Uma mãe denunciou a polícia o companheiro por estuprar a filha dela de 13 anos, que é enteada dele. Segundo a mulher, o crime, que ocorria dentro da casa da família, em Salvador, foi descoberto depois que a filha detalhou a situação na frente do suspeito.
A mulher, que estava junto com o homem há seis anos, afirmou que os abusos eram frequentes, mas só foram descobertos na segunda-feira (2).
“Ela [ a adolescente] conversou comigo e me contou que ele abusava dela. Inclusive ela, quando contou, contou na frente dele mesmo. Ele negou, óbvio. Ele disse que íamos acabar com a vida dele, que era mentira. E ele disse que se a gente acabasse com a vida dele, ele ia matar todas nós e que após ia se matar”, disse.
A mãe da garota revelou ainda que já prestou queixa na delegacia especializada, mas que ainda não obteve retorno. Para ela, as investigações estão demorando.
“Durante um ano ele abusava dela todos os dias. Ele fazia de tudo para colocar ela de castigo e que a outra [filha] pudesse descer para brincar para e ele ficar sozinho com ela. Ela disse: ‘Minha mãe, ele me ameaça, estava armado. Me ameaçava de me jogar pela janela do apartamento, de me matar com um garfo. Ele já me ”engarguelou’. Se você perguntar a ela 10 vezes, ela não se contradiz em nenhuma. Mais de 10 vezes ela fala da mesma forma”, pontuou.
Após o caso, a mulher levou a adolescente estuprada e outros filhos para a casa do ex-marido, pai da vítima. O homem revelou indignação com a situação.
“Ela me ligou desesperada, pedindo ajuda, dizendo que a menina estava sendo assediada, já fazia um ano. Não é fácil para um pai descobrir isso. Está sendo muito difícil para família, para todos. Uma criança nova, com um futuro imenso. Desmoronou a vida de todo mundo. O colégio que ela estava estudando teve que mudar. Ela será acompanhada por psicólogo. Não está bem. Ela não consegue nem falar. Se isolou de todo mundo. Graças a Deus a menina falou. Ela não aguentava mais ser abusada e falou”, disse.
A previsão é de que ocorra uma audiência para apurar o caso no próximo dia 30 de março, na Delegacia Especializada de Repressão a Crime Contra Criança Adolescente (Derca). O caso é acompanhado também pelo Ministério Público Estadual