O Governo do Paraná anunciou que vai assinar nesta quarta-feira (12) um convênio com a estatal russa para produzir a vacina Sputnik V. O acordo prevê que o Paraná poderá fazer testes, produzir e distribuir a vacina.
A previsão é de que o convênio seja assinado pelo governador Ratinho Júnior (PSD) e o embaixador da Rússia, às 14h de quarta.
Ainda conforme o governo, o passo seguinte à assinatura do acordo é o compartilhamento do protocolo russo com a Anvisa, para que a agência libere todas essas etapas.
Ainda não foi informado sobre data para início da ação justamente porque depende da liberação da Anvisa.
É importante essa assinatura para que essa condição de troca de informações comece, afirmou Jorge Callado, presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
“Cada passo no seu momento adequado, não podemos queimar etapas”, disse.
Vacina russa
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que que a Rússia é o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra o novo coronavírus nesta terça-feira (11).
Mesmo com o anúncio, especialistas internacionais questionam a pesquisa porque não há publicações científicas sobre sua eficácia.
Conforme registro no site da Organização Mundial de Saáude (OMS) do dia 31 de julho, sobre as vacinas para Covid-19 em desenvolvimento no mundo, a vacina russa ainda estava na fase 1 do processo. Para desenvolver uma imunização, são necessárias 3 etapas.
Nesta terça (11), a OMS comentou o anúncio da vacina russa. A entidade declarou que a Rússia “não precisa de sua aprovação” para registrar a vacina, e que precisará ter acesso aos dados da pesquisa para avaliar a eficácia e segurança da imunização para aprová-la.
Tratativas com o Paraná
No dia 24 de julho, o governo paranaense havia informado que a cooperação técnica com a Rússia estava em andamento.
O possível acordo foi tratado em uma reunião, em Brasília, entre o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.
Pesquisa no Tecpar
Ao anunciar a parceria com a Rússia, o presidente do Tecpar está otimista com a possibilidade de ter resultados positivos com a imunização.
“É um laboratório de referência em termos internacionais. Esperamos que os resultados sejam positivos”, afirmou Jorge Callado.
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