A ivermectina foi tratada por alguns como um remédio “milagroso” para covid-19 e muitas vezes foi defendida por aqueles que são contra a vacina. Chegou até a ser recomendada por autoridades de saúde em alguns países.
Mas a BBC mostra que há erros graves em uma série de estudos chave em que os defensores do medicamento se baseiam.
Há vários anos, a ivermectina tem sido um medicamento antiparasitário vital usado no tratamento de humanos e animais. Mas durante a pandemia, houve um clamor por parte de alguns defensores para o uso da droga para outro fim — combater a covid-19 e prevenir mortes.
As autoridades de saúde dos EUA, do Reino Unido e da União Europeia descobriram que não há evidências suficientes para o uso do medicamento contra a covid, mas milhares de apoiadores, muitos deles ativistas do movimento antivacina, continuaram a fazer uma forte campanha para seu uso.
É fato que a política requer posicionamento, principalmente de um ente público. Isso é o que cobra desde o início da pandemia de Covid-19 a oposição de Guarabira à deputada estadual Camila Toscano (PSDB), sobre a atuação do prefeito Marcus Diogo (PSDB) nas medidas sanitárias.
Diante de uma catástrofe mundial na saúde, o prefeito de Guarabira chegou a ir numa rádio local reclamar das restrições que o Governo da Paraíba adotou para conter o avanço do novo coronavírus, à época. Não foi por outra razão que o Poder Judiciário, a pedido do Ministério Público, o proibiu de atuar na contramão daquilo necessário para controlar a contaminação das pessoas.
A gestão de Marcus somente dois meses depois de decretar estado de calamidade pública de saúde criou um comitê gestor de crise da pandemia. Além de não ter aberto um novo leito hospitalar para socorrer pacientes de Covid, preferindo deixar para o Estado (a obrigação de sozinho) garantir internamento e tratamento para os doentes mais graves. E o Estado não deixou nenhum morrer a míngua.
Isso fez com que a cidade pagasse o preço de ter chegado a ser a terceira com mais casos de infecção de Covid, na Paraíba. Gerando críticas de lideranças e membros da oposição, que cobraram atuação do prefeito para frear a pandemia, pois desde o início sua gestão foi omissa, negligente, contraditória quanto às responsabilidades que a ela cabia.
Aliado político da herdeira do clã Toscano, apesar de estar em seu primeiro mandato como prefeito, Marcus faz uma gestão de continuidade já que assumiu efetivamente a administração de Guarabira desde o falecimento do ex-prefeito Zenóbio, do qual era vice, em junho de 2020.
Durante mais de um ano de pandemia, não se tem registro de Camila opinando sobre a condução do prefeito (o qual ajudou a se eleger) de sua ‘terra eleitoral’: nem contra, nem a favor de qualquer ato ou decreto.
Contudo, a parlamentar parece ter justificado sua inércia no dia-dia de Guarabira em votação, nesta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Ela se juntou à minoria dos sete deputados que votaram contra o ‘passaporte da vacina’, que garante o controle sobre aglomerações e impõe restrições de acesso àqueles que se negarem a tomá-la.
Calar-se diante de absurdos, mais do que aceitá-los, é normalizá-los. Camila pode não ter respondido à oposição, de fato, mas deixa claro que segue a ideologia do prefeito de Guarabira e, infelizmente, vai no sentido contrário do que prega a ciência e do que já é adotado em vários países – a exemplo de Portugal, França, Japão, Holanda, Grécia, Coreia do Sul, Irlanda, Itália, Israel, Áustria , Dinamarca, Letônia, Eslovênia, Luxemburgo, entre outros que têm restringido o acesso de quem não tomou vacina a locais fechados, com o objetivo de conter a propagação do vírus.
Uma coisa sabemos, Camila segue um pensamento diferente de 94% dos brasileiros que aprovam a vacinação em massa, segundo pesquisa divulgada recentemente pelo Datafolha.
GEANO SOUSA, JORNALISTA GUARABIRENSE
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) divulgou, nesta segunda-feira (4), o Boletim das Arboviroses. O relatório apresenta um aumento de 1.600 casos prováveis de chikungunya comparado ao anterior. Até o dia 25 de setembro – 38ª Semana Epidemiológica (SE), foram registrados na Paraíba 11.709 mil casos prováveis de dengue, 7.937 de chikungunya e 1.236 de zika.
De acordo com a técnica da SES da Área de Arboviroses, Carla Jaciara, o boletim de n° 09 apresenta a mesma crescente de casos prováveis para os três agravos. Ela afirma que a maior porcentagem ainda é para dengue, com 56%, seguido da chikungunya com 38% e da zika com 6%.
Fazendo uma comparação com o boletim nº 08, Carla Jaciara destaca que, além do aumento significativo da chikungunya, foi possível observar o mesmo crescimento para dengue, com 1500 novos casos prováveis. Ela alerta que muitos casos suspeitos de dengue podem estar camuflados com a semelhança clínica da Covid-19.
“A consequência disso é a não notificação no sistema de informação Sinan On-line de forma oportuna. Reforçamos que, nos casos em que as arboviroses, mais especificamente a dengue, forem suspeitos, exames complementares básicos e específicos para diagnóstico diferencial devem ser considerados. O serviço de saúde que identificar casos em que a clínica do paciente se enquadre para Covid-19 e Arboviroses, devem seguir a investigação para ambos”, pontua.
Com relação ao mesmo período de 2020, houve um aumento de variação para os casos prováveis de dengue de 103%. Já para os casos prováveis de chikungunya, um importante acréscimo de 384% e para os casos prováveis de zika, houve um aumento significativo de 320%.
Sobre os óbitos por arbovisores, até 25 de setembro, houve 10 registros suspeitos, distribuídos nos municípios de Alcantil (01), Conde (01), João Pessoa (06), Sapé (01), e Patos (01). Desse total, cinco foram descartados e três confirmados para dengue nos municípios de João Pessoa e Patos. Dois casos continuam em investigação.
Até o fechamento do informe, 181 municípios enviaram o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). De acordo com os resultados, 21 (11,60%) apresentaram índices que demonstram situação de risco para ocorrência de surto, 123 (67,95%) estão em situação de alerta e 37 (20,44%) municípios estão em situação satisfatória.
A SES orienta a população a continuar procurando os serviços de saúde ao apresentar qualquer sinal ou sintoma suspeito de arbovirose. A secretaria reforça aos profissionais de saúde a notificação em tempo oportuno no sistema Sinan Net. As Atividades de Controle das Arboviroses seguem ativas e as Secretarias Municipais de Saúde continuam sendo orientadas a intensificar as ações de modo integrado, sensibilizando a população quanto ao autocuidado para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Morreu, nesta terça-feira (28), a enfermeira Georgeth Maria Dias, vítima de Covid-19. Ela trabalhava no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, mas estava internada para tratamento de complicações da doença.
De acordo com as informações, a enfermeira Georgeth Maria morreu por complicações em função da Covid-19. Amigos e familiares lamentaram a perda da “profissional exemplar e querida pelos companheiros da categoria”.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou, neste sábado (25), 165 casos de Covid-19. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) ao ClickPB desde a última atualização, 10 (6,06%) são casos moderados ou graves e 155 (93,93%) são leves.
Agora, a Paraíba totaliza 441.021 casos confirmados da doença, que estão distribuídos por todos os 223 municípios. Até o momento, 1.184.047 testes para diagnóstico da Covid-19 já foram realizados.
Também foram confirmados 02 novos óbitos, desde a última atualização, nas últimas 24h. Os óbitos confirmados neste boletim ocorreram no dia 24 de setembro, sendo um em hospital público e outro em hospital privado. Com isso, o estado totaliza 9.292 mortes. O boletim registra ainda um total de 333.441 pacientes recuperados da doença.

Concentração de casos
Seis municípios concentram 95 novos casos, o que corresponde a 57,57% dos casos registrados neste sábado. São eles: Campina Grande, com 34 novos casos, totalizando 45.160; João Pessoa, com 26 novos casos, totalizando 106.052; Bayeux, com 11 novos casos, totalizando 8.383; Sousa, com 10 novos casos, totalizando 7.406; Lagoa Seca, com 07 novos casos, totalizando 2.987 e Queimadas, com 07 novos casos, totalizando 4.262 casos.
* Dados oficiais preliminares (fonte: e-SUS Notifica, Sivep Gripe e SIM) extraídos às 10h do dia 25/09/2021, sujeitos à alteração por parte dos municípios.
Óbitos
Até este sábado, 222 cidades paraibanas registraram óbitos por Covid-19. Os óbitos confirmados neste boletim ocorreram entre os residentes dos municípios de João Pessoa (1) e Gado Bravo (1). As vítimas são 01 homem e 01 mulher, com idades entre 29 e 33 anos. Obesidade foi a comorbidade mais frequente.
Ocupação de leitos Covid-19
A ocupação total de leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico), em todo estado, é de 18%. Fazendo um recorte, apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, a taxa de ocupação chega a 12%. Em Campina Grande, estão ocupados 22% dos leitos de UTI adulto e no sertão 33% dos leitos de UTI para adultos. De acordo com o Centro Estadual de Regulação Hospitalar, 07 pacientes foram internados nas últimas 24h. Ao todo, 176 pacientes estão internados nas unidades de referência.
Cobertura Vacinal
Foi registrado no sistema de informação SI-PNI, a aplicação de 4.055.688 doses. Até o momento, 2.699.938 pessoas foram vacinadas com a primeira dose e 1.358.883 completaram os esquemas vacinais onde 1.296.178 tomaram as duas doses e 62.722 utilizaram imunizante de dose única. Sobre as doses adicionais, foram aplicadas 346 em pessoas com alto grau de imunossupressão e 7.255 doses de reforço na população com idade a partir de 70 anos. A Paraíba já distribuiu um total de 4.639.900 doses de vacina aos municípios.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou, nesta sexta (24), 225 casos de Covid-19. Entre os confirmados hoje, 18 (8,00%) são casos moderados ou graves e 207 (92,00%) são leves. Agora, a Paraíba totaliza 440.856 casos confirmados da doença, que estão distribuídos por todos os 223 municípios. Até o momento, 1.184.047 testes para diagnóstico da Covid-19 já foram realizados.
Também foram confirmados 03 novos óbitos, desde a última atualização, sendo dois ocorridos nas últimas 24h. Os óbitos confirmados neste boletim ocorreram entre os dias 23 e 24 de setembro, sendo um em hospital público e dois em hospitais privados. Com isso, o estado totaliza 9.290 mortes. O boletim registra ainda um total de 332.845 pacientes recuperados da doença.

Concentração de casos
Cinco municípios concentram 125 novos casos, o que corresponde a 52,89% dos casos registrados nesta sexta. São eles: Campina Grande, com 49 novos casos, totalizando 45.126; João Pessoa, com 40 novos casos, totalizando 106.026; Sousa, com 15 novos casos, totalizando 7.396; Gado Bravo, com 11 novos casos, totalizando 828 e Cajazeiras, com 10 novos casos, totalizando 9.950.
* Dados oficiais preliminares (fonte: e-SUS Notifica, Sivep Gripe e SIM) extraídos às 10h do dia 24/09/2021, sujeitos a alteração por parte dos municípios.
Óbitos
Até esta sexta, 222 cidades paraibanas registraram óbitos por Covid-19. Os óbitos confirmados neste boletim ocorreram entre os residentes dos municípios de João Pessoa (2) e Campina Grande (1). As vítimas são 02 mulheres e 01 homem, com idades entre 72 e 90 anos. Hipertensão foi a comorbidade mais frequente.
Ocupação de leitos Covid-19
A ocupação total de leitos de UTI (adulto, pediátrico e obstétrico), em todo estado, é de 17%. Fazendo um recorte, apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, a taxa de ocupação chega a 13%. Em Campina Grande, estão ocupados 18% dos leitos de UTI adulto e no sertão 34% dos leitos de UTI para adultos. De acordo com o Centro Estadual de Regulação Hospitalar, 13 pacientes foram internados nas últimas 24h. Ao todo, 169 pacientes estão internados nas unidades de referência.
Cobertura Vacinal
Foi registrado no sistema de informação SI-PNI, a aplicação de 4.037.051 doses. Até o momento, 2.692.665 pessoas foram vacinadas com a primeira dose e 1.344.386 completaram os esquemas vacinais onde 1.281.671
tomaram as duas doses e 62.715 utilizaram imunizante de dose única. Sobre as doses adicionais, foram aplicadas 257 em pessoas com alto grau de imunossupressão e 5.881 doses de reforço na população com idade a partir de 70 anos. A Paraíba já distribuiu um total de 4.639.900 doses de vacina aos municípios.
Em decisão de 30 páginas a que a CNN teve acesso com exclusividade, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli disse ver indícios de ilicitudes no contrato do Ministério da Saúde com a empresa para a aquisição da vacina Covaxin.
Toffoli autorizou, a pedido da CPI, busca e apreensão em sedes da empresa Precisa Medicamentos. A operação da Polícia Federal foi realizada na manhã desta sexta-feira (17).
Esta é a primeira manifestação formal da corte sobre o assunto desde que o caso veio a tona a partir das investigações da CPI da Pandemia.
“Em primeiro lugar, como indício de prática de fatos ilícitos (e da subjacente tentativa de não revelá-los), a negativa da Precisa em entregar os documentos correlativos às tratativas da compra do imunizante Covaxin pelo Executivo brasileiro, tratando-se de um contrato dessa magnitude (em importância e valores empenhados não é crível pelas regras da experiência comum e por se tratar de contratação pública firmada com a administração e, portanto, sob seus princípios e regras que só houvesse até o momento um ‘memorando’, considerado aí o estágio não inaugural das tratativas”, disse Toffoli.
Ele diz ainda que “as circunstâncias aparentemente incomuns da contratação que envolveram a escolha do imunizante Covaxin, em detrimento de outros, como a Pfizer, mais baratos e em estágio mais adiantado de testes e aprovação da Anvisa, em desrespeito aos princípios da publicidade e transparência, conduzem à conclusão de absoluta necessidade de seu esclarecimento”.
O ministro também afirma que “há um cenário de inconsistências, evidenciadas tanto pela contradição (entre depoimento e o registro de ato de reunião) nos valores que seriam pagos pela dose do imunizante como pelo fato incontroverso de a Covaxin estar em estágio anterior de comprovação científica de segurança e de eficácia e de registro e aprovação da Anvisa, se considerada a concorrente Pfizer, por exemplo; além de seu valor ser superior em 50% ao da mesma concorrente”.
“A propósito dessas assertivas, revejam-se os itens 15 a 18 supratranscritos, de onde se extrai previsão de pagamentos em paraísos fiscais e diversidade de preços: a representante da empresa afirmou que o valor da dose seria mesmo de 15 dólares enquanto no registro da reunião (entre a representante da empresa e do Ministério da Saúde) consta a informação de que seriam 10 dólares por dose. Tratando-se de valores estimados em moeda de referência monetária mundial não há razão para tamanha discrepância. De fato é pouco crível que a discrepância tenha se devido ao fato de na estimativa inicial não estarem computados custos adicionais como impostos ou, considerando a envergadura do contrato e da empresa contratante.”
E conclui: “Observe-se no ponto que as respostas destinar-se-iam a esclarecer as circunstâncias da contratação: forma de remuneração e modo de pagamento. A tais perguntas não houve resposta por parte da sra Emanuela Medrades, sob justificativa de confidencialidade e tampouco foram tais esclarecimentos prestados por outro representante da empresa”. Ele diz ainda que o cenário “evidencia a intenção da empresa de esconder as condições do contrato por ela firmado com a Bharat Biotech”.