Nascido em Cuitegi, Antonio Paulino Filho foi prefeito daquele município por duas vezes e, anos depois, também conseguiu eleger a filha, Telma Paulino para a chefia do Executivo Municipal. Quando esteve vereador na cidade de Guarabira, era o único parlamentar da Casa que apoiava o prefeito Osmar de Aquino. Naquele tempo, mesmo apoiando o gestor de forma isolada, conseguiu eleger-se presidente da Câmara Municipal.
A grande obra de Antonio Paulino, dentre tantas outras de pedra e cal e de cunho social, segundo o historiador e escritor Martinho Alves de Andrade, diz respeito a forma com que o líder político tratava os mais humildes. Naquele tempo, por exemplo, ele era aposentado e ganhava (a preço de hoje) em torno de R$ 7 Mil Reais e reservava esse dinheiro para distribuir com os pobres.
Todos os dias, por exemplo, a casa de Antonio Paulino, localizada em frente ao Escritório da Cagepa em Guarabira, tinha uma fila de gente. O líder político, e avô do deputado Raniery Paulino, doava ordens de alimentos, remédios e material de construção aos mais humildes. Diariamente cerca de duzentas e trezentas pessoas eram atendidas por “Sr. Antonio Paulino”. Tudo com dinheiro do próprio bolso.
O prestígio de Antonio Paulino era tão indiscutível que, quando de seu sepultamento, a ataúde foi levado em cima do carro do Corpo de Bombeiros de Guarabira, inclusive num cortejo acompanhado por incalculável multidão. Até hoje nenhum enterro na cidade superou o número de gente alcançado no de Antonio Paulino.
Além de político, “Senhor Antonio Paulino” era um dos maiores comerciantes do Brejo paraibano, chegando a exportar sisal (agave) até com o exterior.