Aconteceu na quinta-feira (31/08) o júri popular sobre o assassinato do venezuelano Daniel Alberto Gomez Brito, morto a tiros na madrugada do dia 2 de fevereiro do ano passado. O réu, Iran Medra da Silva, que é professor, foi absolvido pelos jurados, que aceitaram a tese da defesa, os advogados paraibanos José Gouvêa Neto e Getúlio Sousa, de negativa de autoria. Ou seja: a maioria dos jurados entendeu que não foi o professor quem matou o venezuelano.
O julgamento foi presidido pela juíza Renata Guerreiro Milhomem, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Marabá-PA.
O venezuelano, de 45 anos, estava em casa no momento em que foi executado a tiros. O crime ocorreu na região central do Núcleo Cidade Nova. O professor foi preso 20 dias depois. Para a Polícia Civil e para o MP, a motivação do homicídio seria ciúmes que o acusado tinha da ex-mulher, que estaria saindo com Daniel, a vítima. Mas nada disso foi provado, na avaliação do júri, que inocentou o professor.
O corpo do professor ficou cerca de um ano na câmara fria do Instituto Médico Legal (IML) e, diante do resultado do julgamento, o crime continua com autoria desconhecida.
Advogado de defesa de Iran Medra, Getúlio Sousa disse que existem provas contundentes da inocência do professor. “Um professor de educação indígena, um professor universitário, com um processo que nós julgamos que foi feito com algumas lacunas processuais”, declarou ele em entrevista.
O advogado Neto Gouvêa que defendeu do professor no julgamento foi enfático ao afirmar a inocência do réu. “Estamos diante de um homem manifestamente inocente, um homem que é útil à sociedade, útil à família, um homem que contribuiu com a educação de Marabá”, declarou.
No tribunal do júri, os advogados paraibanos conseguiram provar a inocência do réu a partir da tese levantada num caso que foi de muita repercussão no estado do Pará.