O Movimento Brasil sem Parasitose lançou a terceira jornada para conscientizar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento para erradicar a doença. A jornada é uma iniciativa da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Além de divulgar material informativo sobre a enfermidade, o movimento vai disponibilizar uma ônibus que percorrerá cidades com especialistas que atenderão pacientes ou pessoas interessadas em obter mais informações. A jornada teve início na cidade de Guarulhos, em São Paulo, e vai passar por Belo Horizonte, Salvador, Recife e Rio de Janeiro.
As parasitoses são infecções causadas por parasitas intestinais. Há mais de 10 tipos diferentes da doeça, conforme o parasita, como amebíase, ascaridíase, balantidíase, esquisostossomose mansônica e giardíase. Segundo o Movimento Brasil sem Parasitose, estimativas indicam que a doença incide em 36% dos adultos e 55% das crianças.
Os sintomas são diversos, como dor abdominal, diarreia, gases, perda de peso, febre, falta de apetite, desejo de comer coisas estranhas (como terra), déficit de crescimento e desnutrição. Como não há sintomas próprios muito evidentes, muitas vezes, o diagnóstico é dificultado.
Segundo a médica Elaine Moreira, da Federação Brasileira de Gastroenterologia, em geral, a doença não evolui para quadros de maior gravidade. Mas isso pode ocorrer, inclusive chegando a ocasionar morte, se o paciente tiver alguma deficiência de imunidade.
Transmissão
A parasitose pode ser transmitida quando se come alimentos ou se toma água infectados, ou pelo contato da pele com larvas, que podem estar no solo, em alimentos, no lixo ou em fezes de animais.
Por isso, uma das formas mais importantes de prevenção é o cuidado com a higiene pessoal e da casa. Isso envolve lavar as mãos constantemente, evitar colocá-las na boca e nos olhos, manter unhas bem cortadas, evitar andar descalço em locais de pouca higiene, manter a casa e o terreno sempre limpos. No manejo dos alimentos, sempre lavar vegetais, tomar e usar água filtrada e vedar bem o lixo.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico e o tratamento estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela rede privada. A Organização Mundial da Saúde (SUS) recomenda que, em países como o Brasil, as pessoas busquem pelo menos um tratamento contra parasitoses por ano. “Contudo, a realização do procedimento em um ano não elimina a necessidade de realizá-lo no seguinte”, alerta a médica Elaine Moreira.
Fonte: Agência Brasil