No programa Meia Hora de hoje, o radialista Fabiano Gomes voltou a denunciar os maus tratos que sofridos por ele quando permaneceu preso no PB1 por descumprir determinação judicial para se apresentar mensalmente ao juizado em razão de investigação da Operação Xeque Mate com a qual colabora.
Após ressaltar enfaticamente que 99% dos agentes penitenciários do PB1 cumprem suas funções de maneira correta, entre outras coisas, Fabiano disse que dois deles o espancarem e chegaram a cuspir em sua comida. “Eu cheguei a passar fome e o que me salvou foi a solidariedade dos outros presos”.
Além disso, esse agentes chegaram a desligar o aparelho de raio X que examina as mulheres dos presos em visita, unicamente para as humilharem.
− Minha esposa até hoje está fazendo tratamento psicológico por conta das visitas íntimas − denunciou Fabiano Gomes, complementando com um relato de que, no dia em que eu foi solto pelo Tribunal de Justiça, sua esposa havia levado um livro a seu pedido e não permitiram que ele o recebesse. Após ser solto, ele foi “atrás do livro e sabe o que aconteceu? Roubaram o livro”.
SUICÍDIO
A segunda revelação está relacionada ao tratamento desumano recebido pelos presos do PB1 e que quase levaram Fabiano Gomes ao suicídio.
Fabiano relatou que toma remédios controlados para tratamento de depressão, e que foi impedido várias vezes pelos dois agentes já mencionado de tomar esses medicamentos, que impactam seriamente o organismo e causam violentas crises de abstinência quando não tomados.
“As condições são tão desumanas no PB1 que eu só não me suicidei porque não tinha como. Mas, eu vou revelar aqui, fiz uma tentativa de suicídio. Cheguei a tomar 20 comprimidos de uma vez. Quem me salvou foi um jovem talentoso que cuida da farmácia, chamado Éverson,” revelou Fabiano.
Essas ocorrências foram comunicadas ao Secretário da Administração Penitenciária, Sérgio Fonseca de Souza, que, ao invés de investigar o caso, disse que Fabiano Gomes procurasse a Corregedoria.
Na ocasião, eu me pronunciei sobre os fatos narrados.
“Esse conjunto de revelações que você faz merece no mínimo uma investigação sobre as ocorrências que você acabou de denunciar. E eu volto a repetir: um governo que se manifesta sempre favoravelmente aos direitos dos presos, que são Constitucionais − todos eles têm o direito de serem tratados dignamente.”
Adriana Bezerra fez uma cobrança a Fabiano Gomes, lembrando da trajetória pregressa do radialista marcada por fortes críticas aos grupos de direitos humanos quando dividiu com ele bancadas em rádios pessoenses.
Fabiano aproveitou para reconhecer o quanto estava errado.
Ele disse que já pediu “perdão a Deus” pelas vezes que disse que “bandido bom é bandido morto”. E depois aos Direitos Humanos. “Acho agora que eles deveriam ter uma atuação mais forte, mais rigorosa.”.
Fonte: flavio lucio