A colaboração da ex-secretária de Administração, Livânia Farias, com as investigações da operação Calvário tem apresentado aos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) novas linhas de investigação. Uma delas diz respeito à área da Comunicação. A ex-auxiliar do governo deu detalhes sobre como empresas que prestam serviço ao Estado teriam sido usadas para fazer pagamentos a aliados sem que isso impactasse as contas da administração pública. O caso está sendo analisado pelos investigadores, que iniciaram um intrincado trabalho de cruzamento de informações.
Livânia Farias deixou a prisão na última terça-feira (23), graças a decisão da juíza Andréa Gonçalves Lopes Lins. Informações de bastidores indicam que ela firmou acordo de colaboração premiada e, por isso, repassou muitas informações aos investigadores. A ex-secretária é acusada de ter intermediado pagamento de propinas pela Cruz Vermelha Brasileira filial Rio Grande do Sul. As declarações da ex-secretária foram dadas ao Gaeco e, de acordo com a avaliação dos investigadores, devem apontar novos desdobramentos da operação.
O contrato da Cruz Vermelha com o Estado envolveu o investimento de R$ 1,1 bilhão entre 2011 e 2018. Junto com o Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (IPCEP), a entidade gere os hospitais de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, Metropolitano Dom José Maria Pires e o Regional de Mamanguape.