Além de escolher mudas de melhor qualidade, o produtor de caju precisa dispor dos conhecimentos relacionados às metodologias de manejo e controle fitossanitário para a realização de um cultivo promissor. Com o intuito de compartilhar essas informações, a Embrapa Agroindústria Tropical promove, no próximo dia 27 de outubro, o Dia de Campo “Manejo fitossanitário e de condução de plantas de Cajueiro no primeiro ano”, no município de Jacaraú (PB).
O evento contará com a mediação de pesquisadores e técnicos da Unidade em palestras sobre controle Fitossanitário, ou seja, manejo e controle das principais pragas e doenças e condução de plantas de cajueiro-anão (tutoramento, adubação, poda etc.). A capacitação faz parte do conjunto de ações previstas no projeto de revitalização da cajucultura realizado pela Embrapa em parceria com a Prefeitura Municipal de Jacaraú.
Lindemberg Mesquita, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, abordará o controle fitossanitário do cajueiro, que corresponde a métodos utilizados para evitar a propagação de pragas e doenças nas plantações.
“A parte de manejo e controle fitossanitário de qualquer cultura tem vários pontos que a gente tem de focar direitinho. O primeiro ponto é a necessidade do produtor ou do técnico que orienta identificar bem os agentes causais, porque são as espécies que determinam o método de controle em função do comportamento de cada uma. Esse é um aspecto que vamos abordar no dia de campo”, comenta.
O pesquisador destaca, ainda, os defensivos recomendados para cada tipo de agente e patologia.
“Para os insetos, a gente recomenda inseticidas que, no caso, tem de ter registro no Ministério da Agricultura. E no caso de ácaros são acaricidas, que são produtos com formulações e ações diferentes, que muitas vezes também tem inseticida que apresentam reação acaricida”.
Para saber a relação dos defensivos registrados no Ministério da Agricultura, acesse o folder.
Oídio: um desafio aos cajucultores
Lindemberg Mesquita aponta o oídio como o principal problema enfrentado em termos de controle fitossanitário na cultura do caju. A infestação do oídio pode resultar em consequências danosas à cajucultura, como a diminuição da qualidade (mudança de coloração, aspereza e rugosidade) e quantidade (diminuição da massa de castanhas, amêndoas e pedúnculos) dos frutos.
Por fim, o pesquisador comenta sobre a importância da boa condução das mudas em seu primeiro ano de vida para o desenvolvimento de uma planta conformada e saudável.
“Para você ter uma planta produtiva, por exemplo, é necessário haver uma conformação da copa e, para isso, você só consegue se for podando, em função do aparecimento de novas brotações. Então, essa primeira preocupação é essencial para que você tenha uma planta com uma conformação adequada”.
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