As emoções para os rubro-negros começaram muito antes do jogo começar. Um grande imbróglio quase impediu que a bola rolasse, quando autoridades sanitárias de Guayaquil anunciaram a interdição do Estádio Monumental, palco da partida. Pouco depois, a prefeitura desmentiu a informação e a Conmenbol confirmou o duelo.
Para aumentar a tensão, o Flamengo entrou em campo modificado. Não tinha Gabigol, lesionado, e outros sete desfalques com covid-19: Bruno Henrique, Diego, Vitinho, Matheuzinho, Isla, Michael e Filipe Luís — por conta disso, a diretoria pediu à CBF o adiamento da partida contra Palmeiras, domingo, pelo Brasileiro. Sem lateral-direito, Thulher precisou atuar improvisado.
O que também mudou foi a postura em campo. Ofensivamente, nem parecia a mesma equipe que perdeu por 5 a 0 na última quinta-feira. Dominante, o Rubro-Negro abriu o placar logo aos cinco minutos. Numa linda arrancada, Gerson se livrou da marcação de dois equatorianos e deu um presente para Pedro abrir o placar. Aos 25, o centroavante voltou a aparecer para lançar Everton Ribeiro, que cruzou para Arrascaeta ajeitar no peito e estufar a rede. O uruguaio ainda marcou mais um, mas o bandeirinha marcou impedimento de Gerson.
As boas tramas do quarteto ofensivo, sobretudo com Pedro, davam impressão de que uma goleada estava por vir, mas a defesa ainda cometia uma sucessão de erros que o limitado Barcelona não aproveitava. No início do segundo tempo, porém, Colmán recebeu lançamento e serviu Emmanuel Martínez, livre para empurrar para a rede e diminuir.
Com os times mais abertos, os últimos minutos foram um festival de chances perdidas para os dois lados. Quando Pedro saiu com cãibras e deu lugar a Lincoln, a pressão dos equatorianos se intensificou, mas a equipe de Domènec Torrent soube sofrer para garantir os três pontos.