Na área onde hoje passa a Avenida José Jatahy, repousavam carros de outras eras, ônibus que já cruzaram a cidade inteira, tratores do tempo em que Fortaleza ainda crescia para fora, e até um antigo bonde, vestígio raro de quando a mobilidade urbana era elétrica e coletiva.
Sem intenção oficial, o lugar virou arquivo. Um museu a céu aberto da mobilidade, do trabalho e da transformação urbana.
Cada pedaço de veículo parado ali marcava um período da cidade: o industrial, o rodoviário, o moderno, o que veio e o que foi.
Para quem frequentou na infância, ao lado do pai, o impacto era imediato: escala, tempo, história viva.
Não era só sucata, era a cidade se olhando no espelho do próprio passado.


