O Governo da Paraíba pretende vacinar em 2021 pouco mais de 1,2 milhão de paraibanos contra a Covid-19. A informação está no Plano de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, divulgado na tarde desta quinta-feira (14) pela Secretaria de Estado da Saúde. Isso representaria aproximadamente 1/3 da população local, que hoje gira em torno de 4 milhões de pessoas.
A expectativa é que o primeiro lote de vacinas seja enviado ao estado no dia 20 de janeiro. E, para que a carga chegue logo a todos os 223 municípios, a Paraíba deve mobilizar toda a estrutura de imunização existente. Isso representa hoje uma central estadual, localizada em João Pessoa, e 12 centrais regionais, sendo que cada uma dessas regionais tem capacidade para armazenar simultaneamente 35 mil doses de vacina.
Em toda a Paraíba, são mil salas de vacinação no Estado, que devem receber lotes de forma quase simultânea. A expectativa é que o estado demore cerca de 24 horas para fazer a distribuição completa.
Sobre o cronograma de vacinação, o plano está dividido em quatro fases. A primeira, prioritária, possui dois grupos e contempla os trabalhadores de saúde e os povos de comunidades tradicionais. Já a segunda fase é formada por pessoas com 60 anos que morem em instituições de permanência de longa duração e população em geral com mais de 75 anos.
A Secretaria de Saúde informou ainda que possui toda uma rede de frio a disposição para receber as vacinas, refrigeradores que estão capacitadas para receber todos os tipos de vacina contra Covid-19, com a exceção do produto da farmacêutica Pfizer, que requer refrigeradores especiais com temperaturas abaixo de 70ºC.
Por causa disso, devido a dificuldade de logística, o uso da vacina da Pfizer na Paraíba deve ficar restrita aos municípios de maior contingente populacional, como João Pessoa e Campina Grande.
Atualmente, a Paraíba possui três ultrarrefrigeradores, todos em fase de manutenção no Hemocentro da Paraíba, e que serão emprestados ao Núcleo de Imunizações do Estado.
Seringas e agulhas
Ficou definido pelo Ministério da Saúde que seringas e agulhas para a aplicação das doses serão de responsabilidade dos respectivos estados.
Atualmente, a Secretaria informou que o estado tem atualmente 286 mil kits de seringas e agulhas aptas para serem usadas. E que aguarda para os próximos dias a entrega de mais 272 mil seringas e agulhas. Ao longo do ano, a expectativa é que cheguem mais 1,8 milhão de kits.
De acordo com a Secretaria, é uma quantidade suficiente para atender este primeiro ano de campanha de vacinação.
Ainda assim, o documento divulgado pela Secretaria indica que o estado vem tendo dificuldades para comprar novas seringas e agulhas. São três processos em tramitação para garantir o quantitativo estimado de seringas e agulhas para as vacinas. Sendo que, no último pregão, nenhuma empresa apresentou proposta.