Aprimeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, pediu ao Congresso, nesta sexta-feira (22), que atue para reunir as milhares de crianças que foram separadas dos seus pais na fronteira com o México, devido à política de “tolerância zero” defendida pelo marido.
“Visitar as crianças no centro de detenção do Texas, ontem (21), foi muito comovente. Apesar das circunstâncias difíceis, as crianças estavam de bom humor e muito amáveis. Espero sinceramente que o Congresso consiga chegar a um acordo e encontrar uma solução!”, escreveu Melania na sua conta oficial do Twitter.
Embora o Congresso possa incluir a reunificação familiar em alguma das propostas migratórias que, em princípio, debaterá na próxima semana, o caminho mais fácil para acelerar o processo é através de uma ordem direta do presidente norte-americano, Donald Trump, ao Departamento de Segurança Nacional.
Além disso, ao mesmo tempo que Melania pedia aos congressistas para que adotassem medidas neste sentido, Trump instou-os a “não perderem tempo” com temas da imigração até às eleições legislativas intercalares de novembro, numa de suas postagens da rede social.
A primeira-dama visitou na quinta um dos centros de detenção para menores imigrantes na localidade de McAllen, Texas, fronteiriça com o México e onde se deslocou de forma inesperada para se inteirar diretamente da situação.
Apesar de os dados oficiais indicarem que mais de 2.300 menores foram separados dos pais, a imprensa local citou fontes da administração para informar que cerca de 500 crianças já foram entregues aos respectivos pais.
Trump decidiu, na quarta-feira (21), pôr fim à separação familiar na fronteira, mas não resolveu a situação dos milhares de crianças que já tinham sido separadas das famílias, porque, ao adotar a política de “tolerância zero”, a administração não pensou nessa parte da questão, e quem gere os centros de detenção não ficou com informação sobre os menores, tendo sido retirado deles tudo o que poderia identificá-los, incluindo brinquedos.
A ordem executiva assinada por Trump debilita esta política promovida pelo procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, que estipulava a apresentação de acusações criminais contra todos os imigrantes sem documentação que atravessassem a fronteira do México.
A partir de agora, os pais já não serão acusados de crime, mas os restantes imigrantes que viajem sem crianças serão processados criminalmente.
Assim, ao não enviarem automaticamente os pais para os tribunais federais, os juízes não podem acusá-los formalmente de crimes, o que significa que permanecerão junto dos seus filhos e poderão ser libertados enquanto decorre o processo judicial. Com informações da Lusa.