Gestores de todo o Brasil têm uma tarefa no mínimo complicada a ser realizada nos próximos meses: organizar o carnaval. Com o avanço da vacinação e liberação gradual de público em bares, restaurantes e casas de festa, parte da população anseia pelo primeiro evento de massas após a pandemia da covid-19 que assolou o mundo em março do ano passado.
Ao mesmo tempo, também cresce nas redes sociais movimentos contrários à realização do carnaval. Na Paraíba, a questão é vista com muita cautela pelo Governo do Estado. Apesar da organização dos eventos ser de ordem municipal, cabe à gestão estadual estabelecer as diretrizes sanitárias que os municípios devem seguir.
Em entrevista ao ClickPB, o secretário de Saúde, Geraldo Medeiros, alertou que a taxa de transmissão (RT), uma das principais referências sobre a evolução da pandemia, está acima de 1 em todas as regiões do estado, o que é considerado “preocupante”.
“Mais uma vez temos que reforçar a importância de continuar usando máscaras, mantendo o distanciamento físico e evitando que as pessoas promovam reuniões e festas dentro de casa com 40 ou 60 pessoas, achando que dentro de casa não se contamina. Nós temos vários relatos de famílias inteiras contaminadas em decorrência de um aniversário”, disse.
O atual decreto estadual tem validade até o fim deste mês. Até lá, o Governo do Estado deve novamente avaliar o cenário epidemiológico para divulgar as novas regras do combate à covid-19 para o mês de dezembro. Porém, de acordo com o secretário, já é possível afirmar que o carnaval na Paraíba em 2022 será diferente de outros anos.
“É claro que nós não poderemos ter um carnaval igual ao que nós tínhamos antes da pandemia. Nós estamos vendo aí o exemplo da Europa, com a volta do número de casos diários e de mortos. Então, nós iremos analisar todo esse contexto em relação a mega eventos como o carnaval. Na orla de João Pessoa, por exemplo, veremos se será possível ou não”, finalizou.
Rafael Andrade
O Ministério da Saúde anunciou a ampliação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 aos adultos de 18 a 59 anos. A medida estava sendo utilizada em idosos, imunossuprimidos e profissionais de saúde.
O intervalo, que antes era de seis meses para os três grupos, cairá para cinco para todo o público-alvo.
“Nós vamos ampliar (a dose de reforço) para todos os brasileiros que tenham tomado a vacina que for há pelo menos cinco meses… temos doses suficientes para garantir para garantir que cheguem a todas as 38 mil unidades de saúde no Brasil”, disse o ministro Marcelo Queiroga.
O país deve usar 354 milhões de doses no próximo ano. O Brasil deve receber 86,2 milhões de doses em novembro, 21,7 milhões de AstraZeneca, 56,7 milhões de Pfizer e 7,7 milhões de Janssen.
O país também deve receber 111,2 milhões em dezembro, 41,3 milhões de AstraZeneca (incluindo 5,1 milhões via Covax Facility), 17,9 milhões de Pfizer e 28,4 milhões de Janssen.
O município de Santa Teresinha, na Região Metropolitana de Patos, decidiu apertar o cerco com as medidas restritivas por conta do aumento de casos ativos de Covid-19 na localidade nos últimos dias. Além de suspender a realização de eventos como shows e apresentações, a gestão municipal também está impondo um toque de recolher por dez dias e alteração no funcionamento de alguns serviços.
Essas restrições, de acordo com o decreto, leva em consideração o aumento de casos ativos de Covid-19 apesar dos esforços da gestão municipal, no sentido de conciliar o
funcionamento do comércio em geral e atividades de serviços. Isso tem gerado preocupação de representantes da sociedade civil e da população em geral quanto a um maior controle das atividades que possam propagar o vírus na cidade.
O decreto entrou em vigência ontem (10) e vai continuar até o dia 20 deste mês. De acordo com o documento obtido pelo ClickPB, ficam suspensas apresentações de shows ao vivo, atrações musicais, apresentações de violeiros, festas e comemorações nos ambientes de bares, restaurantes, espetinhos, pizzarias, doceiras, sorveterias, lanchonetes, quiosques, fiteiros, armarinho, áreas de lazer (zona urbana e rural), comércio em geral, bem como ambientes públicos ou particulares de acessos à população.
Sobre o toque de recolher, fica valendo das 23h às 05h do dia seguinte, período em que
só devem ocorrer deslocamentos para exercícios de atividades essenciais e
devidamente justificadas. Já em relação ao funcionamento dos comércios em geral, o decreto determina a abertura às 06h e fechamento às 23h e exigência do uso de máscara, fornecimento de álcool em 70% (gel ou líquido) e proibida a venda de bebida alcóolica após o horário.
Nesse período, a realização de missas, cultos e quaisquer cerimônias religiosas somente poderão ocorrer mediante a ocupação de, no máximo, 50% dos assentos disponíveis em ambiente interno do templo ou igreja, além da exigência de máscaras e uso de álcool 70%.
Confira outras medidas no decreto:
ClickPB
Mães se acorrentaram em grades do Tribunal de Justiça da Paraíba em protesto pela inclusão do tratamento para autistas nos planos de saúde. O ato acontece desde a manhã desta terça-feira (9) e deve se estender pela noite de hoje e ainda até amanhã (10), dia de julgamento na Justiça da Paraíba do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), que decidirá sobre o caso.
Em 23 de outubro de 2019, por maioria de votos, o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba admitiu o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), o que resultou no julgamento marcado para as 9h desta quarta-feira. O objetivo é identificar se os planos de saúde devem fornecer tratamento integral ou delimitar seu alcance aos portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O Incidente surgiu do caso em que uma mãe de uma criança com TEA cobrou assistência do plano de saúde contratado. A Justiça no Brasil tem dado decisões favoráveis aos autistas que tem tratamento prescrito por médicos.
As mães se acorrentaram para lembrar que os filhos se sentirão presos, se não tiverem o tratamento adequado para convivência social.
Toda a população irá receber novamente vacina contra Covid-19 em 2022. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, o Ministério da Saúde já anunciou a aquisição de mais de 300 milhões de doses da Pfizer/Biontech para o próximo ano.
“O governo federal adquiriu milhões doses da Pfizer para se fazer de seis em seis meses”, comentou, em conversa com o ClickPB, Medeiros. Na Paraíba, a expectativa é concluir a imunização contra Covid-19 toda a população com primeira e segunda doses acima de 18 anos de idade.
Nesta sexta-feira (05), a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) está distribuindo mais de 156 mil doses de vacinas da Pfizer/Biontech recebidas ontem do Ministério da Saúde para os municípios paraibanos.
Conforme o sistema de informação SI-PNI, 5.003.671 doses já foram aplicadas na Paraíba. Desse total, 2.946.960 tomaram a primeira dose e 1.918.970 pessoas completaram os esquemas vacinais. Sobre as doses adicionais, foram aplicadas 6.563 em pessoas com alto grau de imunossupressão e 131.178 doses de reforço na população com idade a partir de 60 anos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, hoje (4), autorização sanitária de mais dois produtos à base de cannabis: o extrato de cannabis sativa promediol e o extrato de cannabis sativa zion Medpharma 200 mg/ml.
Usados para tratamentos de saúde, a novidade desses produtos em relação a outros cinco já aprovados é que eles são compostos por extratos vegetais, ou seja, possuem em sua composição um conjunto de substâncias extraídas da planta, ao contrário dos demais, compostos por cannabidiol isolado.
Ambos são obtidos a partir de extrato etanólico das partes aéreas de cannabis sativa e são fabricados na Suíça. No Brasil, serão importados e distribuídos como produtos acabados prontos para uso.
“Os extratos vegetais têm composição complexa, podendo conter muitas substâncias ativas, que podem agir por diferentes mecanismos no corpo humano, o que torna ainda mais importante o controle e o monitoramento aplicados a esses produtos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Há, também, toda a verificação de ausência de contaminantes que podem existir em extratos vegetais, a qual é realizada em detalhes pela empresa fabricante e verificada pela Anvisa, para que se possa garantir o uso seguro desses produtos”, explicou a agência.
Acrescentou que os dois novos produtos autorizados estarão disponíveis sob a forma de solução gotas, contendo 50 mg/ml de cannabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de tetrahidrocannabinol (THC), e, portanto, deverão ser comercializados em farmácias e drogarias a partir da prescrição médica por meio de receita do tipo B (de cor azul).
Controle de qualidade
O CBD e o THC informados são considerados marcadores no controle de qualidade desses extratos, os quais são compostos também por outras substâncias, como demais cannabinoides e taninos.
O Brasil tem hoje sete produtos de cannabis aprovados pela Anvisa com base na resolução 327/201. Considerada ainda recente, por ter menos de dois anos, ela tem permitido que esses produtos possam ser disponibilizados à população. Todos eles, ressalta a agência, são produzidos por empresas certificadas quanto às boas práticas de fabricação, que foram avaliadas em relação à sua qualidade e adequabilidade para uso humano.
“A regulamentação de produtos medicinais de cannabis é um desafio para a Anvisa e para as principais autoridades reguladoras internacionais. A resolução 327/2019, pautada na relação benefício x risco, é um primeiro passo da agência na avaliação desses produtos previamente à sua disponibilização no mercado e ao monitoramento de seu uso. Permanecemos vigilantes e aprimorando nossas ações, buscando sempre promover o acesso da população brasileira a produtos adequados ao seu uso”, disse João Paulo Perfeito, da Gerência de Medicamentos Específicos, Notificados, Fitoterápicos, Dinamizados e Gases Medicinais da Anvisa.
Na manhã desta quinta-feira (04), o prefeito interino Alírio Pontes Filho, da cidade de Alagoinha, juntamente com a Secretária de Saúde Shênia Bronzeado, e a plantonista Josilene, estiveram entregando o fardamento da equipe de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), no auditório da secretaria de saúde. A ação cumpre os protocolos de segurança e representa a valorização dos profissionais por parte do Governo Municipal.
O fardamento é composto de um macacão, uma camiseta, uma calça e um par de botas. Além de identificar, o uniforme é específico para a função, além disso, é de extrema importância para a proteção individual do profissional.
“Seguimos trabalhando para que possamos fazer uma Alagoinha cada vez melhor”
O aumento da temperatura pelo país e a aproximação do verão nos lembram da necessidade de prevenir os tumores com maior incidência no Brasil. Afinal, sabemos que a radiação solar está intimamente relacionada ao aparecimento do câncer de pele.
Proteger a pele e fazer o autoexame são atitudes fundamentais para se blindar da doença, mas há uma região do corpo muitas vezes esquecida nessa história, o couro cabeludo. Ora, ele também faz parte da nossa pele e está sujeito a tumores, que podem aparecer em formas e tamanhos diferentes.
O câncer de pele no couro cabeludo é perigoso se não for diagnosticado e tratado quanto antes. Isso porque, sobretudo para alguns tipos de tumor, há maior risco de ele se espalhar para outros locais, como o cérebro. É o que chamamos de metástase cerebral.
O câncer de pele com pior prognóstico nesse sentido é o melanoma, derivado das células pigmentares. Segundo um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, melanomas no couro cabeludo e no pescoço, por uma variedade de razões, podem ser mais agressivos do que aqueles que aparecem em outros lugares.
Os pesquisadores americanos analisaram 50 mil casos da doença e descobriram que os pacientes com câncer de pele nessas regiões têm o dobro de chances de falecer. São pessoas mais propensas a ter um câncer que se dissemina para o cérebro do que aquelas com melanoma nos braços, pernas ou tronco, por exemplo.
Dependendo do tipo de tumor, os sintomas e a apresentação podem ser distintos. Os cânceres de pele não melanoma, geralmente menos agressivos, costumam se apresentar com lesões que não cicatrizam e parecem incomuns ou doem, sangram e formam crosta por mais de quatro semanas. Já o melanoma é caracterizado por uma lesão que muda de forma, cor, tamanho, sangra ou desenvolve uma borda irregular.
Embora qualquer pessoa possa ter câncer de pele, indivíduos com tom de pele claro, que se queimam mais facilmente após exposição ao sol, e tenham histórico familiar do problema são mais suscetíveis. No couro cabeludo, quem tem cabelos mais finos ou ralos e, principalmente, os calvos também correm maior risco (justamente pela menor barreira física aos raios solares).
Então o que fazer para se resguardar? Aplicar um protetor solar em spray ajuda a alcançar a área e proteger o couro cabeludo. E bonés e chapéus são excelentes formas de barrar a exposição ao sol. Caso a pessoa seja calva, pode utilizar o mesmo filtro solar em creme que passa no rosto, lembrando que o produto deve ter FPS mínimo de 30 e PPD de 10 e ser reaplicado a cada duas horas.
Outra medida que faz diferença é o autoexame da pele, que ajuda a acelerar o diagnóstico pelo médico. A ideia é observar o tecido cutâneo, até com o apoio de um espelho, e verificar manchas e lesões pela regra do ABCDE:
A: manchas e pintas assimétricas
B: com bordas irregulares
C: cores desiguais
D: diâmetro maior que 6 milímetros
E: a evolução da mancha, pinta ou lesão, que pode crescer em ritmo rápido
No couro cabeludo, a detecção dessas alterações é mais difícil de ser feita individualmente, mas dá para pedir ajuda ao companheiro(a), familiar ou amigo. Bastam alguns minutos, uma vez por mês, de preferência com luz natural, para realizar essa inspeção. E, claro, seguir com as visitas ao dermatologista de tempos em tempos.
* Patrícia Mafra é dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD);
Gabriel Batistella é neuro-oncologista, membro da Sociedade Latino-Americana de Neuro-Oncologia e médico assistente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)