A campanha de vacinação contra o sarampo para crianças menores de cinco anos de idade começa na próxima segunda-feira (07) e segue até o dia 25 de outubro. O dia D da campanha acontece no dia 19 de outubro, um sábado. No mês de novembro existe a previsão de uma campanha de vacinação contra o sarampo para adultos entre 20 e 29 anos de idade que não foram vacinados.
A campanha é exclusiva para crianças de seis 6 a meses a menores de 5 anos que não estão com esquema vacinal completo. A campanha será feita após os casos de sarampo que vêm sendo registrados recentemente.
O Estado da Paraíba, até o momento, está com 89,51% de cobertura vacinal. Em 2018, atingiu 95,77% de cobertura vacinal contra o sarampo. As crianças desenvolvem a forma mais agravada da doença, que pode levar a óbito. Apesar da campanha nacional não ter uma meta para ser atingida, a “SES tem o objetivo de ampliar a homogeneidade e, assim, acabar com os bolsões de suscetibilidade”, explicou Isiane Queiroga, chefe do Núcleo de Imunizações da Paraíba.
A campanha este ano é apenas para as crianças que não foram vacinadas com as doses previstas no calendário nacional de vacinação. “Esta campanha é toda seletiva, então, se a criança estiver em dia, não será vacinada”, reforça Isiane. A vacina é a única forma de prevenção da doença e garante aproximadamente 95% de imunidade duradoura por toda a vida, se tomada corretamente, de acordo com o previsto no calendário de vacinação. Portanto, é importante que os pais levem o cartão de vacinação para ser avaliado.
A Paraíba conta com um total de 166 notificações suspeitas para sarampo, das quais oito foram confirmadas, de acordo com o último boletim emitido pela SES. Por enquanto, a campanha foi pensada de forma seletiva, para ampliar a cobertura vacinal nos estados e vacinar as faixas mais vulneráveis ao sarampo.
Para a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares, é preciso um esforço coletivo dos gestores municipais e consciência da população para que a circulação do vírus diminua na Paraíba. “O objetivo é manter um alto nível de imunidade na população reduzindo a possibilidade da ocorrência da doença”, frisa a gerente. Entre os meses de julho e setembro, 183.895 doses de vacina contra o sarampo foram distribuídas para os 223 municípios, cerca de 600% a mais do que a média histórica para este mesmo período.
Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo:
1ª fase: Crianças de 6 meses a menores de 5 anos – 7 a 25 de outubro, com dia D no sábado, 19 de outubro.
2ª fase: Adultos jovens de 20 a 29 anos, não vacinados – de 18 a 30 de novembro. Dia D, 30 de novembro.
Um parasita microscópico que até hoje não tinha sido identificado pela ciência já infectou mais de uma centena de pessoas no Nordeste, causando lesões graves no fígado, no baço e na pele e matando pelo menos um desses pacientes.
As características da doença lembram a leishmaniose visceral, moléstia endêmica na região, normalmente causada pelo protozoário Leishmania infantum. Mas a análise do DNA do micro-organismo revelou que se trata de um parasita novo, cujos parentes mais próximos costumam infectar apenas insetos.
Os dados acabam de ser publicados por pesquisadores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), da Universidade Federal de Sergipe e da USP de Ribeirão Preto na revista especializada Emerging Infectious Diseases.
A equipe ainda não sabe como o micróbio acabou infectando os 141 pacientes que eles conseguiram rastrear até agora (o número real de afetados pode, é claro, ser muito mais alto).
O causador da leishmaniose é transmitido pelo chamado mosquito-palha ou flebotomíneo. Entretanto, os primos mais próximos do novo parasita, que pertencem ao gênero Crithidia, costumam estar presentes no organismo de anofelinos (os transmissores da malária) e mosquitos do gênero Culex, como o pernilongo comum.
“O que a gente sabe é que, nesse grupo de protozoários, a transição em que a espécie deixa de ser um parasita que afeta apenas insetos e passa a infectar também vertebrados acontece nos casos em que o inseto se alimenta de sangue”, explica a bióloga Sandra Maruyama, da UFSCar, uma das autoras do estudo. “Estudar esse protozoário pode ser uma ferramenta importante para entender como o salto acontece.”
Além disso, as implicações para a saúde pública podem ser consideráveis. O novo parasita só acabou sendo flagrado porque produzia sintomas inesperados –feridas avermelhadas na pele do corpo todo, em vez das feridas mais localizadas que o Leishmania normalmente causa, por exemplo – e não respondia ao tratamento tradicional.
“Mas que diabo será isso?” foi a reação de João Santana da Silva, da USP de Ribeirão Preto, quando análises de DNA preliminares indicaram que o micro-organismo, até então considerado apenas outra variante de Leishmania resistente a medicamentos, mostrou não ter parentesco próximo com as formas já conhecidas.
A confusão é compreensível porque, ao microscópio, muitos protozoários desse grande grupo, que inclui também o causador do mal de Chagas, são bastantes parecidos uns com os outros. “Hoje a gente já percebe que, enquanto o Leishmania é mais alongado e tem um flagelo [“cauda”] comprido, o novo parasita é mais achatado, com flagelo mais curto”, aponta Maruyama.
Uma clareza maior acerca do enigma veio com a “leitura” completa do genoma do micro-organismo e de sua comparação detalhada com o de outros protozoários. Há diferenças substanciais entre o DNA dele e o das várias espécies de Leishmania, a começar pelo tamanho do “livro” do genoma: 33 milhões de pares de letras químicas de DNA no caso do causador da leishmaniose contra cerca de 54 milhões no novo parasita (o genoma humano, bem mais prolixo, chega a 3 bilhões).
Os dados genômicos concluem uma história que começou em 2010, quando Roque Pacheco Almeida, do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe, teve o primeiro contato com o paciente que, após três tentativas de tratamento, acabou morrendo.
“Nesse caso, temos certeza da causa. Estamos investigando outro caso, no qual o paciente também não respondia ao tratamento e perdemos contato com ele. Outro morreu recentemente, com achados clínicos fora do esperado. Estamos verificando se foi pelo mesmo parasita”, conta Almeida.
Ele lembra que, segundo o Ministério da Saúde, Sergipe tem uma taxa elevada de mortalidade causada por leishmaniose visceral –cerca de 15% dos infectados, enquanto o normal seria 6%. “Talvez estejamos diante de um grande problema decorrente da presença de um novo agente infeccioso, para o qual não dispomos ainda de terapêutica adequada.”
De fato, ainda há muito a fazer para compreender a natureza e a ação do parasita. Os pesquisadores agora pretendem entender o ciclo de vida da espécie, identificando os insetos capazes de transmiti-la e outros possíveis hospedeiros (já se sabe que o micro-organismo é capaz de causar manifestações da doença em camundongos, por exemplo).
É esperado que o avanço de mudanças climáticas e ambientais coloquem a população em contato cada vez mais frequente com novos causadores de doenças, em especial em regiões tropicais como o Brasil. “Estudar essa espécie pode funcionar como uma escola para enfrentar esse desafio”, diz Santana da Silva.
O trabalho foi realizado no âmbito do Crid (Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias) e do programa Jovem Pesquisador em Centros Emergentes, ambos criados com financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Também participaram do estudo pesquisadores da Fiocruz e dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.
Desde as primeiras horas deste domingo (29) a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarabira, encontra-se movimentada de pacientes que buscam por atendimento. Uma paciente de 57 anos relatou ao Blog do Pedro Júnior que teria chegado às 07h20.
“Cheguei cedo, não tinha quase ninguém. Eu fiz a ficha e passei na classificação. Depois fui perguntar o motivo da demora e mandaram eu aguardar o médico que atende os adultos chegar”, relatou.
O clima foi ficando tenso na unidade com a chegada de mais pacientes. Em virtude da demora, as pessoas começaram a se aglomerar na porta de entrada do setor de atendimento médico questionando a ausência do médico.
Por volta das 10h20, um profissional de apoio explicou que o médico teria chegado e que iria iniciar os atendimentos aos adultos. A senhora chegou na unidade apresentado fortes dores na coluna. Com a classificação na cor verde, ela foi atendida às 10h47.
No intervalo que a UPA ficou sem médico não foi registrado nenhum caso de classificação na cor vermelha. O que poderia deixar o paciente em situação complicada.
Blog do Pedro Júnior
Casos já foram confirmados em João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Santa Cecília e Barra de São Miguel.
Subiu para oito o número de casos de sarampo foram confirmados na Paraíba até esta sexta-feira (27), de acordo com o Secretaria de Estado da Saúde. Um caso foi confirmado na cidade de Barra de São Miguel, quatro em João Pessoa, um em Bayeux, um em Santa Rita e um em Santa Cecília. Até a última sexta-feira (20) o número de casos confirmados era 5.
Ao todo, 166 casos já foram notificados, com o descarte de 60 casos. No entanto, 98 casos seguem em investigação. Em todo o país, segundo o Ministério da Saúde, mais de 3,9 mil casos foram confirmados nos últimos 90 dias.
A vacina tríplice viral – que protege contra sarampo, caxumba e rubéola – é ofertada nas salas de vacinação distribuídas entre as Unidades de Saúde da Família (USF), as policlínicas municipais e o Centro Municipal de Imunização. A dose é direcionada para crianças de seis meses de vida até adultos de 49 anos de idade.
As crianças de seis meses devem tomar a chamada “dose zero”. A vacina deve ser ministrada em duas doses a partir de um ano de idade até 29 anos, 11 meses e 29 dias de vida do cidadão, respeitando o intervalo das doses do calendário vacinal. Caso a pessoa comprove as duas doses, não é necessário tomar nenhuma a mais, já sendo considerada imunizada.
Já para adultos com idade de 30 a 49 anos, 11 meses e 29 dias, basta uma dose da vacina para que seja considerado imunizado. Os profissionais da área de saúde, independentemente da idade, devem tomar duas doses. Caso comprove que tomou as duas doses, não é necessária nenhuma outra.
Mudança da vacina em João Pessoa
A vacinação em João Pessoa está ocorrendo em apenas seis unidades de saúde da capital paraibana. De acordo com a secretaria de Saúde, o objetivo da mudança de estratégia é evitar a perda técnica das doses da vacina e otimizar a imunização.
A população deve procurar as seguintes unidades: USF Integrada Cruz das Armas, USF Integrada Estação Saúde (Ernesto Geisel), USF Integrada Mangabeira, USF Integrada Viver Bem (Treze de Maio), USF Integrada Santa Clara (Castelo Branco) e Centro Municipal de Imunizações (Torre).
As unidades de saúde da família funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 12h às 16h. Já o Centro de Imunizações funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.
Sintomas
Os sintomas iniciais de sarampo são, de acordo com a Secretaria, febre acompanhada de tosse persistente, irritação nos olhos, coriza e congestão nasal e mal-estar intenso. Após isso, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. Também são comuns lesões muito dolorosas na boca.
A doença pode agravar-se e acometer o sistema nervoso central, assim como ter complicações com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.
Subiu para cinco, na manhã desta sexta-feira (20), o número de pessoas diagnosticadas com sarampo na Paraíba. Os dois novos casos foram registrados em João Pessoa e Barra de São Miguel, no Cariri.
A informação foi dada pelo secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros. De acordo com o gestor, outros 35 casos seguem em investigação, enquanto 48 pacientes já tiveram a doença descartada.
Na semana passada, a Secretaria de Saúde de João Pessoa informou os três primeiros casos de sarampo na Capital. As três pessoas são adultas com idades entre 20 e 40 anos. Ainda não há informação sobre o perfil dos novos identificados com a doença.
Vacina
A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) oferta a vacina tríplice viral, que protege crianças e adultos contra o sarampo, caxumba e rubéola, nas Salas de Vacinação distribuídas nas Unidades de Saúde da Família (USF), nas policlínicas municipais e no Centro Municipal de Imunização. Devem tomar a vacina crianças de seis meses de vida até adultos de 49 anos de idade.
As crianças de seis meses devem tomar a chamada ‘dose zero’. A vacina deve ser ministrada em duas doses a partir de um ano de idade até 29 anos, 11 meses e 29 dias de vida do cidadão, respeitando o intervalo das doses do calendário vacinal. Caso a pessoa comprove as duas doses, não é necessário tomar nenhuma a mais, já sendo considerada imunizada.
Já para adultos com idade de 30 a 49 anos, 11 meses e 29 dias, basta uma dose da vacina para que seja considerado imunizado. Os profissionais da área de saúde, independentemente da idade, devem tomar duas doses para que seja imunizado. Caso comprove que tomou as duas doses, não é necessária nenhuma outra.
Sarampo
Os sintomas iniciais de sarampo são febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal-estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca.
A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.
A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei 950/2019, de autoria do deputado Wilson Filho, que estabelece o prazo máximo de espera de 30 dias, nas unidades de saúde do Estado da Paraíba, para a realização de exames clínicos, laboratoriais e complementares por pacientes diagnosticados com câncer.
Wilson Filho lembra que, de acordo com a Constituição Federal, a saúde é direito de todos no país. Neste sentido, o parlamentar ressalta que há grande demanda de procedimentos e intervenções gerando, desta forma, uma “fila de espera”.
Segundo o deputado, muitos pacientes portadores de câncer morrem na Paraíba sem sequer passarem por algum tipo de atendimento na rede pública de saúde. “Estes pacientes necessitam de atendimento com certa celeridade, pois, é comprovado que todos os dias as células malignas do corpo se multiplicam, atacando outros órgãos e sistemas, tornando essencial o tratamento da forma mais célere possível”, justificou Wilson Filho.
Também foi aprovado, por unanimidade, Projeto de Lei 305/2019, de autoria do presidente Adriano Galdino, instituindo a Semana Estadual de Enfrentamento à Tríplice Epidemia: Dengue, Zika e Chikungunya. O objetivo, segundo Galdino, é conscientizar a sociedade a respeito dos riscos oferecidos pelo mosquito aedes aegypti e intensificar ações voltadas a combatê-lo.
Na velhice, é recorrente a sensação de invisibilidade. No entanto, há um contingente de idosos ainda mais invisível: o dos indivíduos com deficiência intelectual. No Brasil, a estimativa é de que sejam mais de 500 mil acima dos 60 anos. Essa é uma questão que vem ganhando corpo há pelo menos duas décadas, o que levou a Apae de São Paulo a organizar o I Seminário Internacional sobre o Envelhecimento da Pessoa com Deficiência Intelectual, como explica Leila Castro, especialista em envelhecimento da área de Ensino, Pesquisa e Inovação da instituição.
“Desde o início dos anos 2000, essa população já demonstrava sinais de envelhecimento. A Apae de São Paulo preconiza a inclusão das pessoas com deficiência em todas as fases da vida e essa é uma nova frente na qual atuamos. Nosso trabalho visa à manutenção da funcionalidade, com protocolos que incluem o planejamento de vida e a busca de preservação da autonomia e da independência”, afirma.
Na Europa e nos Estados Unidos já há estudos longitudinais – que se estendem por um longo período de tempo – específicos sobre esse grupo. Na opinião de Leila, esta será a oportunidade de dar início a uma discussão mais ampla no Brasil. “Temos que estimular uma produção nacional de conhecimento nesse campo. A instituição acompanha a questão do envelhecimento no país e sabemos que há muitas demandas da população em geral a serem atendidas. Isso faz com que outras condições de envelhecimento, como a de pessoas com deficiência intelectual, fiquem em segundo plano, mas também precisamos de políticas públicas voltadas para esse público”, diz.
De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, “pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”. O site da Apae paulista apresenta as diferenças entre deficiência intelectual e doença mental, que, infelizmente, ainda são confundidas: “Na deficiência intelectual a pessoa apresenta um atraso no seu desenvolvimento, dificuldades para aprender e realizar tarefas do dia a dia e interagir com o meio em que vive. Ou seja, existe um comprometimento cognitivo, que acontece antes dos 18 anos, e que prejudica suas habilidades adaptativas. Já a doença mental engloba uma série de condições que causam alteração de humor e comportamento e podem afetar o desempenho da pessoa na sociedade. Essas alterações acontecem na mente da pessoa e causam uma alteração na sua percepção da realidade. Em resumo, é uma doença psiquiátrica, que deve ser tratada por um psiquiatra, com uso de medicamentos específicos para cada situação”.
A abordagem do envelhecimento feita pela instituição inclui, como não poderia deixar de ser, a família. “Os pais estão idosos, os irmãos também envelheceram, há uma grande preocupação em relação ao dia de amanhã. Se um irmão ou irmã fica com a tutela mas trabalha, vai precisar de um serviço de apoio”, enfatiza Leila. O seminário acontece nos dias 19 e 20, no Memorial da América Latina. A conferência de abertura será feita por Tamar Heller, professora da University of Illinois em Chicago, que dirige um centro de excelência sobre o assunto. Outros participantes internacionais são Philip McCallion, responsável por um estudo longitudinal feito sobre o tema na Irlanda, e Ramón Novell Ansina, que participou do “Informe Seneca”, levantamento semelhante realizado na Espanha. Que este seja um passo definitivo para diminuir essa invisibilidade.
O Brasil registrou 3.339 casos confirmados de sarampo em 16 estados, nos últimos 90 dias, segundo balanço divulgado na sexta (13) pelo Ministério da Saúde. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul passaram a fazer parte da lista de estados com surto ativo. O último boletim aponta que são 24.011 casos suspeitos no país, sendo que 17.713 (73,8%) estão em investigação e 2.957 (12,3%) foram descartados. Neste ano, foram confirmados quatro mortes por Sarampo. Três em crianças com menos de 1 ano de idade e um homem de 42 anos. Nenhum dos quatro haviam sido vacinados.
São Paulo segue como o estado com a maior parte dos casos confirmados, 97, 5% (3.254), seguido do Rio de Janeiro (18), Pernambuco (13), Minas Gerais (13), Santa Catarina (12), Paraná (7), Rio Grande do Sul (7), Maranhão (3), Goiás (3), Distrito Federal (3), Mato Grosso do Sul (1), Espírito Santo (1), Piauí (1), Rio Grande do Norte (1), Bahia (1) e Sergipe (1).
Segundo o ministério, as crianças são as mais suscetíveis às complicações e óbitos por sarampo, uma vez que a incidência de casos em menores de 1 ano é 9 vezes maior em relação à população em geral. A segunda faixa etária mais atingida é de 1 a 4 anos.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, diz que é importante vacinar crianças menores de 5 anos porque apresentam maior risco de desenvolver complicações, como cegueira, encefalite, diarreia grave, infecções no ouvido, pneumonias e óbitos.
O Ministério da Saúde enviou neste ano 19,4 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. A tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de vacinação em todo o Brasil.
A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo vai ocorrer de 7 a 25 de outubro e o público-alvo são crianças de 6 meses a menores de 5 anos. O dia D – dia de mobilização nacional – vai ser em 19 de outubro. Já a segunda etapa, de 18 a 30 de novembro, o foco é a população de 20 a 29 anos. O dia D ocorrerá em 30 de novembro.