O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (8) ao G1 que o partido discutirá um “apoio crítico” a Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição presidencial. O dirigente também descartou a possibilidade de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).
O PDT teve candidato próprio na eleição presidencial deste ano. Ciro Gomes terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com mais de 13 milhões de votos, menos da metade dos mais de 31 milhões de Haddad, segundo colocado. Bolsonaro teve quase 50 milhões
O segundo turno da eleição será realizado no próximo dia 28. O mais votado será eleito presidente da República e governará o país por quatro anos a partir de 1º de janeiro de 2019.
“Estamos começando a conversar [sobre a posição do partido no segundo turno]. O que jamais faremos é apoiar o Bolsonaro. Uma das sugestões em análise é dar um apoio crítico ao Fernando Haddad”, disse Lupi.
O tom de Lupi sobre Bolsonaro foi o mesmo adotado por Ciro Gomes. Na noite de domingo (7), ao ser questionado sobre sua posição no segundo turno, Ciro excluiu a hipótese de estar ao lado do candidato do PSL: “Ele não, sem dúvida”.
Lupi afirmou que começou a ouvir lideranças do PDT sobre o posicionamento da sigla e que pretende convocar uma reunião na próxima quarta-feira (10), em Brasília, para definir essa posição. Integrantes da executiva nacional, presidentes de diretórios estaduais e parlamentares serão convidados para o encontro.
Lupi considerou “pouco provável” o partido ficar neutro na disputa. Assim, ele disse que tem “sondado” lideranças da legenda sobre um “apoio crítico” a Haddad.
“As ideias de Bolsonaro não têm relação com a história do PDT. O partido daria um apoio crítico a Haddad, sem compromisso de ter cargos em um possível governo. Seria um apoio para ter independência ali na frente”, afirmou.
Fonte: G1