Um novo ano se aproxima e com ele surgem planos e metas. As listas vão desde objetivos pessoais, bens materiais a realizações na área profissional. Um estudo desenvolvido pela Universidade de Scranton, na Pensilvânia (EUA), aponta que apenas 8% das pessoas conseguem concretizar o que idealizaram. Apesar de o ato de estabelecer metas ser algo positivo, ele também pode ser um gatilho, gerando problemas como estresse, ansiedade e até depressão em quem não consegue concretizá-los.
A psicóloga do Sistema Hapvida Michelle Costa destaca que é saudável traçar planos, mas que é importante trabalhar com prioridades. “Definir uma quantidade grande de metas exige muito esforço e dificulta um planejamento. O melhor caminho é estabelecer um número menor, mas com metas mais significativas, as mais importantes. Procurar estabelecer um quantitativo pequeno de metas vai contribuir para que estas sejam alcançadas e isso além de saudável, gera uma sensação de realização pessoal impulsionando o indivíduo a estabelecer um número de metas um pouco maior no ano seguinte”, orienta.
Michelle ressalta que entre os problemas provocados à saúde mental de um sujeito quando uma meta pré-estabelecida não é cumprida está a frustração. “A pessoa pode ainda se sentir incapaz de provocar uma mudança pessoal em si mesmo, gerando um alto nível de frustração, causando insônia, estresse, apatia, tristeza, depressão e crises de ansiedade em casos extremos”, elenca.
A especialista explica que é importante para a saúde mental que toda pessoa se sinta bem em relação ao futuro, pois isso gera pontos positivos para o sentimento de felicidade e autoestima. Além de que todo indivíduo precisa estabelecer objetivos como uma forma de se sentir motivado, mas que estes precisam ser alcançáveis. “Os objetivos realistas servem para dar direção às nossas vidas e trazem o sentimento de realização e satisfação quando os atingimos. Ao fazer planos e desejar algo, estamos contribuindo para alimentar a sensação de bem-estar”, aponta.
PB Agora