O juiz da 2ª Vara Criminal de João Pessoa, Marcial Henrique Ferraz da Cruz, aceitou a denúncia, dentro da Operação Calvário, contra o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho. Ele é acusado de receber propina para a compra de uma casa em um condomínio de luxo em João Pessoa.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e aceita na noite desta terça-feira (10) como apurou o ClickPB. Ainda são réus nesse processo, além do ex-governador, o filho, Rico Coutinho, Ricardo Cerqueira Leite Vieira Coutinho, Coriolano Coutinho e Raquel Vieira Coutinho, o empresário Ivanilson Araújo, Anelvina Sales Neta e Denise Krummenauer Pahim.
De acordo com a denúncia, os desvios ocorreram, por meio de contratos firmados entre o Governo do Estado e empresas fornecedoras de produtos agrícolas, nas gestões de Ricardo Coutinho, de 2010 a 2018, sendo o último ano da segunda gestão a época de compra do imóvel milionário.
O imóvel adquirido foi avaliado em um valor de R$ 1,7 milhão, em um condomínio no Portal do Sol, na capital paraibana. Rico Coutinho, filho de Ricardo, foi denunciado que responsável por simular a compra da casa na intenção de ocultar a origem do patrimônio.
A denúncia havia sido protocolada pelo MPPB no mês passado. Consta nela que o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) apurou que Rico, filho de Ricardo, incidiu na conduta criminosa de lavagem de dinheiro, ao simular com Ricardo a compra e venda de imóvel de propriedade do pai, produto de manobras ilícitas.
Ainda na denúncia, ficou constatado que Ivanilson Araújo, através de suas empresas e através de Anelvina Sales Neta, repassava propinas para Ricardo Coutinho, por meio de Raquel Vieira Coutinho, Coriolano Coutinho e Denise Krummenauer Pahim. Também foi revelado que Rico simulou a compra de um imóvel de propriedade do pai, Ricardo Coutinho, para a ocultação da origem ilícita do patrimônio.