As equipes de resgate continuaram, pela segunda noite consecutiva, buscando possíveis desaparecidos entre os escombros após aqueda de uma ponte em Gênova, no noroeste daItália, que deixou pelo menos 39 mortos e 16 feridos.
Embora não haja números oficiais dos desaparecidos, as autoridades italianas não descartam a possibilidade de haver dezenas de pessoas sob os escombros. Porém, durante a noite de quarta-feira (15) as equipes de resgate não localizaram nenhum veículo embaixo dos enormes blocos de cimento.
Os trabalhos de busca dos bombeiros agora se concentram nos blocos de cimento do pilar que desabou na margem esquerda do rio Polcevera, onde alguns carros poderiam ser encontrados.
Enquanto isso, 15 pessoas permanecem hospitalizadas, nove delas em estado grave, no hospital San Martino, onde também se encontram os 39 corpos localizados.
O problema agora está nas casas que estão sob o que restou da ponte. Ao menos 664 moradores foram desalojados e já foi anunciado que muitos desses edifícios terão que ser destruídos, pois há riscos de novos desabamentos.
Algumas equipes de bombeiros entraram nas casas para salvar animais de estimação ou pegar alguns remédios de emergência.
O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, participará hoje de uma reunião na delegação de Governo da capital de Ligúria para conhecer os procedimentos dos trabalhos de busca e estudar onde recolocar as pessoas despejadas.
Espera-se que no próximo sábado possam ser realizados os funerais de algumas das vítimas, entre elas quatro turistas franceses e dois jovens albaneses que trabalhavam na Itália.
A Justiça da França já abriu uma investigação por homicídios involuntários pela morte dos quatro jovens franceses que estavam a caminho de um festival de música na Sicília. Trata-se de um procedimento praticamente automático quando há vítimas francesas no exterior.
Os quatro franceses mortos são Melissa Artus-Bastit, Nathan Gusman, Axelle Place e William Pouzadoux. Os três primeiros tinham saído de Toulouse e pelo caminho encontraram com Pouzadoux com a intenção de embarcar em Gênova para a Sicília.
O acidente aconteceu na última terça-feira, por volta do meio-dia (hora local), quando um trecho de aproximadamente 100 metros da ponte Morandi desabou e prendeu os carros que circulavam pelo local naquele momento.
(Com EFE)
Fonte: Veja.com