Sina tricolor
Com a eliminação, o Fluminense aumentou o jejum para seis anos sem se classificar sobre um time da Série A na Copa do Brasil. A última vez foi em 2015, quando o Tricolor eliminou o Grêmio nas quartas de final.
Bolso cheio
Com a classificação, o Atlético-GO garantiu uma bolada. A premiação para os times que avançam para as oitavas da Copa do Brasil é de R$ 2,6 milhões.
Sorteio
O Atlético-GO foi o último classificado da quarta fase da Copa do Brasil e se junta a Botafogo, Ceará, América-MG e Juventude. Vale lembrar que nas oitavas de final entram os times brasileiros que disputam a Libertadores. O sorteio acontece na próxima quinta-feira, às 11h30 (de Brasília), na sede da CBF no Rio de Janeiro.
Agenda
Antes das oitavas de final, o Atlético-GO volta as atenções ao Campeonato Brasileiro. O Dragão joga domingo contra o Botafogo no Estádio Olímpico novamente, às 18h15 (de Brasília). O Fluminense volta a campo na segunda-feira, às 20h, quando recebe o Coritiba no Nilton Santos.
Primeiro tempo
O primeiro tempo começou como o Atlético-GO queria: com apenas 10 minutos, os donos da casa já tinham revertido a desvantagem da derrota no jogo de ida. Graças a uma falha de Muriel. O goleiro soltou uma bola fácil nos pés de Chico, que abriu o placar. O Fluminense, que também levou sustos em chute de Marlon Freitas e cabeçada de Ferrareis, não conseguiu atacar. Só foi dar o primeiro chute aos 40 minutos com Calegari, ainda assim bloqueado. Mas conseguiu achar um gol nos acréscimos na bola parada, com Luccas Claro aproveitando escanteio de Egídio. Alívio para um time que não jogou nada.
Segundo tempo
Odair obviamente não gostou do que viu e voltou do intervalo com Felippe Cardoso. E o atacante teve a chance em um raro contra-ataque puxado por Pacheco e Nenê aos 30 minutos, mas chutou para fora. O Atlético-GO seguiu melhor, apesar de não ter retornado com a mesma intensidade da etapa inicial. Manicini colocou Brandão para brigar pelo alto na área, mas o segundo gol veio por baixo. Muriel espalmou para frente a bomba de Janderson, e Marlon Freitas fuzilou no rebote. Aos 37, Luccas Claro salvou em bote preciso o que poderia ter sido o gol da classificação de Matheus Vargas. Mas o próprio atacante não perdeu a segunda chance, nos acréscimos e selou a vaga.
As emoções para os rubro-negros começaram muito antes do jogo começar. Um grande imbróglio quase impediu que a bola rolasse, quando autoridades sanitárias de Guayaquil anunciaram a interdição do Estádio Monumental, palco da partida. Pouco depois, a prefeitura desmentiu a informação e a Conmenbol confirmou o duelo.
Para aumentar a tensão, o Flamengo entrou em campo modificado. Não tinha Gabigol, lesionado, e outros sete desfalques com covid-19: Bruno Henrique, Diego, Vitinho, Matheuzinho, Isla, Michael e Filipe Luís — por conta disso, a diretoria pediu à CBF o adiamento da partida contra Palmeiras, domingo, pelo Brasileiro. Sem lateral-direito, Thulher precisou atuar improvisado.
O que também mudou foi a postura em campo. Ofensivamente, nem parecia a mesma equipe que perdeu por 5 a 0 na última quinta-feira. Dominante, o Rubro-Negro abriu o placar logo aos cinco minutos. Numa linda arrancada, Gerson se livrou da marcação de dois equatorianos e deu um presente para Pedro abrir o placar. Aos 25, o centroavante voltou a aparecer para lançar Everton Ribeiro, que cruzou para Arrascaeta ajeitar no peito e estufar a rede. O uruguaio ainda marcou mais um, mas o bandeirinha marcou impedimento de Gerson.
As boas tramas do quarteto ofensivo, sobretudo com Pedro, davam impressão de que uma goleada estava por vir, mas a defesa ainda cometia uma sucessão de erros que o limitado Barcelona não aproveitava. No início do segundo tempo, porém, Colmán recebeu lançamento e serviu Emmanuel Martínez, livre para empurrar para a rede e diminuir.
Com os times mais abertos, os últimos minutos foram um festival de chances perdidas para os dois lados. Quando Pedro saiu com cãibras e deu lugar a Lincoln, a pressão dos equatorianos se intensificou, mas a equipe de Domènec Torrent soube sofrer para garantir os três pontos.
Foi um verdadeiro massacre! Mais uma vez jogando um futebol apático, o Flamengo nem de longe lembrou o time que dominou o Brasil e a América em 2019 e foi derrotado por 5 a 0 pelo Independente Del Valle, no Equador, na noite desta quinta-feira (17).
Além da excelente atuação do time equatoriano, destaque para a falta de criatividade e agressividade do Rubro-Negro, que ainda não empolgou sob o comando de Demènec Torrent e continua com 6 pontos, na 2 colocação do Grupo A.
Já o Del Valle, que parece cada vez melhor com Miguel Ángel Ramírez, continua com 100% na Libertadores, com 9 pontos.
Na próxima rodada, já na semana que vem, o Flamengo volta ao Equador para pegar o Barcelona de Guayaquil.
O jogo
A estratégia de Dome foi por povoar o meio de campo e, assim como na vitória sobre o Fluminense, escalou Diego entre os titulares. O camisa 10 não foi bem e tampouco a ideia funcionou. Se não saiu para marcar alto a saída de bola rival, o Flamengo também não teve intensidade para travar o volume de jogo do Del Valle. Na base do toque de bola, o time de Miguel Àngel Ramírez teve a posse de bola e ampla vantagem em chances criadas. Foram nove finalizações antes do intervalo – sendo seis no gol – contra apenas uma do Rubro-Negro.
R7
O Flamengo chegou ao Castelão embalado por quatro vitórias seguidas. Porém, o Ceará aproveitou as falhas da zaga no início do segundo tempo e venceu por 2 x 0.
Com a derrota, o Flamengo permaneceu com 17 pontos e caiu para a quarta posição. No entanto, em caso de vitória do Palmeiras sobre o Sport, o Rubro-Negro pode deixar o G-4.
Já o Ceará, que vinha de duas derrotas, chegou aos 13 pontos e subiu para a nona colocação na tabela de classificação.
Um mercado diferente, e o Flamengo está tendo que demonstrar jogo de cintura para se defender após um ano e meio de voracidade para construção do time campeão brasileiro e da Libertadores.
Desde a saída de Jorge Jesus, é extensa a lista de jogadores do clube que receberam sondagens ou propostas oficiais do exterior. Rafinha não deu para evitar, mas Everton Ribeiro, Arrascaeta, Vitinho, Bruno Henrique e Gérson o Flamengo está segurando “na unha”, como disse um dirigente. O problema é que os interessados são insistentes.
A primeira recusa não satisfez o Al Nasr, dos Emirados Árabes Unidos, que prepara uma nova investida para tirar Éverton Ribeiro do Flamengo. A estratégia do clube do Oriente Médio é seduzir o camisa 7 e convencê-lo de que retornar a Dubai é o melhor para sua carreira no momento.
Ribeiro já passou pelo país, quando defendeu o Al-Ahli e foi campeão nacional em 2016. Novas conversas entre as partes estão programadas para os próximos dias na busca por um caminho que flexibilize o meia e, principalmente, o Flamengo.
Assédio aos jogadores do Flamengo
• Everton Ribeiro – Al Nasr (Emirados)
• Arrascaeta – Al Nasr (Arábia)
• Vitinho – Al Fateh (Arábia)
• Bruno Henrique – Benfica (Portugal)
• Gérson – Benfica (Portugal)
• Hugo Souza – Boavista (Portugal)
• Matheuzinho – Sondagem do Athlético-PR
Da Arábia Saudita também veio oferta recusada por Ribeiro e uma também por Arrascaeta. Em busca de um meia, um outro Al Nasr, de Riad, tentou o empréstimo por uma temporada no valor de 2.5 milhões de dólares. O acordo previa gatilhos para o pagamento de mais 10.5 milhões de dólares ao término de um ano para compra definitiva.
O montante total seria de 13 milhões de dólares, quase R$ 70 milhões, mas os dirigentes rubro-negros prontamente rechaçaram até mesmo a possibilidade de sentar para conversar. Com o time oscilando no Brasileirão e a perda de Rafinha, Marcos Braz e Bruno Spindel têm noção do impacto negativo da saída de novos titulares e jogam duro.
Outro jogador assediado após a saída do Mister foi Vitinho. O Al Fateh, também da Arábia Saudita, acenou com uma oferta de 5 milhões de dólares (R$ 27 mi) há cerca de um mês, que foi prontamente recusada.
Paralelamente aos petrodólares do Oriente Médio, o Flamengo administra de maneira educada o desejo do Benfica em contar com Bruno Henrique e Gérson. Os telefones de Braz e Spindel tocaram mais de uma dezena de vezes com o DDI +351 em busca das condições para negócio, mas a resposta sempre foi em tom amistoso de que não há conversa.
E não são somente os medalhões que foram procurados no Ninho do Urubu. A garotada também foi alvo, e o Flamengo tocou a situação de outra maneira. Nomes como Lucas Silva, Matheus Dantas, Hugo Moura e Vinícius Souza seguem a carreira com outras camisas.
Já o goleiro Hugo Souza, com passagens pelas seleções de base, teve uma proposta de empréstimo do Boavista, de Portugal, recusada. Até Yuri César, que está emprestado ao Fortaleza, foi procurado mais de uma vez pelo Valladolid, da Espanha. Os valores não agradaram, e o Flamengo o monitora com a certeza de que será útil na volta ao Ninho.
Por fim, Matheuzinho, mesmo sem tantas oportunidades, está sendo avaliado. O Atheltico-PR buscou informações sobre o lateral-direito, mas não fez proposta.
O comprador Flamengo está tendo a oportunidade de ser vendedor. Mas não curtiu muito a experiência.
O guarabirense João Paulo, de 30 anos, é o camisa 10 do time paulista Ponte Preta e foi eleito recentemente o melhor meia pelo Campeonato Paulista. João Paulo era morador do bairro do Nordeste, da comunidade Buraco do Afonso, periferia de Guarabira. Trabalhava pesado para conseguir o sustento de sua família e entre as atividades, foi feirante.
João Paulo é o principal destaque individual do time em 2020 até o momento. É líder em número de jogos (20), minutos em campo (1.754), assistência (quatro) e vice-artilheiro, com cinco gols, ao lado de Bruno Rodrigues, um atrás de Roger. Neste início da Série B, já marcou duas vezes, uma delas um golaço contra o Vitória
O paraibano se profissionalizou em 2011, a carreira dele tem nove anos de duração até agora. Depois da Desportivo Guarabira, passou por Globo-RN, Coruripe-AL, Estanciano-SE, Sergipe, ASA, Tombense, Paraná e Santa Cruz, entre outros, mas passou a ganhar destaque a partir de 2018, quando defendeu o Atlético-GO.
A última temporada pelo Avaí foi a mais positiva até o momento, ele foi campeão catarinense, prêmio de craque do estadual e dez gols e cinco assistências em 49 jogos durante o ano.
“Quando eu me profissionalizei, tinha a esperança de conseguir coisas maiores e melhores, mas eu não imaginava que seria tão rápido, até porque eu não fiz categoria de base. Estou muito feliz com tudo o que vem acontecendo ao longo desses anos”, disse o paraibano.
Com João Paulo em alta, a Ponte Preta volta a campo nesta sexta-feira (21), às 21h30, contra o CSA-AL, no Majestoso, em busca da segunda vitória consecutiva para embalar na Série B.