O secretário de Saúde do Estado da Paraíba, Geraldo Medeiros, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (31) para detalhar o plano de ação que será adotado em possíveis casos suspeitos de Coronavírus. Ao todo, o Estado da Paraíba terá 25 leitos disponibilizados para atender casos suspeitos de Coronavírus em três hospitais.
Estes leitos, tanto na enfermaria quanto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) serão isolados dos demais leitos nos três hospitais designados para receber os pacientes.
Os hospitais de referência para tratar possíveis casos de Coronavírus na Paraíba são o Complexo Hospitalar Clementino Fraga, em João Pessoa, o Hospital Universitário Lauro Wanderley, também na capital, e Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande.
Em Campina Grande, serão disponibilizados dois leitos de enfermaria e um de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No Hospital Universitário de João Pessoa serão três leitos de enfermaria e um na UTI infantil. Já o Complexo Hospitalar Clementino Fraga, terá o maior número de leitos disponíveis, chegando ao total de 18 na enfermaria. O HU de João Pessoa receberá somente casos infantis.
Geraldo Medeiros ressaltou que é necessária transparência nesse momento. “É uma pandemia que já se estabeleceu em 20 países, quatro continentes e é esperado que as autoridades sanitárias montem todo esse esquema de preparo, alerta aos profissionais de saúde”, comentou o secretário de Saúde.
Questionado, o secretário de Saúde ainda afirmou que considera que “os leitos, dentro de um contexto de 4 milhões e 100 mil pessoas, achamos que os leitos disponíveis são suficientes”.
Os sintomas do novo Coronavírus são febre, tosse e desconforto respiratório. A Secretaria de Saúde alerta que não é necessário procurar atendimento só por sintomas de gripe. O atendimento médico deve ser buscado se, além dos sintomas, tiver havido contato com algum caso suspeito ou com pessoas oriundas da China em até 16 dias, que é o tempo máximo de incubação do vírus.
O monitoramento no Porto de Cabedelo e no Aeroporto Castro Pinto, na Região Metropolitana de João Pessoa será intensificado, de acordo com a equipe da Secretaria de Saúde. Além disso, serão feitas capacitações dos profissionais de saúde que lidam diretamente com o diagnóstico dos pacientes.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira, 30, emergência de saúde pública internacional em decorrência do surto da nova mutação do coronavírus (2019-nCoV), primeiro reportada na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019.
“Não sabemos que tipo de dano esse vírus poderia causar se se espalhar em um país com um sistema de saúde mais fraco, e que esteja mal preparado para lidar [com o surto do 2019-nCoV]. Temos que agir agora”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Adhanom ressaltou que o principal motivo para a declaração de emergência internacional não é a transmissão do novo coronavírus dentro do território chinês, mas sim o que “está ocorrendo em outros países”.
Nesta quinta, os Estados Unidos confirmou o primeiro caso de transmissão do 2019-nCoV entre pessoas em solo americano. Alemanha, Japão e Vietnã já haviam confirmado casos de transmissão.
Considerando os casos “importados”, que envolvem pacientes contaminados na China, pelo menos outros 14 países confirmaram casos do 2019-nCoV: Coreia do Sul, Singapura, Austrália, Malásia, Camboja, Filipinas, Tailândia, Nepal, Sri Lanka, Índia, Canadá, França, Finlândia e Emirados Árabes Unidos.
Ao todo, são mais de 80 pacientes fora da China sendo tratados em isolamento, de acordo com relatório da OMS publicado nesta quinta.
O Brasil segue com 9 casos suspeitos de infecção, mas nenhum ainda confirmado.
Autoridades chinesas informam que até o momento, 132 pessoas morreram em decorrência do surto de coronavírus. O número de infecções confirmadas já chega a 5.974, com mais de mil pessoas em estado grave.
A situação parece estar piorando cada vez mais no epicentro do surto, a cidade de Wuhan, que foi isolada. Autoridades da região dizem que hospitais estão lotados, com milhares de pacientes.
Cientistas estão correndo contra o tempo para encontrar um medicamento. Autoridades sanitárias em Pequim planejam tratar pacientes com dois remédios utilizados no combate à aids. Médicos chineses afirmam, em uma publicação britânica, que esses medicamentos tiveram sucesso no combate a outro coronavírus, a Sars, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Especialistas da área de saúde alertam que crianças também estão suscetíveis à contaminação. A declaração surge após rumores que se espalharam na internet de que pessoas mais jovens poderiam não ser vulneráveis. Casos já foram confirmados entre crianças e um bebê de nove meses.
Mais de 80 casos, em 17 países e territórios, já foram confirmados. Possíveis contágios entre pessoas foram detectados no Vietnã, em Taiwan, no Japão e na Alemanha.
Combate ao coronavírus
O presidente chinês, Xi Jinping, confirmou que seu país vai trabalhar ao lado da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação da nova variante do coronavírus.
Nessa terça-feira (28), Xi Jinping se reuniu com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Pequim. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China, o presidente disse que seu país está lutando contra a propagação do novo coronavírus e que está confiante sobre a capacidade de superar a infecção. Ele também teria dito que a China irá garantir transparência com relação às informações divulgadas nacional e internacionalmente.
Tedros manifestou apoio às medidas tomadas pelo governo chinês. Afirmou que a OMS está pronta para fornecer o apoio que Pequim precisar.
Ao fim da reunião de emergência realizada na última quinta-feira (23), a OMS concluiu que, no momento, o vírus não constitui “emergência de saúde pública de preocupação internacional”. No entanto, a organização declarou que pretende convocar nova reunião para avaliar a situação.
O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires; as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) – de gestão estadual – de Guarabira, Santa Rita e Princesa Isabel e o Centro Especializado em Reabilitação (CER), de Sousa, estão sob a gestão direta da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a partir desta segunda-feira (27), após o fim do contrato com as organizações sociais que administravam as unidades. A população paraibana continuará sendo atendida normalmente.
As unidades de saúde passam a ser administradas pelo Governo do Estado e os profissionais serão contratados, provisoriamente, por excepcional interesse público, até que a Fundação PB Saúde passe a administrar tais serviços.
O secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, explica que “a criação da Fundação passará pela apreciação da Assembleia Legislativa tão logo retome os trabalhos legislativos e, caso seja aprovada, assumirá gradativamente as unidades hospitalares”.
O Governo já encerrou o contrato com Organização Social para administrar o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena e Hospital Geral de Mamanguape desde o dia 28 de dezembro de 2019 e, no próximo dia 22 de fevereiro, será encerrado o último contrato de organização social vigente no Complexo Hospitalar Janduhy Carneiro, em Patos.
Revista Fórum
No início, Vitória Araújo sentia apenas cansaço. Depois percebeu que a gengiva estava sangrando. Fez exames em um dia e, no outro, desmaiou em casa. Em seguida, veio o diagnóstico: leucemia, com apenas 16 anos. Para acolher a adolescente, que recebeu a notícia tão cedo, toda a família de Vitória raspou o cabelo junto com ela.
“Eu agi naturalmente, nem parecia que estava recebendo aquela notícia, todo mundo ficou surpreso com minha reação. É assim que encaro a vida”, disse Vitória.
Assim que recebeu o diagnóstico, Vitória não voltou mais para casa. Ficou internada quatro meses no hospital e reagiu muito bem ao diagnóstico. Mas teve um apoio incondicional das cinco irmã.
“Elas ficaram comigo o tempo todo no hospital, desde os primeiros exames já estavam comigo, até hoje”, declarou Vitória.
Família se uniu após diagnóstico de leucemia em Vitória, na Paraíba — Foto: Reprodução/TV Cabo BrancoFamília se uniu após diagnóstico de leucemia em Vitória, na Paraíba — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Família se uniu após diagnóstico de leucemia em Vitória, na Paraíba — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Depois de quase seis meses de tratamento, os cabelos de vitória começaram a cair. Na semana passada, ela pediu para a irmã mais velha raspar todo o cabelo de uma vez. Três dias depois, a surpresa: a irmã gêmea de Vitória apareceu em casa de cabelo raspado. As outras irmãs se empolgaram e fizeram o mesmo.
A tia também raspou o cabelo. E, por último, a mãe também entrou nessa rede de solidariedade com a filha. “Foi muito divertido, o processo principalmente. Fizemos vários cortes da moda para nos divertir”, disse Adriana Aráujo, irmã de Vitória.
Adriana assumiu a tesoura e durante os cortes foram muitas brincadeiras. Ficar careca foi divertido. A surpresa das irmãs para Vitória, no entanto, não surpreendeu a mãe, Vanda Maria, que já esperava essa atitude das filhas. “Porque conheço elas, já sabia. São sempre unidas”, ressaltou.
Todo o processo de tratamento da irmã está sendo encarado com muita leveza. “Isso para mim é um orgulho, ver uma família tão unida”, disse Enéas José, pai de Vitória. O lema da família agora está claro: uma por todas, todas por uma.
Por Laisa Grisi, TV Paraíba
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (GEVS), divulgou, nesta sexta-feira (17), o boletim das arboviroses com os dados referentes ao ano de 2019. O documento aponta o aumento das notificações dos casos prováveis de dengue (73,08%), chikungunya (50,75%) e a doença aguda pelo vírus zika (10,75%) em relação a 2018. Os casos de óbitos por dengue tiveram uma redução de 43%.
Ao todo, foram registrados 18.700 casos prováveis de dengue, enquanto que em 2018 foram registrados 10.804 casos prováveis. Referentes à chikungunya foram notificados 1.497 casos prováveis, o que corresponde a um aumento de 50,75% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram notificados 993 casos prováveis. Já para a doença aguda pelo vírus zika foram notificados 443 casos prováveis, o que representa um aumento de 10,75% em relação a 2018, quando foram registrados 400 casos prováveis.
“Importante enfatizar que observamos um pico de casos no primeiro trimestre do ano, seguido de redução em junho, quando, historicamente, a sazonalidade se faz presente. Por isso, a vigilância e combate aos criadouros de Aedes devem estar presentes o ano inteiro, redobrando, principalmente, de março a junho”, alertou a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares.
A predominância de casos notificados de arboviroses concentra-se na 1ª (Lucena, João Pessoa e Caaporã), 3ª (Esperança, Areia e Alagoa Nova) e 11ª Regiões de Saúde (Princesa Isabel, São José de Princesa e Juru). Entretanto, o município com maior incidência para arboviroses é Teixeira, que fica na 6ª Região de Saúde.
A SES lembra que os focos do mosquito, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. “É essencial que as famílias não esqueçam de que o dever de casa no combate ao mosquito é permanente. Pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, e, em especial, lavar bem a caixa d’água e depois vedar. Não deixar água acumulada em pneus, calhas e vasos; adicionar cloro à água da piscina; deixar garrafas cobertas ou de cabeça para baixo são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir o registro de mais casos da doença, além de receber em domicílio o técnico de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância”, orientou Talita Tavares.
Óbitos – Em 2019, foram registrados 57 óbitos suspeitos de arboviroses, sendo nove confirmados para dengue (Bayeux (1), Santa Rita (1), Solânea (1), Araruna (1), Cachoeira dos Índios (1), Soledade (1), Conde (1) e João Pessoa (2), três confirmados para zika (João Pessoa (02) e Junco do Seridó (01), e um óbito confirmado para chikungunya, no município de Fagundes. Foram descartados 43 óbitos suspeitos e um óbito continua em investigação.
“No ano de 2018 foram confirmados 16 casos de óbitos por dengue, três por zika e três por chikungunya, ou seja, mesmo com maior ocorrência de casos no ano de 2019, a detecção precoce dos casos e manejo correto conseguiu reduzir o número de óbitos ocorridos quando comparado com ano anterior. Redução de 43% para óbitos de dengue e redução de 33% para óbitos de chikungunya”, declarou Talita Tavares.
Os óbitos suspeitos são de notificação imediata, no período de 24 horas, de acordo com a Portaria Consolidada Nº 04, de 28 de setembro de 2017.
Situação laboratorial – Na Paraíba, foram testadas 3.058 amostras de sorologia para dengue (1.366 reagentes, 1.433 não reagentes e 259 indeterminadas) pelo Lacen-PB até dia 31 de dezembro de 2019. Já para sorologia de chikungunya, foram analisadas 1.397 amostras (319 reagentes, 949 não reagentes e 129 indeterminadas). E quanto às sorologias para zika, 1.210 amostras foram trabalhadas (207 reagentes, 912 não reagentes e 91 indeterminadas).
No mesmo período foram analisados pela FioCruz/PE 469 amostras de isolamento viral para dengue, sendo identificados os sorotipos DENV-1 e DENV-2; o tipo 1 é o mais prevalente.
Ações – A SES orienta que os municípios intensifiquem as ações, principalmente nesse período intermitente de chuvas e quando há necessidade de armazenar água. As ações devem ser integradas com os setores de Infraestrutura, Limpeza Urbana, Secretaria de Educação e Meio Ambiente, entre outros.
“Essa é uma maneira de sensibilizar a população, buscando diminuir a oferta de criadouros para o mosquito Aedes aegypti dentro e fora dos domicílios, e, assim, contribuindo para o controle da dengue, zika e chikungunya. Quando a informação adequada chega à população, todos participam de forma efetiva”, pontuou Talita Tavares.
A nova Estação Antártica Comandante Ferraz foi inaugurada na quarta-feira (15), oito anos após um incêndio consumir parte da estrutura anterior, matando duas pessoas.
O Brasil é um dos 29 países presentes no continente, que não tem governo e não pertence a nenhuma nação, e é considerado uma área de preservação científica. A presença brasileira em terras tão inóspitas é considerada estratégica. Os principais motivos, são:
- geopolítico: a principal rota para chegar ao continente antártico passa pelo Atlântico Sul, e o Brasil tem a maior costa neste oceano. Além disso, há reservas de petróleo no continente
- ambiental: a Antártica possui 90% do gelo e 80% da água doce da Terra. O manto de gelo é o maior detentor de calor terrestre e as correntes marítimas de lá interferem na pesca na costa do Brasil
- científico: diversos estudos feitos na região podem contribuir para o desenvolvimento nacional