Ao menos dois civis morreram e quatro ficaram feridos na tarde desta terça-feira (16) em Trípoli, a capital da Líbia, como consequência da queda de vários foguetes em diversas zonas da cidade, apontaram equipes de socorro.
O número de mortos e feridos ainda pode mudar. Isso porque, segundo o porta-voz do serviço de emergências, Osama Li, o balanço apresentado era apenas “preliminar”.
A capital líbia sofreu na tarde desta terça-feira pela queda de vários foguetes. Pesadas colunas de fumaça se elevavam em diversos bairros como consequência das explosões. Houve ao menos sete explosões violentas na cidade.
Confrontos na Líbia
Ataque aéreo atinge região perto de tanque pertencente às forças leais ao Governo da Líbia do Acordo Nacional (GNA), durante confrontos no subúrbio de Wadi Rabie, a cerca de 30 km no sul da de Trípoli — Foto: Mahmud Turkia / AFP
Trípoli se tornou o objetivo de um enorme avanço militar iniciado pelo marechal Khalifa Haftar em 4 de abril. Por causa da escalada de tensão, houve intensos pedidos da comunidade internacional para que as ofensivas sejam interrompidas.
De acordo com balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos 174 pessoas morreram e 758 ficaram feridas, entre elas civis, desde 4 de abril. Em Genebra, na Suíça, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, precisou que ao menos 14 civis morreram nos combates.
Mulheres líbias desabrigadas dentro de um complexo industrial usado como abrigo em Trípoli. — Foto: Ahmed Jadallah/Reuters
Além disso, a OMS indicou que mobilizou novas equipes de cirurgiões para ajudar nos hospitais que recebem um grande número de feridos.
Os combates obrigaram mais de 18 mil pessoas a deixarem suas casas, segundo o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) indicou nesta segunda-feira que enviou material médico de emergência ao Ministério da Saúde líbio destinado às zonas mais afetadas pelos combates, em Ain Zara e em Gasr Ben Ghachir, ao sul da capital.