O Ministério Público Federal da Paraíba (MPF-PB) está investigando uma denúncia de um suposto tratamento diferenciado para médicos durante a campanha de vacinação contra a Covid-19, em João Pessoa.
Na denúncia, o Conselho Regional de Farmácia da Paraíba (CRF-PB) alega que os médicos com mais de 60 anos teriam sido imunizados, no formato drive thru, na sede do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), situação que não teria sido repetida aos demais profissionais de saúde.
A vacinação para profissionais de saúde com mais de 60 anos começou a ser realizada na capital paraibana na quarta-feira (10). Foram disponibilizados três pontos de vacinação no sistema drive thru: o Ginásio Ronaldão, no bairro do Cristo; o Centro de Convenções de João Pessoa, no Cabo Branco; e o Aeroclube de João Pessoa, no bairro de mesmo nome.
O órgão ministerial informou que o procurador-geral do município, Bruno Nóbrega, teria confirmado que disponibilizou a imunização no mesmo formato para outras categorias da área de saúde. O CFM, no entanto, relatou que não recebeu a oferta por parte do município ou do estado.
Na sequência, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que decidiu espontaneamente pelo cancelamento da oferta do serviço que aconteceu na sede do CRM.
O MPF deu prazo de 48 horas para que a SMS informe se ainda há planejamento para a oferta desses serviços aos outros conselhos profissionais e quais os critérios estabelecidos para que eles aconteçam.
Ao blog Conversa Política, do Jornal da Paraíba, o procurador-geral do município, Bruno Nóbrega, explicou que o CRM fez o pedido para disponibilizar a vacinação no formato drive thru e entrou em contato com outros conselhos, mas eles não tinham o mesmo espaço. Disse também, que para evitar qualquer questionamento de tentativa do benefício, o secretário de saúde do município determinou o cancelamento da oferta do serviço.
CRM disse que não houve vacinação na sede do órgão. No perfil do Instagram da instituição, há dois avisos sobre o assunto. Um comunicando sobre a imunização e outro sobre o cancelamento dela.
g1