Nesta segunda-feira (29) é o Dia Mundial de Combate ao AVC, que foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2006, em parceria com a Federação Mundial de Neurologia. No Brasil, o Dia Mundial de Combate ao AVC é organizado pela Rede Brasil AVC, uma organização não-governamental que tem o objetivo de melhorar a assistência aos pacientes com AVC em todo território nacional.
No mesmo dia, o Brasil junta-se a dezenas de outros países para uma campanha de conscientização ao Dia Mundial do AVC Infantil, que é coordenado pela ONG Nossa Casa e pelo Anvia, grupo de pesquisa da Unicamp, que investiga anormalidades neurovasculares na infância e adolescência. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas no primeiro semestre deste ano, a região Nordeste somou mais de 20.500 internações devido a complicações por AVC, seja ele isquêmico ou hemorrágico.
A Paraíba é o terceiro estado com menor índice de internados na região, contabilizando 678 casos. Porém, o AVC não é só doença de adulto, criança também tem acidente vascular cerebral e, muito embora os casos sejam raros e o diagnóstico demorado, a prevalência é de dois a oito casos para cada 100.000 crianças até 17 anos por ano, mas quando acontece costuma ser grave e deixar sequelas.
“Uma em cada 3 a 4 mil crianças pode ter AVC e metade destas desenvolve, ao longo da vida, anormalidades cognitivas e motoras”, explica a neuropediatra Maria Valeriana Leme de Moura Ribeiro. Nos serviços de Pronto Atendimento Hospitalar, Pronto Socorro, UTI Infantil e UTI Neonatal, aproximadamente 40% das crianças com AVC não tem confirmação do diagnóstico por imagem, o que acarreta elevado custo e desgaste emocional dos familiares e cuidadores.
Com Pbagora
A nossa sociedade parece fadada a conviver sempre com os péssimos resultados das políticas públicas a si destinadas, conforme a imprensa livre tem divulgado cotidianamente. Ainda bem que a temos sempre vigilante e entusiasmada, promovendo divulgação ampla e livre de subterfúgios, cumprindo assim o seu brilhante papel de bem informar, enquanto se preocupa com o bem-estar dos que podem menos ou não podem nada.
Viver em paz e desassustado consigo mesmo, tem sido muito difícil para o brasileiro assalariado ou indigente, principalmente quando se trata de sua saúde, pois dependendo do SUS, geralmente não encontra médico especialista no seu mal e quando sim, toma um baita susto ao ser informado que o seu tratamento cirúrgico só acontecerá dali a meses, quando surgir vaga. Há casos e não são poucos, em que a espera se dá por mais de um e dois anos.
Aos que têm salário com capacidade de endividamento por empréstimo por consignação, ainda há uma esperança de readquirir a saúde continuar vivendo por algum tempo entre os seus irmãos e familiares, pois a rede de hospitais particulares oferece o tratamento através de pagamento à vista ou no cartão em alguns casos.
São muitos os esperançosos nessa fila pela vida e restabelecimento da saúde, que não precisam da cirurgia ou outro tratamento mais delicado: Deus os levou antes que o governante desse solução ao seu caso. E eles votaram sempre e sempre, cumprindo com o seu dever perante o país e a democracia, sem contar que não atrasavam ou sonegavam impostos, porque acreditavam no sistema e nos gestores.
Hoje, conforme a imprensa, se sabe que muitos transplantados e residentes no Sul e Leste – imagine-se nas demais Regiões, principalmente as menos desenvolvidas –, estão sofrendo agruras à falta de medicamentos que deveriam ser distribuídos pelo Ministério da Saúde. São remédios muito caros e precisam chegar aos transplantados sempre, porque lhes garantem melhor qualidade de vida, lhes asseguram viver mais.
Cabe a cada um de nós a responsabilidade maior de estar sempre atento em favor dos que precisam mais, se é que a gente quer realmente um país justo e uma sociedade solidária. Quem tem voz e conhecimento nesta sociedade, pode muito bem em situações difíceis para o seu irmão, reclamar e fazer ouvir a sua voz, pois servir é obrigação de todos.
Até o dia 22 de outubro, 2.425 casos de sarampo foram confirmados no Brasil, sendo 2 mil no Amazonas e 332 em Roraima. Os dois estados registram ainda um total de 7.674 casos em investigação. De acordo com o Ministério da Saúde, casos isolados da doença foram confirmados em São Paulo (3), no Rio de Janeiro (19), no Rio Grande do Sul (43), em Rondônia (2), em Pernambuco (4), no Pará (17), no Distrito Federal (1) e em Sergipe (4).
O levantamento mostra que, até o momento, 12 mortes por sarampo foram confirmadas no país, incluindo quatro em Roraima (três estrangeiros e um brasileiro), seis no Amazonas (todos brasileiros, sendo três de Manaus, dois do município de Autazes e um do município de Manacapuru) e duas no Pará (indígenas venezuelanos).
Em nota, o ministério informou que, de janeiro a outubro, encaminhou o quantitativo de 13,2 milhões de doses da vacina tríplice viral – que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – para os seguintes estados: Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Sergipe e o Distrito Federal. O objetivo, segundo o ministério, é atender à demanda dos serviços de rotina e a realização de ações de bloqueio, intensificação e campanha de vacinação para prevenção de novos casos da doença.
Fonte: Agência Brasil
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) fez um alerta sobre o risco do enfraquecimento da Estratégia Saúde da Família após o Congresso Nacional retornar com o reajuste do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, que havia sido vetado pelo presidente Michel Temer. De acordo com a entidade, os municípios não têm recursos para bancar o aumento.
Ontem (17), o Congresso Nacional derrubou o veto ao reajuste, previsto no projeto de conversão oriundo da Medida Provisória (MP) 827/2018, aprovado em julho. No veto, o presidente Michel Temer justificou que o reajuste criava despesas obrigatórias sem estimativa de impacto orçamentário.
O piso atual de R$ 1.014 passará a ser de R$ 1.250 em 2019 (reajuste de 23,27%); de R$ 1.400 em 2020 (+12%); e de R$ 1.550 em 2021 (+10,71%). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, de junho 2014, data do último reajuste, até setembro de 2018, é de 25,46%. A partir de 2022, o reajuste será anual.
O presidente da CNM, Glademir Aroldi, reconhece a importância do trabalho dos agentes de saúde e de endemias, mas disse que os municípios não têm recursos para arcar com o reajuste concedido. Segundo ele, o impacto financeiro será de R$ 9 bilhões para União e municípios, em reajuste e encargos.
“A grande maioria dos municípios está com limite de pessoal estourado, vários já atingiram 80% do orçamento com investimento em pessoal. Os gestores vão acabar diminuindo o número de pessoas na equipe [de Saúde da Família] e têm municípios que podem acabar com o programa”, argumentou. “Corre o risco de isso acontecer, sim”.
Federalização
Com a dificuldade de financiamento do programa, Aroldi propõe a federalização total do Saúde da Família, deixando a gestão local apenas como a executora das ações. “A União, ao longo dos anos, se afastou dos serviços prestados à população e, através desses programas, transferiu a responsabilidade para os municípios. Ela subfinancia esses programas e, ao longo dos últimos dez anos, acabou diminuindo o percentual de investimento em pessoal e nós, nos municípios, aumentamos consideravelmente. Isso tem machucado muito a gestão municipal”, afirmou.
O governo federal cobre 95% do pagamento do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de endemias, até um número máximo de agentes definido para cada município. Segundo Aroldi, hoje o país conta com 43 mil equipes de Saúde da Família com 244 mil agentes de saúde. “Também estamos preocupados com a desassistência que a população vai ter se tivermos que diminuir o número de agentes”, disse.
Previsão de impacto
De acordo com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, se o número de agentes de saúde continuar o mesmo, o impacto fiscal do novo piso salarial será da ordem de R$ 1 bilhão em 2019, R$ 1,6 bilhão em 2020, e R$ 2,2 bilhões em 2021. A pasta não esclareceu, entretanto, como esse valor será encaixado no orçamento do próximo ano.
Em mensagem nas redes sociais, a presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (Conacs), Ilda Angélica dos Santos Correia, disse que a derrubada do veto traz dignidade para a categoria, ao garantir o reajuste do piso salarial dos agentes. “Aos prefeitos que vieram aqui dizer ‘sim’ ao veto e ‘não’ ao reajuste, quero pedir que venham para o nosso lado para que possamos dar condições dignas de saúde para o nosso povo”, disse.
A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde e aguarda o retorno da assessoria.
Revisão do programa
A Estratégia Saúde da Família é o modelo prioritário de atendimento na atenção básica de saúde do Sistema Único de Saúde e é composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. Entretanto, no ano passado, o Ministério da Saúde editou uma portaria de revisão da Política Nacional de Atenção Básica, possibilitando que o governo federal financie outras equipes de atenção básica, de acordo com características e necessidades locais, desde que tenham, ao menos, médico, enfermeiro e técnico de enfermagem.
Mesmo sem a obrigatoriedade de essas equipes terem agentes comunitários de saúde, para não haver prejuízo à população que mais precisa, as áreas de risco e vulnerabilidade não sofreram com a mudança da política. Nesses locais, o número de agentes comunitários deve ser suficiente para cobrir 100% da população, sendo um agente para cada 750 pessoas, considerando critérios epidemiológicos e socioeconômicos. Os agentes comunitários de endemia também podem compor as equipes com os de saúde, integrando as ações de vigilância em saúde com atenção básica.
Fonte: Agência Brasil
Portaria do Ministério da Saúde publicada ontem (16) no Diário Oficial da Uniãoincorpora o medicamento Sofosbuvir em associação ao Velpatasvir para o tratamento da hepatite Crônica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o texto, o prazo máximo para efetivar a oferta na rede pública é de 180 dias. O relatório de recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) sobre o medicamento está disponível no site.
A Conitec informou, por meio de nota, que a associação entre o Sofosbuvir (400 mg) e o Velpatasvir (100 mg) será utilizada de acordo com o protocolo clínico para o tratamento da doença e apresenta uma posologia bastante favorável e cômoda ao paciente (um comprimido ao dia).
“Além disso, a medicação trata todos os genótipos do vírus da hepatite C e, dependendo da condição clínica dos pacientes, o tratamento pode durar 12 semanas com alta eficácia e segurança”, destacou a comissão.
A doença
Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de 80% das pessoas que contraem o vírus da hepatite C vão desenvolver a forma crônica da doença.
A infecção é, geralmente, acompanhada por sintomas inespecíficos – as primeiras manifestações clínicas características aparecem já nas fases mais adiantadas da doença.
Fonte: Agência Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo produto biológico para o tratamento e a prevenção de sangramento de pacientes com hemofilia B – uma deficiência congênita do fator IX. O Idelvion (alfa-albutrepenonacogue), segundo a Anvisa, também controla e previne sangramento em ambientes cirúrgicos.
Por meio de nota, a agência informou que o medicamento é uma proteína purificada produzida por tecnologia de DNA recombinante, gerada pela fusão genética de albumina recombinante com o fator IX de coagulação recombinante. O produto, de acordo com a Anvisa, substitui de forma eficaz o fator ausente e fornece intervalos de administração mais longos.
Hemofilia
A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela deficiência ou anormalidade da atividade coagulante do fator VIII (hemofilia A) ou do fator IX (hemofilia B).
Dados do Ministério da Saúde mostram que a prevalência estimada da doença é de aproximadamente um caso em cada 5 mil a 10 mil nascimentos do sexo masculino para a hemofilia A e de um caso em cada 30 mil a 40 mil nascimentos do sexo masculino para a hemofilia B.
Fonte: Agência Brasil
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, anunciou hoje (1º), em Brasília, que ainda este mês será finalizado um acordo com a indústria de alimentos processados para a redução do nível de açúcar em vários produtos.
Segundo ele, nesse primeiro momento, a proposta vai incluir iogurtes, achocolatados, sucos em caixinha, refrigerantes, bolos e biscoitos.
“Cada um terá um nível de redução de açúcar, que será estabelecido até 2021, quando sentaremos novamente com a indústria para definir um novo patamar”, disse Occhi, durante o lançamento de uma pesquisa sobre perfil da população idosa brasileira.
O ministro disse que o acordo com a indústria é uma das ações preventivas contra problemas de saúde que poderão contribuir para a melhoria da qualidade de vida população em crescente envelhecimento no país.
Atualmente, os idosos representam 14,3% dos brasileiros, ou seja, 29,3 milhões de pessoas.
Vivendo mais
A expectativa de vida do brasileiro aumentou 30 anos nas últimas sete décadas, passando de pouco mais de 45 anos de idade para 75 anos.
“Temos que cuidar desde a infância para que nossa população tenha uma vida cada vez mais saudável. As pessoas com mais de 60 anos precisam ter práticas físicas e diagnósticos cada vez mais precoces sobre possíveis doenças crônicas”, disse o ministro da Saúde.
De acordo com o estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 75,3% das 9,4 mil pessoas com 50 anos ou mais, entrevistadas em 70 municípios brasileiros, dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa aponta que, por este cenário, os investimentos no sistema são fundamentais para reduzir as desigualdades sociais em saúde.
Um dos pontos de alerta feito pelos pesquisadores é o de que o envelhecimento da população é uma realidade irreversível que ainda ocorre de forma “profundamente desigual”. As diferenças econômicas, segundo eles, refletem diretamente na qualidade de vida dessas pessoas.
Hipertensão lidera doenças
O leque de doenças que mais afetam esse público é liderado pela hipertensão (mais da metade dos entrevistados), seguida por dores na coluna, artrite e depressão.
O levantamento mostrou que quase 30% dos idosos sofrem com duas ou mais doenças crônicas e que, nos últimos 12 meses, 10,2% dos entrevistados relataram que foram hospitalizados pelo menos uma vez.
A insegurança nas áreas urbanas também foi destacada no diagnóstico apresentado pela Fiocruz e UFMG, que mostrou que 85% dos idosos com 50 anos ou mais vivem em cidades.
Mais de 40% dos ouvidos disseram ter medo de cair nas ruas em função do estado de calçadas e passeios. Outros 36% declararam o temor em atravessar ruas.
“Saúde é uma responsabilidade de todos. Estamos falando de educação, de saneamento, de mobilidade urbana. Todos nós, como governo de maneira global, temos que adotar medidas”, defendeu o ministro da Saúde.
Fonte: Agência Brasil
Um estudo desenvolvido a partir da análise de milhares de moléculas levou pesquisadores à identificação de lipídios que podem indicar a evolução da dengue para sua forma mais grave, a hemorrágica. Segundo os cientistas, foi possível observar que o vírus ajuda a promover a adição de fosfato às proteínas do sangue, aumentando a quantidade de fosfotidilcolinas.
Esses lipídios agem contra a coagulação, e a presença excessiva deles acaba por desbalancear os processos que evitam as hemorragias.
O estudo foi desenvolvido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Escola de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), revelou marcadores que facilitam o diagnóstico da dengue hemorrágica.
A investigação é resultado do doutorado do pesquisador Carlos Fernando Odir Rodrigues, sob orientação do professor Rodrigo Ramos Catharino, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp.
Reconhecimento internacional
Transformada em artigo publicado na revista Scientific Reports, a pesquisa descreve a evolução da dengue hemorrágica a partir da análise de 20 pacientes tratados no Hospital de Base da da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp).
De acordo com o estudo, o vírus assume o controle do metabolismo das células infectadas para atender às necessidades de replicação viral. Essa atuação gera aumento da fosfotidilcolina, que dificulta a coagulação do sangue e é um indicativo da febre hemorrágica.
Com essa constatação, os pesquisadores acreditam que, em breve, será possível identificar a ocorrência da forma mais grave da doença a partir de exames de sangue. A expectativa é que a descoberta também ajude no desenvolvimento de vacinas e no aperfeiçoamento dos tratamentos.
A partir do diagnóstico mais rápido e preciso, deve ainda aumentar a sobrevida dos pacientes, uma vez que o atendimento já poderá ser direcionado desde os estágios iniciais. A evolução para a variedade hemorrágica está ligada vários fatores, como a quantidade de vírus no organismo e a reação do sistema imunológico do doente.
Contaminação
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a dengue afete 390 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Em junho, o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, apontou que 1,1 mil municípios brasileiros, 22% do total, tinham risco de surto de dengue, zika e chikungunya.
Nas capitais, apenas São Paulo, João Pessoa e Aracaju estavam em condições consideradas satisfatórias e tinham poucas chances de enfrentar esse tipo de problema.
Até julho, haviam sido confirmadas 77 mortes causadas pela dengue em todo o país. Ao todo, foram registrados 148 casos da doença considerados graves e 1,7 mil ocorrências com sinais de alarme.
Fonte: Agência Brasil