Imagine dois vizinhos que não se falam. Cada qual está na sua casa. Aí chega uma ordem da prefeitura para ambos dizendo que só um dos dois vai poder morar nesta rua. E para ficar será preciso brigar com o vizinho pra ver quem ganha a disputa no braço.
É o que aconteceu com Efraim Filho, do União Brasil, e os Ribeiro, do Progressista, diante da ordem de federação entre as duas legendas. Por mais que ambos se esforcem para fazer cara de naturalidade diante da bronca que se depararam, não dá para esconder a frustração.
Por mais que se esforcem, não da pra esconder a realidade de que o vencedor vai ficar na casa e o perdedor será obrigado a juntar seus troços e partir para um mundo incerto e não desejado.
Porque a tese de Efraim Filho de que uma pesquisa definirá quem será o cabeça da federação na Paraíba é completamente inócua, já que nenhum dos dois lados em questão irá aceitar apoiar o outro por causa de uma pesquisa apontando o “melhor”.
Ganharam, portanto, dois obstáculos onde só tinham um. Até a federação atropelar o plano de ambos, eles já tinham, cada qual no seu quadrado, seus desafios próprios de ocuparem os espaços dentro de seus agrupamentos políticos, e conquistarem o protagonismo em suas bases para as eleições de 2026.
Agora, terão que fazer o vestibular em duas fases. Primeiro, vencer internamente como cabeças de chave de suas bases. E, depois, enfrentar um ao outro para ver que fica com o protagonismo da federação.
Ou seja, são soldados enviados ao campo da batalha por causa de uma guerra que os generais que ficam em Brasília acertaram em deflagrar. São obrigados, portanto, a se baterem mesmo que não desejassem fazer.
Ambos concordam apenas que estão diante de um problema.