecida como Fadinha), que ganhou a prata na categoria street nesta segunda-feira (26), é quatro meses mais jovem que a vencedora da modalidade, a japonesa Momiji Nishiya. A skatista do Japão se tornou a segunda medalhista de ouro mais jovem da história — um recorde que permanece intacto desde 1936 (confira o ranking mais abaixo).
Tóquio 2020 marcou a estreia em Olimpíadas do skate, um esporte que costuma ter atletas bastante jovens competindo desde cedo. A idade das três medalhistas na categoria street chamou atenção: as duas primeiras têm 13 anos e a medalhista de bronze (a japonesa Funa Nakayama), 16. A idade somada das atletas do pódio é 42 anos.
Em 125 anos de olimpíadas na era moderna, foram poucos os atletas com menos de 14 anos que conseguiram subir ao pódio.
Nos últimos 85 anos, desde Berlim 1936, a brasileira é a mais jovem medalhista olímpica.
Antes de Rayssa, a atleta mais jovem do Brasil era Rosangela Santos, parte da equipe brasileira de corrida no revezamento 4x100m que ganhou bronze em Pequim 2008.
Ela tinha 17 anos na época, mas só ganhou a medalha nove anos depois da prova — o Brasil havia chegado em quarto lugar, mas a equipe campeã, a Rússia, foi eliminada anos depois, após uma revisão de doping. Antes de Rosângela Santos, todos os atletas medalhistas mais jovens do Brasil tinham 18 anos — entre eles o fenômeno do futebol feminino, Marta, que ganhou prata em Atenas 2004.