CLÁUDIA COLLUCCI – Para enfrentar as pandemias causadas pela obesidade, desnutrição e mudanças climáticas, os governos devem conter os lobbies das grandes corporações e se unirem em torno de um tratado global semelhante ao que resultou no controle do tabaco.
É a conclusão de um novo relatório da revista médica The Lancet, que defende que os organismos internacionais comecem a tratar essa tripla pandemia, tida como o maior desafio para a saúde humana e ambiental deste século, como um problema único.
Os pesquisadores cunharam o termo “sindemia global” para definir as três pandemias, o que significa múltiplas doenças que interagem entre si e têm atores sociais comuns.
Quase um bilhão de pessoas no mundo passam fome ou estão desnutridas e outros dois bilhões têm sobrepeso ou obesidade em razão da má alimentação, o que contribui para doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. Dietas não saudáveis respondem por até 11 milhões de mortes prematuras todos os anos.
Segundo Boyd Swinburn, professor da Universidade de Aukland e co-presidente da comissão que elaborou o relatório da revista The Lancet, os efeitos da desnutrição e da obesidade devem se tornar significativamente piores com as mudanças climáticas.
“A maneira pela qual os alimentos são atualmente produzidos, distribuídos e consumidos não apenas alimenta as pandemias de fome e obesidade, mas também gera de 25% a 30% das emissões de gases de efeito estufa que aquecem o planeta”, explica Swinburn.
De acordo com o relatório, somente a produção de gado é responsável por mais da metade desses gases, na forma de flatulência carregada de metano, e de CO2, quando as florestas -especialmente no Brasil- são desmatadas para acomodar o gado.
Apesar dos 30 anos de alertas da ciência sobre os impactos do aquecimento global, as emissões de CO2 atingiram níveis recordes em 2017 e novamente no ano passado.
Um sistema de transporte dominado por carros também contribui com 15% a 25% das emissões e estimula um estilo de vida sedentário. No entanto, não haverá mudanças a menos que os cidadãos comuns exijam um “repensar radical” da relação entre os formuladores de políticas públicas e os negócios, reforça o relatório assinado por 43 especialistas em pesquisa clínica, ciência climática e saúde pública.
“Poderosos conflitos de interesses, falta de liderança política e demanda social insuficiente por mudanças estão impedindo as ações”, escreveram os autores. Como todos esses problemas estão entrelaçados, as respostas devem ser também em conjunto, segundo os pesquisadores.
O relatório calcula os custos da inércia (em não lidar com essas questões) para a economia global. A obesidade traria gastos anuais para a saúde na ordem de US$ 2 trilhões (R$ 7,4 trilhões), além de perda de produtividade econômica –danos financeiros semelhantes aos causados pela violência armada e guerras.
Já a desnutrição estaria associada a uma redução de 11% dos PIBs da África e da Ásia. “A inação dos danos causados pelas mudanças climáticas irá eclipsar ambas as pandemias, custando entre 5% e 10% do PIB global”, estimam os autores.
Embora o relatório alerte para uma emergência global e devastadora, ele também descreve como o planejamento de políticas pode atacar os três pilares dessa sindemia global de uma só vez.”Como o sistema alimentar globalizado causa um quinto das emissões de gases de efeito estufa e impulsiona a obesidade e a desnutrição, as reformas direcionadas poderiam mitigar todos os três problemas de uma só vez.”
Os especialistas argumentam que os incentivos econômicos devem ser reformulados. São estimados em cerca de US$ 5 trilhões (R$ 18,4 trilhões) os subsídios governamentais para combustíveis fósseis e agronegócios. Uma das propostas seria canalizar esses incentivos para “atividades sustentáveis, saudáveis e ambientalmente amigáveis”.
Além do fim dos subsídios de produtos não saudáveis, o relatório sugere um tratado internacional envolvendo multinacionais de alimentos, nos mesmos moldes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS (Organização Mundial de Saúde), de 2005.
“No caso do Brasil, temos a situação absurda de subsidiar a produção de refrigerantes na Zona Franca de Manaus. Isso exemplifica o lobby das mega corporações, que acabam sendo o maior obstáculo para implementação das políticas públicas efetivas para lidar com a má nutrição em todas as suas formas”, diz Paula Johns, diretora-geral da ACT Promoção da Saúde e que participou das discussões em torno do relatório, na Tailândia.
Segundo Johns, no caso da alimentação, os danos acabam atingindo desproporcionalmente as populações mais vulneráveis. “Não é diferente das questões que envolvem o tabaco e o álcool. São problemas sistêmicos e todos criados e alimentados por pessoas, portanto, é possível mudar. Mas são necessárias vontade e liderança política.”
Nos lugares onde ocorreu alguma mudança positiva de políticas públicas regulatórias, explica ela, sempre tem alguma liderança por trás e grande mobilização da sociedade. O México, por exemplo, aumentou a maior tributação de bebidas açucaradas.
As reações às recomendações da revista The Lancet estão fortemente divididas. Especialistas em saúde pública e clima comemoram o seu apelo por mudanças profundas. “Um sistema alimentar que garanta uma dieta melhor salvará milhões de vidas e, ao mesmo tempo, ajudará a salvar o planeta”, disse Katie Dain, CEO da Aliança de Doenças Não-Transmissíveis.
Já os representantes da indústria classificaram as recomendações como esgotadas e um ataque ao livre arbítrio. “Os fanáticos do ‘estado-babá’ não estão escondendo mais suas intenções de usar o projeto antitabaco para controlar outras áreas de nossas vidas”, disse Christopher Snowdon, chefe de economia do estilo de vida do Instituto de Assuntos Econômicos, com sede em Londres.
Para Paula Johns, existe uma crença de que a educação e as regras de mercado vão dar conta do problema. “Mas o que vemos é que mercados não são de fato livres e os subsídios são os melhores exemplos disso.” Com informações da Folhapress.
O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), assinou um decreto que determina a intervenção do Poder Executivo estadual na gerência, operacionalização e oferta de ações e serviços no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, e sua unidade de retaguarda, no Hospital Metropolitano de Santa Rita e no Hospital Geral de Mamanguape.
O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (25). O prazo de intervenção é de 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
A intervenção acontece nas questões técnicas, assistenciais, administrativas e financeiras das unidades hospitalares, com o objetivo, de acordo com o decreto, de manter a conformidade dos atos administrativos e o cumprimento das obrigações pactuadas e imprescindíveis à prestação dos serviços públicos de saúde.
Um dos motivos da intervenção considera a “ocorrência de fatos que indicam uma instabilidade institucional dentro das Organizações Sociais gestoras das unidades hospitalares”. Os fatos foram constatados pela Secretaria de Estado da Saúde e pela Superintendência de Coordenação e Supervisão de Contratos de Gestão.
Segundo o decreto, a instabilidade pode comprometer a continuidade da prestação dos serviços e a qualidade do atendimento aos usuários.
A intervenção tem como objetivos garantir o gerenciamento nas unidades hospitalares para evitar o comprometimento da prestação de serviços de saúde à população, assegurar o cumprimento das obrigações previstas nos contratos de gestão, por parte das Organizações Sociais e averiguar eventuais inconsistências e inconformidades no gerenciamento das unidades hospitalares.
O governador designou como interventores o Coronel Bombeiro Lucas Severiano de Lima Medeiros para o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, e sua unidade de retaguarda, e o procurador de Estado Lúcio Landim Batista da Costa para o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires e para o Hospital Geral de Mamanguape.
A Secretária de Estado da Saúde deverá, no prazo de 30 dias, instaurar procedimento administrativo para apurar as causas determinantes da intervenção e definir responsabilidades.
O decreto informa que cabe ao interventor a prática de todos e quaisquer atos inerentes à intervenção, entre eles:
- adotar medidas de ordem técnica, assistencial e administrativa necessárias à manutenção e pleno funcionamento das unidades hospitalares de que trata este decreto, nos moldes acordados no contrato de gestão;
- emitir relatório de intervenção contendo o diagnóstico da situação das unidades hospitalares e os atos de intervenção, e, quando cabíveis, as medidas de ordem técnicas, administrativas e financeiras necessárias ao funcionamento das unidades de saúde;
- exigir todas as informações contábeis e financeiras, inclusive requisitar saldos e extratos bancários diários das contas vinculadas, do período correspondente aos contratos de gestão;
- autorizar, previamente, toda e qualquer ordenação de despesa e movimentação financeira pela organização social contratada;
- determinar, quando necessário, que a Organização Social contratada proceda à rescisão e à suspensão de contratos, podendo, ainda, suspender pagamentos a fornecedores e a prestadores de serviço de qualquer natureza;
- exigir do representante da Organização Social contratada que apresente relatório patrimonial, financeiro e inventário de bens e equipamentos das unidades objeto do contrato;
- solicitar servidores, insumos, serviços e informações de outras repartições públicas para o pleno desempenho das sua funções de interventor e das atividades previstas no contrato de gestão;
- determinar, quando necessário, que a Organização Social contratada proceda à contratação, ao afastamento temporário ou ao desligamento de empregados;
G1
O Icecure, como é chamado, congela e mata o tumor. Ele foi criado pela empresa IceCure Medical,de Tel Aviv.
Trata-se de um dispositivo médico minimamente invasivo para o tratamento de tumores. A técnica, mais barata, começou a ser oferecida no final do ano passado, em Israel pelo Elisha Medical Center, um hospital privado localizado no norte da cidade de Haifa.
A professora aposentada Nelida Ivaldi, diagnosticada com um tumor no seio, passou pela terapia para congelar o tumor e ficou surpresa com a rapidez do procedimento do método, quase indolor.
A sessão demorou de 20 a 30 minutos e o procedimento é minimamente invasivo.
Como
A crioablação é um processo que usa frio extremo para destruir o tecido.
O processo é feito com agulhas ocas que levam fluidos refrigerados, termicamente condutivos para a região próxima ao tumor.
Uma sonda de metal é inserida no seio e depois congela apenas o tecido alvo, deixando os tecidos saudáveis ilesos e uma pequena cicatriz que se cura em poucos dias.
Como não requer nada mais do que um ultrassom, o paciente pode voltar à sua vida normal assim que o tratamento terminar.
Custo
Eyal Shamir, CEO da Icecure, disse à Reuters que o tratamento é bem mais barato que o tradicional.
Custa em torno de US $ 4.000, quase R$ 16.000,00, isso representa um terço do custo de uma cirurgia de mastectomia média, garantiu.
O tratamento já está sendo feito comercialmente nos EUA, no Japão, no México e em vários países da Europa.
Quem pode fazer
De acordo com Elizabeth Sadka, vice-presidente de Clínica Regulatória e Qualidade da IceCure, os critérios para o tratamento dependem do estágio, o tamanho e a forma do tumor.
No câncer de mama deve estar no estágio 1 ou 2 e o tumor sólido deve ter menos de 1 centímetro, aproximadamente.
Brasileiros formados no exterior e estrangeiros inscritos no Programa Mais Médicos têm novas datas para selecionar os municípios que ainda têm vagas abertas. O primeiro grupo tem os dias 7 e 8 de fevereiro para escolher a localidade no site do programa. Nos dias 18 e 19 do mesmo mês, será a vez de estrangeiros terem acesso ao sistema para optar pelas vagas.
De acordo com o Ministério da Saúde, a alteração no cronograma se deu por conta do período de carnaval, que seria durante o acolhimento dos médicos. Com a mudança, a validação dos médicos brasileiros que estão com a documentação correta está prevista para ser divulgada no dia 31 de janeiro. No dia 12 de fevereiro, será divulgado o resultado dos médicos estrangeiros, que terão a mesma oportunidade, conforme o novo cronograma.
Após a escolha desses profissionais, o governo federal deve publicar, nos dias 13 e 21 de fevereiro, a lista com os nomes de brasileiros e estrangeiros respectivamente alocados nas cidades selecionadas. Ao todo, 10.205 profissionais brasileiros e estrangeiros com habilitação para exercício da medicina no exterior (sem registro no Brasil) completaram a inscrição no Mais Médicos.
As inscrições para o atual edital começaram com profissionais com registro no Brasil escolhendo as cidades disponíveis. Balanço divulgado no último dia 15 pela pasta mostra que 82% das vagas já foram preenchidas. Os postos que estiverem em aberto serão disponibilizados nesta próxima etapa.
Confira o cronograma completo:
31/01 – Publicação da validação dos documentos dos brasileiros formados no exterior.
07/02 – Publicação da relação dos municípios com vagas remanescentes.
07 e 08/02 – Brasileiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis.
12/02 – Publicação da validação dos documentos dos estrangeiros formados no exterior.
18/02 – Publicação da relação dos municípios com vagas remanescentes.
18 e 19/02 – Estrangeiros formados no exterior escolhem vagas disponíveis.
O período do verão – entre dezembro e março – exige maior cuidado dos brasileiros em relação aos acidentes com escorpiões, já que o clima úmido e quente é considerado ideal para o aparecimento desse tipo de animal peçonhento, que se abriga em esgotos e entulhos. A limpeza do ambiente e a adoção de hábitos simples, de acordo com o Ministério da Saúde, são fundamentais para prevenir picadas.
No ambiente urbano, a orientação para evitar a entrada de escorpiões em casas e apartamentos é usar telas em ralos de chão, pias e tanques, além de vedar frestas nas paredes e colocar soleiras nas portas. Os cuidados incluem ainda afastar camas e berços das paredes e vistoriar roupas e calçados antes de usá-los. Já em áreas externas, a principal dica é manter jardins e quintais livres de entulhos, folhas secas e lixo doméstico.
Também é importante manter todo o lixo da residência em sacos plásticos bem fechados para evitar baratas, que servem de alimento e, portanto, atraem os escorpiões. Outra recomendação é manter o gramado sempre aparado, não colocar a mão em buracos, embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos e usar luvas e botas de raspas de couro na hora de manusear entulhos e materiais de construção e em atividades de jardinagem.
O ministério não recomenda o uso de produtos químicos como pesticidas para o controle de escorpiões. “Estes produtos, além de não possuírem, até o momento, eficácia comprovada para o controle do animal em ambiente urbano, podem fazer com que eles deixem seus esconderijos, aumentando a chance de acidentes”, informou.
Populações mais expostas
Os grupos considerados mais vulneráveis são trabalhadores da construção civil, crianças e demais pessoas que permanecem grande parte do tempo dentro de casa ou nos arredores e quintais. Nas áreas urbanas, também estão sujeitos a picadas trabalhadores de madeireiras, transportadoras e distribuidoras de hortifrutigranjeiros, que manuseiam objetos e alimentos onde os escorpiões podem estar escondidos.
Acidentes
A maioria dos acidentes com escorpiões, segundo a pasta, é leve, com quadro de início rápido e duração limitada. Nessas situações, a pessoa apresenta dor imediata, vermelhidão, inchaço leve por acúmulo de líquido e sudorese localizada, com tratamento sintomático.
Crianças abaixo de 7 anos têm mais chance de apresentar sintomas como vômito e diarreia, principalmente quando picadas por escorpião-amarelo, que pode levar a casos graves e requer a aplicação do soro em tempo adequado.
As recomendações incluem ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo e, se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie. Limpar o local da picada com água e sabão, de acordo com o ministério, pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.
A lista de hospitais de referência para utilização do soro antiescorpiônico pode seracessada aqui.
Números
Dados do ministério mostram que, em 2018, foram contabilizados 141,4 mil casos de acidentes com escorpiões no Brasil. Em 2017, foram 125 mil registros. Os números, de acordo com a paasta, ainda são preliminares e serão revisados. Em 2016, foram 91,7 mil notificações. Em relação às mortes, 115 óbitos foram registrados em 2016 e 88 em 2017.
Fonte: Agência Brasil
Adultos diagnosticados com esclerose múltipla remitente recorrente poderão utilizar o medicamento acetato de glatirâmer na versão de 40 miligramas (mg) via Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, a rede pública oferta apenas a versão de 20 mg. De acordo com o Ministério da Saúde, a incorporação vai permitir que o paciente reduza de sete para três as doses injetadas todas as semanas, garantindo maior qualidade de vida.
A esclerose múltipla pode ser classificada por níveis de evolução clínica. Casos remitentes recorrentes têm por características surtos autolimitados de disfunção neurológica com recuperação completa ou parcial. Segundo a pasta, cerca de 85% dos pacientes com a doença são inicialmente diagnosticados como remitentes recorrentes. Os outros níveis são secundariamente progressiva e primariamente progressiva.
A doença afeta normalmente adultos entre 18 e 55 anos de idade. Além disso, é duas a três vezes mais frequente em mulheres. Entretanto, crianças e idosos também podem ser atingidos.
No mundo, estima-se que a cada 100 mil habitantes, 33 sofram com a enfermidade. No Brasil, o cálculo do ministério é que em torno de 35 mil pessoas convivam com a esclerose múltipla, sendo que cerca de 15 mil estão em tratamento atualmente no SUS.
Entre os principais sintomas estão fadiga, formigamento ou queimação nos membros, visão embaçada, dupla ou perda da visão, tontura, rigidez muscular e problemas de cognição.
Fonte: Agência Brasil
O número de doadores de sangue caiu nos últimos dias e o estoque do Hemocentro da Paraíba está em situação crítica. Nas últimas quarta e quinta-feira, foram registradas 199 doações, enquanto que a média ideal de doações é entre 150 a 200 doações por dia. Os dados preocupam a direção da instituição.
“Fazemos um apelo para que os doadores compareçam ao Hemocentro. Precisamos contar com a colaboração da população para aumentar nosso estoque de sangue e garantir o abastecimento da rede de saúde”, frisou a diretora-geral do Hemocentro da Paraíba, Luciana Gomes.
Atualmente, o estoque está baixo para todos os tipos sanguíneos. “Geralmente, no início do ano, devido às férias escolares e viagens de fim de ano, registramos queda do número de doações, mas reforçamos que para termos sangue precisamos de doadores”, explica a diretora.
O Hemocentro da Paraíba está aberto de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h30, e aos sábados, das 7h às 17h. Para doar é preciso apresentar um documento oficial com foto, ter entre 16 e 69 anos (quem tem menos de 18 precisa estar acompanhado de um dos responsáveis legais – pai ou mãe) e atender outros critérios que serão avaliados na triagem clínica.
Campanha – Nesta sexta-feira (4), a campanha “O Belo Corre nas Veias” mobilizou o elenco e a equipe técnica do Botafogo-PB em prol da doação de sangue. A diretora-geral do Hemocentro da Paraíba, Luciana Gomes, agradeceu a parceria com o time de futebol e reforçou a importância de instituições, entidades e sociedade civil abraçarem a causa do sangue.
“Nós agradecemos a todos que compareceram ao Hemocentro e reforçamos o apelo para que chamem parentes e amigos para vir doar. Estamos em um período de queda do número de doações e precisamos contar com a colaboração massiva da população para aumentar o estoque de sangue”, frisou Luciana Gomes.
Para o diretor administrativo do Hemocentro da Paraíba, Luciano Sorrentino, a campanha do Belo é um exemplo de solidariedade fundamental nesse momento tão crítico para o banco de sangue.
A campanha botafoguense vai continuar até este sábado (5) e quem quiser aderir basta ir ao Hemocentro de posse de um documento oficial com foto e informar o número da campanha (309).
“Doe! Se você não puder doar, incentive quem possa. Ajude a salvar vidas!”, convidou o gerente-administrativo do Botafogo-PB, Gian Carlo. Ele acompanhou a equipe e lembrou que a ação foi inserida na programação semanal de trabalho dos jogadores que na manhã desta sexta-feira poderiam estar usufruindo o horário livre.
“O intuito foi salvar vidas. Alguns jogadores não puderam doar por conta dos critérios exigidos para doação, mas 28 jogadores e comissão técnica compareceram”, declarou Gian Carlo.
O jogador Donato Neto foi um dos candidatos aprovados. “Doar é simples, rápido e não dói. Venha participar desta iniciativa e salve vidas”, convocou.
Parcerias – Para incentivar a doação regular de sangue, o Hemocentro da Paraíba firma parceria com instituições, igrejas, empresas, escolas e pessoas interessadas em mobilizar grupos de candidatos à doação.
Segundo a assistente social do Hemocentro da Paraíba, Consueila Leite, um dos serviços mais procurados é a “Caravana Solidária”, na qual a instituição transporta os candidatos à doação até o banco de sangue e, após a doação, os leva de volta ao local de partida.
Para solicitar a ‘Caravana’ é preciso agendar com a equipe do Serviço Social, por meio do telefone 3218-7698 ou por email (hemocentropbsocial@gmail).
CRITÉRIOS PARA DOAR
• Pesar no mínimo 50kg
• Estar alimentado
• Ter dormido bem na noite anterior a doação, de preferência antes da meia noite
• Ter entre 16 e 69 anos (quem tem menos de 18 deve estar acompanhado de um dos responsáveis legais, pai ou mãe)
• Ser saudável
• Não tenha tido hepatite, malária ou doença de chagas;
Além de não ter comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis como sífilis, gonorreia, AIDS.
Fonte: Assessoria
O Ministério da Saúde anunciou ontem(3) a incorporação do medicamento dicloridato de sapropterina, utilizado no tratamento da fenilcetonúria, ao Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio deve estar disponível na rede pública em até 180 dias e será ofertado a mulheres que estejam em período pré-concepcional ou em período gestacional e que tenham feito teste de responsividade positivo ao medicamento.
De acordo com a pasta, o uso do dicloridato de sapropterina para o tratamento da fenilcetonúria é feito de forma complementar à realização de dieta, com restrição de alimentos como carne, ovo, trigo e feijão, além do uso de fórmula metabólica rica em aminoácidos, vitaminas e minerais.
“Para incorporar o medicamento ao SUS, foram realizadas discussões com profissionais da saúde e especialistas que compõem a Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias ao SUS (Conitec)”, informou o ministério, por meio de nota. “Além disso, também foi levado em conta as observações e sugestões da população, sendo a maioria de pacientes e familiares dos portadores da doença.”
A fenilcetonúria tem herança genética e faz com que o indivíduo nasça sem uma importante enzima (fenilalanina-hidroxilase), dificultando o trabalho do organismo na quebra adequada de moléculas de aminoácido presente em proteínas animais e vegetais (fenilalanina-FAL). Os altos níveis desse aminoácido e de substâncias associadas a ele, no corpo, exercem ação tóxica em vários órgãos, especialmente no cérebro.
Números
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria revelam que um em cada 12 mil nascidos vivos é diagnosticado com fenilcetonúria. A doença é identificada logo que a criança nasce, por meio do teste do pezinho. O exame identifica outras cinco doenças: hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.