O conselheiro afastado do Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) Arthur Cunha Lima pediu aposentadoria no início do mês. Arthur foi afastado do cargo após ser acusado de participar do grupo criminoso investigado pela Operação Calvário, da Polícia Federal, que apura desvio de recursos da saúde e educação por meio de organizações sociais. O pedido de aposentadoria se tornou público nesta terça-feira (14).
O pedido foi feito por Arthur ao TCE-PB, que protocolou o documento no sistema da Paraíba Previdência (PBPrev). Segundo a assessoria de comunicação do TCE-PB, até esta terça-feira ainda não existia resposta sobre o deferimento do pedido por parte da PBPrev, que tem até 30 dias após o recebimento para publicar o ato.
Arthur Cunha Lima, que tem 71 anos, assumiu o cargo de conselheiro no TCE-PB em 2010, substituindo José Marques Mariz. Ele era presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) quando foi nomeado conselheiro pelo então governador José Maranhão (MDB). Arthur também já foi presidente do TCE-PB.
Em dezembro do ano passado, Arthur se tornou alvo da Operação Calvário após um dos delatores, Daniel Gomes da Silva, apontar que o conselheiro era destinatário de pagamento de propinas. O dinheiro seria para que as contas da Cruz Vermelha Brasileira, então gestora do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, fossem aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
No último dia 17, Arthur, o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) e outras quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) em uma nova ação da Calvário, acolhida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).