O juiz Sérgio Humberto Sampaio, preso no sábado pela Polícia Federal sob suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça da Bahia, tinha em sua residência três relógios da marca Rolex, joias da marca Cartier e automóveis de luxo, de acordo com a investigação da Operação Faroeste.
As informações foram apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao pedir a prisão temporária do juiz, como um desdobramento da Operação Faroeste. A prisão foi determinada pelo ministro Og Fernandes, relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os itens de luxo foram encontrados pela PF na residência de Sérgio Humberto na última terça-feira, quando foi deflagrada a Operação Faroeste. Ele não estava em casa no momento. Sua esposa informou à PF que Sérgio estava de férias em viagem a Barreiras, no oeste baiano, região onde estão ocorrendo as decisões judiciais suspeitas de corrupção. Pelo risco de interferir nas provas, a PGR solicitou então a sua prisão temporária.
A PGR apontou suspeitas de que Sérgio Humberto leva um padrão de vida superior ao possibilitado por seu salário de juiz. “Agregue-se a isso o fato de terem sido encontrados na residência do investigado Sérgio Humberto Sampaio, além de três relógios Rolex e joias Cartier, os seguintes automóveis de luxo: 1 BMW X6; 1 Porsche Cayenne; 1 Honda HRV; e 1 moto Harley Davidson, que, venia concessa, transbordam o patamar normal financeiro de um servidor público”, escreveu a subprocuradora Lindora Maria Araújo, responsável pelas investigações da PGR junto ao STJ.