Um episódio triste com suspeitas de negligência médica foi registrado nessa quinta-feira 1, no Hospital Regional de Guarabira. O caso ocorreu com uma mulher, oriunda da zona rural de Solânea, grávida de quatro meses, que abortou em um banheiro do complexo hospitalar e teria sido por falta de atendimento.
De acordo com uma das testemunhas, a qual se identificou pelo prenome de Nataline e concedeu entrevista no local ao repórter Zé Roberto, a gestante teria chegado ao hospital no dia anterior [quarta-feira] se queixando de dores na região do feto, porém teriam a liberado mesmo assim, para casa por alegarem inatividade do aparelho de ultrassonografia.
A jovem senhora grávida retornou nesta sexta com muita dificuldade, da sua cidade ao HRG, devido às dores insuportáveis que a mesma dizia sentir, porém, ainda conforme Nataline, a atendente teria pedido para que ela aguardasse devido a outras pacientes que estariam na frente. Foi quando, em dado momento, ela disse que iria ao banheiro urinar, onde abortou e foi encontrada pelas pessoas toda ensanguentada. “Ela era para ter sido atendida ontem, poderia ter segurado a criança (…) se caso acontecesse comigo eu procurava a Justiça”, disse Nataline que presenciou o episódio.
O caso comoveu a sociedade da região guarabirense e repercutiu na sessão da Câmara Municipal de Guarabira, no mesmo dia, quando os vereadores, inclusive de oposição ao governo do estado, se disseram indignados com o fato, chegando um deles, Elias Filho, a tachar a unidade hospitalar de ‘abatedouro’.
Outras informações dão conta que a família da paciente vai entrar com ação judicial contra o hospital.
Até esse momento a direção do HRG não se pronunciou sobre o fato.