O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, admitiu nesta segunda-feira que faltou “um pouco de tato” do seu colega de chapa, o general da reserva Hamilton Mourão, que afirmou publicamente ser favorável à realização de uma Constituinte com a presença de pessoas não eleitas pelo voto e também a possibilidade de um presidente da República perpetrar um autogolpe.
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“Ele é general, eu sou capitão, mas eu sou presidente. Eu desautorizei nesses dois momentos”, disse ele em entrevista ao vivo ao Jornal Nacional, ao destacar que jamais poderia admitir uma nova Constituinte sem ter poderes para tal.
Bolsonaro afirmou que não entendeu direito o que Mourão quis dizer com autogolpe, mas destacou também que isso não existe. Ao ressaltar que serão “escravos da nossa Constituição”, o presidenciável disse que está disputando a eleição porque aceita se submeter ao voto popular.
“Tenho certeza que uma vez eleito, falta ao general ainda um pouco de tato, convivência com a política e ele rapidamente se adequará à realidade brasileira e à função tão importante que é a dele. Então, general Mourão, agradeço à sua participação, mas ele foi infeliz, deu uma canelada”, disse.
Bolsonaro afirmou que poderá propor ao Congresso uma proposta de redução da maioridade penal, que o povo quer, e destacou que não vai aceitar o chamado toma lá dá cá nem a imposição de nomes para escolher o “nosso time de ministros”.
O presidenciável do PSL venceu o primeiro turno, mas não conseguiu a maioria necessária para ser eleito e terá que enfrentar o candidato do PT, Fernando Haddad, numa segunda rodada de votação no final do mês.
Fonte: Reuters
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (8) ao G1 que o partido discutirá um “apoio crítico” a Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição presidencial. O dirigente também descartou a possibilidade de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).
O PDT teve candidato próprio na eleição presidencial deste ano. Ciro Gomes terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com mais de 13 milhões de votos, menos da metade dos mais de 31 milhões de Haddad, segundo colocado. Bolsonaro teve quase 50 milhões
O segundo turno da eleição será realizado no próximo dia 28. O mais votado será eleito presidente da República e governará o país por quatro anos a partir de 1º de janeiro de 2019.
“Estamos começando a conversar [sobre a posição do partido no segundo turno]. O que jamais faremos é apoiar o Bolsonaro. Uma das sugestões em análise é dar um apoio crítico ao Fernando Haddad”, disse Lupi.
O tom de Lupi sobre Bolsonaro foi o mesmo adotado por Ciro Gomes. Na noite de domingo (7), ao ser questionado sobre sua posição no segundo turno, Ciro excluiu a hipótese de estar ao lado do candidato do PSL: “Ele não, sem dúvida”.
Lupi afirmou que começou a ouvir lideranças do PDT sobre o posicionamento da sigla e que pretende convocar uma reunião na próxima quarta-feira (10), em Brasília, para definir essa posição. Integrantes da executiva nacional, presidentes de diretórios estaduais e parlamentares serão convidados para o encontro.
Lupi considerou “pouco provável” o partido ficar neutro na disputa. Assim, ele disse que tem “sondado” lideranças da legenda sobre um “apoio crítico” a Haddad.
“As ideias de Bolsonaro não têm relação com a história do PDT. O partido daria um apoio crítico a Haddad, sem compromisso de ter cargos em um possível governo. Seria um apoio para ter independência ali na frente”, afirmou.
Fonte: G1
Após breve descanso com o fim do primeiro turno das eleições, os partidos políticos se reúnem para definir o apoio aos candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). A expectativa é de que PSB, PSDB, Rede, DC e PPL anunciem hoje (9), em Brasília, as decisões.
Informalmente, alguns líderes políticos sinalizaram como atuarão nesta reta final. O comando do PDT, do candidato Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, indicou que deve assumir um “apoio crítico” à candidatura de Haddad.Sofrendo com uma redução nos quadros, o PSDB, que lançou o candidato Geraldo Alckmin, deve ter uma divisão interna, segundo analistas políticos. Mesmo se houver uma decisão fechada em torno de um dos nomes, a tendência é de racha. A vice na chapa de Alckmin, Ana Amélia, afirmou que apoiará Bolsonaro.
Nas redes sociais, o candidato do PPL à Presidência, João Goulart Filho, fez elogios a Ciro Gomes, mas não apontou se pretende apoiar Bolsonaro ou Haddad. A candidata da Rede, Marina Silva, fez severas críticas aos dois que disputarão o segundo turno, assim como João Amoêdo, do Partido Novo.
Reuniões
A Comissão Executiva Nacional do PSB se reúne, às 14h30, na sede do partido, em Brasília. Às 15h, a executiva nacional do PSDB também se encontra na capital federal. O PPL, que lançou João Goulart Filho, é outro partido que se reúne nesta terça-feira em Brasília.
A expectativa é de que Rede e o DC, de Eymael, anunciem hoje também seus apoios. O MDB, presidido pelo senador Romero Jucá (MDB-RR), que perdeu a reeleição, deve se reunir amanhã (10) na capital federal. Já o PSTU, de Vera Lúcia, marcou para o dia 11 o anúncio.
O Podemos, que lançou Alvaro Dias, o Partido Novo, de João Amoêdo, e o PV, que lançou Eduardo Jorge, vice de Marina Silva, ainda não marcaram reuniões para decidir sobre o tema.
Agendas
Bolsonaro afirmou que pretende se reunir com o economista Paulo Guedes, apontado como seu eventual ministro da Fazenda. O candidato deverá permanecer em casa, no Rio de Janeiro. Amanhã (10), ele será examinado por uma junta médica para poder definir sua agenda de campanha.
Haddad terá encontros hoje com governadores do PT e correligionários, em São Paulo. As reuniões ocorrem um dia depois de ele visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em Curitiba. O candidato ainda não anunciou como será a agenda de campanha até o segundo turno.
Fonte: EBC
O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou na noite deste domingo (7), após a confirmação do segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que vai se reunir com a direção do partido antes de decidir sobre a posição a ser adotada na nova etapa da eleição. Mas excluiu a hipótese de apoiar Bolsonaro: “Ele não, sem dúvida”.
Ciro afirmou que vê “com muitas angústia e preocupação” a divisão do país, mas ressalvou que combate o “fascismo”.
“Uma coisa eu posso adiantar logo, como vocês já viram: minha história de vida é uma história de vida de defesa da democracia e contra o fascismo”, declarou.
Questionado por um repórter se alguma hipótese estava descartada, respondeu: “Ah, ele não, sem dúvida”.
Ciro ainda declarou que discutirá com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a situação do segundo turno.
O candidato do PDT afirmou que encerrou o primeiro turno da eleição presidencial com sentimento de “profunda gratidão ao povo brasileiro” e fez um agradecimento especial aos eleitores do Ceará, sua base eleitoral.
No estado, o irmão Cid Gomes foi eleito senador, e o governador Camilo Santana (PT), apoiado por Ciro, se reelegeu.
“Eu vou agora comemorar a vitória do Camilo, que é uma vitória superlativa, uma vitória do senador Cid Gomes, que é o meu orgulho. Fizemos uma extraordinária maioria na Assembleia Legislativa do Ceará”, disse o candidato.
Terceira tentativa
O pedetista disputou a Presidência pela terceira vez – em 1998, filiado ao PPS, também ficou em terceiro na disputa, atrás de Fernando Henrique Cardoso, eleito no primeiro turno, e Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2002, ainda no PPS, ficou na quarta colocação, atrás de Lula, eleito pela primeira vez, José Serra e Anthony Garotinho.
Neste ano, Ciro buscou na campanha se apresentar como uma terceira via, como alternativa tanto a Haddad e o PT quanto a Bolsonaro.
Ele insistiu nas críticas à postura do PT em relação à sua candidaturae, inclusive, chegou a declarar que “não é mais possível” apoiar o partido.
Em relação a Bolsonaro, Ciro foi mais enfático: em mais de uma ocasião, referiu-se ao adversário como “aberração” e apontou “riscos” à democracia caso ele seja eleito.
Propostas
Durante a corrida eleitoral, o programa Nome Limpo, uma das propostas de Ciro mais divulgadas, foi considerada um “hit” de campanha.
O projeto propunha a quitação dos débitos dos consumidores que estão com o nome sujo no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) por meio do refinanciamento das dívidas junto aos bancos.
Por um lado, foi criticado por adversários e economistas, que o acusaram de populismo. Por outro, se manteve firme e declarou, em mais de uma ocasião, que só fica contra esse projeto “quem tem horror a povo”.
Durante toda a campanha, Ciro também criticou e prometeu revogar a reforma trabalhista e o teto de gastos aprovado por meio da emenda 95, ambas propostas pelo governo Michel Temer.
Um dos principais mantras repetidos por ele e por sua campanha foi o de criar um “grande projeto nacional de desenvolvimento”, com investimentos em ciência, tecnologia, indústria e empregos.
Ciro Gomes durante caminhada em Duque de Caxias, RJ — Foto: Carlos Arthur/Futura Press/Estadão Conteúdo
Pesquisas
Em agosto, no início da campanha eleitoral, Ciro já figurava em terceiro nas pesquisas sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No início de setembro, com a confirmação da candidatura de Fernando Haddad, Ciro chegou a figurar em segundo nas pesquisas.
Ultrapassado pelo petista em setembro, permaneceu na terceira posição em todas as pesquisas divulgadas até o primeiro turno das eleições, estagnado em um percentual entre 10% e 13% das intenções de voto.
Fonte: G1
A deputada estadual Daniella Ribeiro (Progressistas) e o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PSB) foram eleitos senadores da República pela Paraíba e assumem mandato em Brasília a partir do dia 1 de janeiro. Eles substituem Raimundo Lira e Cássio Cunha Lima no Senado Federal.
Daniella Ribeiro está em seu segundo mandato de deputada estadual pelo Partido Progressista (PP). Começou na vida política em 2004, quando foi candidata à vice-prefeita de Campina Grande na chapa do deputado Rômulo Gouveia. Em 2008, foi eleita vereadora. É formada em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba
“Me sinto em paz. Hoje quando terminou a votação eu estava em paz, sabia o que tinha feito. Tenho uma trajetória limpa, então era só aguardar essa demonstração de carinho. Eu entrei por último, era a menos conhecida. Minha gratidão a Deus, aos amigos e amigas que me ajudaram, aos apoiadores que saíram de todos os lugares”, pontuou.
Daniella enalteceu o fato de ser a primeira senadora eleita pela Paraíba. “Fico muito feliz por ser a primeira mulher eleita”, afirmou.
Veneziano Vital foi foi prefeito de Campina Grande por dois mandatos, pelo MDB e vereador da cidade por duas legislaturas. Neste ano deixou o MDB e ingressou no PSB.
MaisPB
Com quase 90% das urnas apuradas, os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad(PT) estão matematicamente garantidos no segundo turno das eleições.
Os presidenciáveis confirmaram a tendência apontada pelas pesquisas de intenção de votos feita na reta final da campanha e também das pesquisas de boca de urna.
Jair Bolsonaro acompanha a apuração da própria casa, no Rio de Janeiro, onde segue em repouso por orientações médicas. Já Fernando Haddad se reúne com correligionários em um hotel na capital paulista para aguardar os resultados.
Fonte: SBT
O ex-secretário João Azevêdo, do PSB, é o novo governador da Paraíba. Com 85,36% das urnas apuradas, João já desponta com 949.512 votos (57,98%). Essa é a primeira vez em dez anos que as eleições na Paraíba são decididas no primeiro turno. A última vez foi em 1998 quando José Maranhão disputou com Gilvan Freire.
Em sua primeira disputa eleitoral, João Azevêdo teve no governador Ricardo Coutinho (PSB) seu maior cabo eleitoral. Azevêdo, inclusive, foi tido como ‘supersecretário de Ricardo, nos quase oito anos à frente de cargos considerados estratégicos em sua administração no Governo do Estado.
A sua carta-proposta tem 55 páginas e trata de vários assuntos divididos em três eixos. Entre os temas abordados, estão os mais básicos, e não menos complexos, como Educação, Habitação, Saúde e Segurança Pública. Além disso, Meio Ambiente, Mobilidade Urbana e Políticas Públicas para Mulheres também se destacam.
Lucélio fica em segundo e Maranhão em terceiro lugar
O candidato do PV, Lucélio Cartaxo, está em segundo lugar na disputa com 387.202 votos, ou 23,64%. Já José Maranhão obteve, até agora, 283.987 votos, ou seja, 17,34%.
Fonte: Portal Correio