O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 28, uma recompensa de 1 milhão de dólares a quem der informação que possibilite a prisão do atual líder do grupo jihadista Al Qaeda, Hamza bin Laden. Trata-se do filho do histórico terrorista Osama bin Laden, morto em 2011.
“Hoje, anunciamos que será oferecida uma recompensa de 1 milhão de dólares a quem der informação que conduza à detenção do atual líder da Al Qaeda, Hamza bin Laden”, declarou o secretário adjunto para Segurança Diplomática dos Estados Unidos, Michael Evanoff.
O represente americano informou que Bin Laden, líder do ataque aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, passara anos preparando Hamza para assumir a liderança da Al Qaeda, hoje controlada pelo egípcio Ayman al Zawahiri. As informações sobre esse treinamento foram obtidas em cartas encontradas no complexo de Abbottabad, no Paquistão, onde Osama foi morto em uma operação das forças especiais dos Estados Unidos.
Apesar de o paradeiro de Hamza ser desconhecido, Evanoff afirmou que tudo indica que o filho de Osama Bin Laden esteja em algum lugar da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, possivelmente esperando uma oportunidade para viajar até o Irã.
O coordenador da Estratégia Contraterrorista do Departamento de Estado, Nathan A. Sais, que também participou da entrevista coletiva, alertou que a Al Qaeda ainda representa uma grande ameaça, apesar de ter ficado na sombra doEstado Islâmico.
“Nos últimos tempos, compreensivelmente, a atenção do mundo esteve focada na ameaça do Estado Islâmico, enquanto a Al Qaeda permanecia relativamente tranquila. Mas isso era uma pausa estratégica, não uma rendição”, alertou o diplomata americano.
Sais ainda afirmou que a Al Qaeda continua com “capacidade e intenção” de lutar contra os Estados Unidos e os aliados do país. Por esse motivo, Evanoff reiterou a importância de localizar Hamza bin Laden e considerou a recompensa como uma das ferramentas mais úteis na luta contra o terrorismo.
“É um aviso. Estamos te procurando”, concluiu.
(Com EFE)
Fonte: Veja.com