A sexta fase da Operação Recidiva, denominada de Operação Bleeder, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (18) e constatou indícios que dos R$ 79 milhões orçados para a construção de açudes na Paraíba, R$ 21,5 milhões foram desviados.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), são R$ 13,3 milhões em sobrepreço e R$ 8,2 milhões em superfaturamento.
As investigações apontam que agentes públicos recebiam pagamento de suborno para que empresas de fachada vencessem licitações fraudadas. Após o procedimento licitatório, a organização criminosa atuava nas funções de construtores e fiscais das obras, o que facilitiva o desvio do erário.
As obras investigadas são dos municípios paraibanos de Aguiar, Brejo do Cruz, Emas, Gado Bravo, Ingá, Itaporanga, Pedra Branca, Riachão do Bacamarte, Santana de Mangueira, São Bento e São José de Caiana. A investigação também realizou levantamento de dados em relação às obras em Aguiar, Alcantil, Bananeiras, Monteiro, Parari e Serra Grande.
A operação tem como objetivo reverter ao erário os valores pagos indevidamente e a apuração de responsabilidade dos envolvidos nas irregularidades. Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos, Paulista, Pombal, todas na Paraíba e em Juazeiro do Norte, no Ceará.
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