Um fato cômico, para não dizer trágico, aconteceu nesta segunda-feira (12), durante apresentação do programa Balanço Geral, da Rádio Correio FM de João Pessoa.
A esposa do Secretário de Comunicação da Prefeitura da capital, Josival Pereira, a jornalista Verônica Guerra, uma das apresentadoras do jornalístico, “teve um ataque” ao vivo, quando um ouvinte da emissora tentou relatar um suposto escândalo envolvendo “subordinados” do Prefeito Luciano Cartaxo (PV), em esquema de corrupção que tinha por objetivo desviar recursos públicos para campanhas eleitorais no estado da Paraíba.
Demonstrando desespero, Verônica cortou o ouvinte, exigindo respeito “aos jornalistas do programa”. A atitude grotesca foi corroborada pelos colegas Emerson Machado, conhecido por Mofi, candidato nas eleições passadas para deputado federal, e Ecliton Monteiro.
A esposa de Josival chamou o ouvinte de “cínico”, “esse pessoal deveria ser mais inteligente e disfarçar a voz”, complementando, “é muito cinismo”
O “surto” de Verônica repercutiu negativamente nas redes sociais, manchando inclusive a imagem do Sistema Correio de Comunicação, acusado de agir com parcialidade quando o assunto é corrupção na Prefeitura de João Pessoa.
Entenda o Escândalo:
Um total de R$ 16.272.933 foram recebidos pela Mercúrio Saúde Produtos Hospitalares Eireli e pela Kairós Segurança LTDA nos últimos seis anos da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), de acordo com dados do Sagres do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Para as Mercúrio Saúde, o valor total repassado pela PMJP entre 2015 e 2018 foi de R$ 9.158.950.
A Kairós Segurança LTDA, por sua vez, recebeu um total de R$ 7.113.983 entre 2013 e 2018.
O ÁUDIO VAZADO:
A gravação é de uma reunião entre os secretários de Saúde de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, e o de Desenvolvimento Social, Diego Tavares, em que combinam como arrecadar recursos públicos para a campanha eleitoral do ano passado .
Adalberto sugere, ao longo da conversa, que o prefeito Luciano Cartaxo (PV) estaria sabendo das ‘operações’ e que até mesmo teria pedido para que o fizessem. “Vamos tentar resolver aqui para não ter que conversar com o prefeito. Por mim, dar até pra ir pra lá, mas acho que… Porque ele é igual a você. Num é isso?”, diz Fulgêncio. “Agora, se o prefeito chegasse aqui e dissesse ‘Adalberto, mande ele operar’, mas eu acho que é melhor ficar entre eu e você do que ficar com outras pessoas”, acrescenta o secretário de Saúde.
Durante a conversa, são citadas algumas empresas que poderiam servir aos propósitos, como é o caso da Mercúrio e da Kairós. falando sobre a Mercúrio, Adalberto diz, por exemplo, que criou uma relação com a empresa.
Fonte: Conexão PB