No último fim de semana, aconteceram shows em comemoração aos 10 anos do Parque Bemais, no município de São Miguel de Taipu, no Brejo paraibano. O que se percebeu foi uma mutidão de pessoas aglomeradas ao redor do palco para assistir as apresentações. Essa concentração de pessoas em pequeno espaço é uma preocupação da Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) em relação ao risco de novos casos de covid-19.
Apesar dos números de casos confirmados e de mortes por Covid-19 diários estarem cada vez menores, a pandemia ainda não acabou e as autoridades sanitárias alertam para o perigo e pregam cautela na liberação de eventos com grande número de participantes. Ao ClickPB, o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, ressaltou que no shows desse fim de semana nessa cidade, o Corpo de Bombeiros analisou e liberou a presença de 20 mil pessoas por conta da área.
No entanto, comentou que muitas pessoas se aglomeraram ao redor do palco. Medeiros lembrou que existiram duas situações no Parque Bemais. “São duas situações diferentes. Uma é a vaquejada, que funcionou normalmente, sem aglomeração, e a outra é outro espaço de shows. Era uma área grande e os Bombeiros avaliaram para 20 mil pessoas. Então, esses eventos, com 20 mil pessoas, que ficam se aglomerando no espaço físico bem menor, quer dizer, concentrando as pessoas ao redor do palco, determina uma alta contaminação das pessoas, é inegável. Então é motivo de preocupação”, revelou, em conversa com o portal ClickPB.
Para o secretário é necessário que eventos com grande público de pessoas sejam adaptados. No caso em questão, orienta que sejam colocadas mesas para que haja um distanciamento entre as pessoas, consequentemente evitando aglomerações. O evento realizado no fim de semana, em especial a parte dos shows, sobrou críticas por parte da desorganização no local e até supostamente não cobrança do passaporte da vacina, como investiga o Ministério Público da Paraíba (MPPB).
Além disso, o público que foi ao evento criticou a falta de infraestrutura, sem iluminação no caminho da BR até o espaço onde estava instalado o palco, a maioria teve que caminhar por cinco quilômetros, outros deixaram os carros no meio da estrada. Houve também o caso da cantora Danieze Santiago, que estava na programação de apresentação dos shows e que teve que caminhar junto com a equipe com os instrumentos musicais da rodovia até onde estava havendo os shows, e que acabou não cantando, pois a organização informou que não teria mais tempo porque o evento por completo acabaria às 4h. No entanto, se estendeu até às 7h.