Há 28 anos Andreia da Silva Baracho, de 44 anos, moradora da cidade de Sertãozinho, no Agreste paraibano, foi diagnosticada com sinovite vilonodular pigmentada, uma condição rara que ainda não tem cura e que afeta as articulações, sobretudo os joelhos. Com mobilidade reduzida, ela já precisou fazer 17 cirurgias ao longo da vida e já passou por 20 internações. Acamada, e sem condições de arcar com novos procedimentos e exames, ela junto com a família, resolveu criar uma campanha nas redes sociais para custear as novas despesas orçadas em mais de R$ 10 mil.
Andreia conta que sente muitas dores e faz uso de medicações caras para poder ter uma melhor qualidade de vida, além de custear as sessões de fisioterapia diárias, necessárias para que não haja atrofia em seus membros.
– Uso muita medicação para dor, só para tentar aliviar, porque passar não passa não, é uma doença que não tem cura, já foi procurado todo tipo de tratamento, mas até hoje não existe – declarou a mulher.
Ela disse ainda que a família decidiu fazer a campanha por não ter mais condições de ajudá-la – A gente não tem mais condições, no ano passado, a gente gastou R$ 15 mil, com exame, com consulta, com carro, com tudo, medicação muito cara – explicou.
Andreia precisa realizar agora novas consultas, exames e mais três cirurgias e tudo está orçado em R$ 10.950,00. Uma conta bancária para receber doações (Titular: José Antônio S Baracho, Agência: 0042, Operação: 013 – Poupança, Conta: 46002-9).
A mãe de Andreia, Noêmia da Silva Baracho, disse a vaquinha se tornou o último recurso da família porque eles não tem mais de onde tirar dinheiro – Meu marido fez empréstimo, eu fiz, ela fez e chega um momento que não faz mais, e o jeito é pedir, o último recurso que a gente tem é pedir porque já são quase 30 anos dela doente – contou.
Ela disse ainda que buscou junto a Secretaria de Saúde de Sertãozinho, ajuda no custeio de exames e procedimentos cirúrgicos, mas que foi informada pela secretária Maria Franscinete Pontes Soares que Andreia não teria direito por ela receber auxilio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que tentasse obter o direito na Justiça.
A reportagem procurou a secretária Franscinete Pontes Soares em sua residência na noite desta terça-feira (29), mas ela se negou a gravar entrevista. Sobre o caso, ela negou que tenha sido a autora da informação passada a família de Andreia, mas que em casos semelhantes a recomendação é buscar a assessoria jurídica da Prefeitura para viabilizar a autorização de exames e procedimentos cirúrgicos. Ela também negou que tenha declarado sobre a impossibilidade de Andreia de receber os serviços por ser beneficiária do INSS.
Texto: Joab Freire
Foto: Joab Freire