Em visita realizada nesta terça-feira (19) no Hospital Regional de Guarabira, o secretário executivo da Saúde do estado, Jhony Bezerra, anunciou o início das atividades do programa Opera Paraíba a partir do mês de maio com a ampliação da oferta de cirurgias eletivas para a população.
Serão ofertadas, segundo secretário, cirurgias ginecológicas e urológicas, além de cirurgias gerais e ainda adiantou um mutirão de cirurgias de catarata no Hospital.
“Esse programa, que do Governo do Estado, encabeçado pela Secretaria Estadual de Saúde, já realizou mais de 15 mil cirurgias em todo o Estado e está chegando agora com cirurgias urológicas, cirurgias ginecológicas e cirurgias gerais aqui no Hospital Regional de Guarabira a partir de maio”, declarou Bezerra.
O diretor geral do Hospital Regional de Guarabira, Liheldson Barbosa, comemorou a novidade. “É um grande passo que o Governo do Estado está dando aqui para o povo de Guarabira e da região”, disse.
A Paraíba receberá 26 médicos contratados pelo programa Médicos pelo Brasil, do Governo Federal, que foi lançado há mais de dois anos e é substituto do programa Mais Médicos.
Os profissionais foram chamados nesta segunda-feira (18) após terem sido aprovados em processo seletivo em 2021 e atuarão com objetivo de estruturar a carreira médica federal para locais com dificuldade de provimento e alta vulnerabilidade no estado.
Confira os nomes dos médicos e os municípios contemplados:
ABINETE FERREIRA DE SA – Bom Sucesso
ANA DEBORA BANDEIRA ALVES – Casserengue
ANDREIA DE SOUSA BEZERRA – Cajazeiras
CAROLINA LEITAO SALES DE OLIVEIRA FREITAS – Cruz do Espírito Santo
CLAUDIA LIDIANA SILVA LIMA – Caaporã
DAVID QUEIROGA GADELHA BATISTA – Uiraúna
ELLYCA DANTAS DE ARAUJO ESTRELA – Sossego
EMANUEL CAETANO SARAIVA CAVALCANTI – São José de Piranhas
EMANUELLY GOMES DARIO SANTOS – Joca Claudino
EMILY LOREN QUEIROZ BEZERRA MELO VIANA – Picuí
ESTEPHANYE VASCONCELOS NUNES DE FARIAS – Umbuzeiro
JOSIHERBETHY RODRIGUES DE OLIVEIRA – Damião
LOUISE MEDEIROS CAVALCANTI – Picuí
LUIZ FELIPE DINIZ CAVALCANTI – Solânea
NILDSON VINICIUS DE SIQUEIRA MEDEIROS – São José de Princesa
ONOFRE PINTO DE ALMEIDA NETO – São João do Rio do Peixe
PAULO HENRIQUE LOPES BEZERRA – Juru
PEDRO HUGO SAMPAIO BRINGEL – Piancó
RAFAELLA ABRANTES E SILVA – Assunção
RAPHAEL HENRIQUE GOMES DE MELO – São José da Lagoa Tapada
RAQUEL TORRES BEZERRA DANTAS – Itapororoca
RAVEL DUARTE BELARMINO – Remígio
RAY CARLOS FERREIRA ARAUJO – Caraúbas
SHIMENA TARGINO RODRIGUES SIMOES BRASILEIRO – Fagundes
TULIO GERMANO MACHADO CORDEIRO JUNIOR – Cruz do Espirito Santo
WILKER JOHN BARRETO – Soledade
Mudanças
Diferentemente do Mais Médicos, que possibilitava a contratação de médicos estrangeiros sem revalidação do diploma, o novo programa necessita da aprovação no exame Revalida, que valida o diploma obtido em outro país.
O profissional também deve ter especialização em família e comunidade e passa a ser contratado pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) com benefícios adicionais para atuação nas áreas mais distantes, plano de carreira e remunerações de até R$ 24 mil.
Além da Paraíba, outros 23 estados foram contemplados pelo programa na primeira leva. Neste primeiro momento, 529 médicos foram convocados e a expectativa é que até o fim deste mês, outros 1.400 candidatos aprovados sejam chamados.
Por Rafael Andrade
Uma das mais comuns resoluções de início de semana é perder peso, em especial depois da overdose de chocolate que a Páscoa pode proporcionar. E se você deseja ser bem-sucedido nessa missão, há algo que precisa saber: a dieta é muito mais importante do que o exercício – de longe.
“Não poderia ser mais verdade”, diz a nutricionista e colaboradora da CNN Lisa Drayer. “Basicamente, o que eu sempre digo às pessoas é que o que você tira da sua dieta é muito mais importante do que o quanto você se exercita.”
Pense assim: todas as suas “calorias recebidas” vêm dos alimentos que você come e das bebidas que você bebe, mas apenas uma parte de suas “calorias eliminadas” são perdidas através do exercício.
De acordo com Alexxai Kravitz, pesquisador do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos Estados Unidos, “é geralmente aceito que existem três componentes principais no gasto de energia”:
- Taxa metabólica basal, a quantidade de energia necessária apenas para manter seu corpo funcionando (bombeamento de sangue, respiração pulmonar, funcionamento do cérebro)
- Quebra de alimentos, cientificamente referido como “termogênese induzida pela dieta”, “ação dinâmica específica” ou “efeito térmico dos alimentos”
- Atividade física
Para a maioria das pessoas, a taxa metabólica basal é responsável por 60% a 80% do gasto total de energia, disse Kravitz. Ele citou um estudo que define isso como “a taxa mínima de gasto de energia compatível com a vida”. À medida que você envelhece, sua taxa diminui, mas aumentar sua massa muscular faz com que ela aumente.
Cerca de 10% de suas calorias são queimadas digerindo os alimentos que você come, o que significa que cerca de 10% a 30% são perdidos através da atividade física.
“Uma distinção importante aqui é que esse número inclui todas as atividades físicas: caminhada, digitação, agitação e exercícios formais”, disse Kravitz. “Então, se o gasto total de energia da atividade física for de 10% a 30%, o exercício é um subconjunto desse número.
“A pessoa média – excluindo os atletas profissionais – queima de 5% a 15% de suas calorias diárias através do exercício”, disse ele. “Não é irrelevante, mas não é igual à ingestão de alimentos, que responde por 100% da ingestão de energia do corpo.”
Além do mais, como qualquer pessoa que trabalhou um dia na vida pode lhe dizer, o exercício aumenta o apetite – e isso pode sabotar até mesmo as melhores intenções.
Um episódio ocorrido com um paciente de Manaus virou artigo na revista científica International Journal of Surgery Case Reports, publicado na última quarta-feira. Com dores de estomâgo e dificuldades de evacuação, o homem de 57 anos procurou um hospital, onde tirou radiografias. Ao examinar as imagens, os médicos se depararam com um peso de academia de 2 quilos dentro do paciente.
Com o título de ‘Manejo de corpo estranho retal incomum’, o artigo descreve em detalhes os procedimentos feitos para extrair o haltere de 20 centímetros do corpo do homem.
Sob o efeito de anestesia, o paciente foi levado para o centro cirúrgico e teve o objeto retirado de seu corpo manualmente, sem o auxílio de instrumentos como pinças.
Ele ficou hospitalizado por mais três dias, mas não apresentou complicações e foi liberado.
O sequenciamento de amostras do SARS-CoV-2 no Brasil aponta um aumento da presença da BA.2, que é uma subvariante da Ômicron. Os dados foram divulgados hoje (8) pela Rede Genômica Fiocruz com amostras sequenciadas até 31 de março.
Apesar do indicativo de que a subvariante esteja ganhando espaço no país, como aconteceu nos Estados Unidos e na Europa, os pesquisadores avaliam que são necessários mais dados para que esse processo seja confirmado.
Em fevereiro, a subvariante BA.2 foi identificada em 1,1% dos genomas sequenciados. Já em março, o percentual subiu para 3,4%. Os dados acumulados mostram que as linhagens BA.1 (19.555 genomas) e BA.1.1 (4.290 genomas) ainda respondem pela maior parte das amostras com a variante Ômicron, mas a BA.2 já foi contabilizada em 151 genomas.
Desde que se espalhou e provocou um pico de casos no início deste ano, a Ômicron é a variante dominante no país, substituindo a variante Delta, que foi a mais prevalente ao longo do segundo semestre do ano passado. No estudo de hoje, a Fiocruz acrescenta que a Ômicron levou mais tempo para se tornar dominante na Região Norte, mas agora domina completamente o cenário epidemiológico da covid-19 no Brasil.
A atualização divulgada hoje se deu a partir do sequenciamento de 1.766 genomas no Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e em outras cinco unidades da Fiocruz, nos estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco, Paraná e Bahia.
Entre outras razões, o monitoramento das variantes em circulação no país é importante para identificar novas mutações do vírus e possíveis ganhos de transmissibilidade e escape de anticorpos que elas possam adquirir.
Ontem (7), o Ministério da Saúde informou que o Instituto Butantan encontrou a primeira pessoa no país infectada com a subvariante XE da Ômicron, que combina características das subvariantes BA.1 e BA.2.
Segundo o Instituto Butantan, a taxa de crescimento da XE é 10% superior à da cepa BA.2, mas ainda não há evidências suficientes acerca de mudanças, vantagens e desvantagens da nova variante em aspectos como gravidade, transmissão e eficácia de vacinas já existentes.
Agência Brasil
Durante a sessão ordinária da Câmara de Guarabira, nesta terça-feira (5), a vereadora Isaura Barbosa, subiu a tribuna para denunciar o descaso com a saúde que está ocorrendo no Hospital Regional de Guarabira. A parlamentar relatou o caso de uma mulher que teria falecido por não ter sido medicada na unidade de saúde.
De acordo com a vereadora a senhora Marilu, moradora do bairro São José, uma mãe de família, perdeu a vida por falta de atendimento adequado. Isaura relatou que a médica que atendeu a paciente passou mais de um medicamento e o Hospital Regional não disponibilizava para que fosse administrado.
“Com certeza absoluta se ela tivesse sido atendida e medicada estaria viva. Marilu chegou às 7h da manhã e às 9h30min ainda não havia sido atendida. Marilu passou pela médica, que prescreveu três medicamentos e a enfermeira disse que não tinha. Infelizmente não tinha um só remédio”, disse.
Em dado momento do seu discurso a vereadora fez fortes críticas ao governador João Azevêdo, que é responsável pela gestão da rede hospitalar estadual, e mandou que as pessoas tivessem vergonha na cara e não fossem às urnas votar com ele.
“O pior governador que eu já vi em todos os tempos é esse, João Azevêdo. Peço a vocês que tenham misericórdia, vocês que estão me ouvindo em casa, peço que tenham vergonha na cara, não vão para às urnas votar num governador mentiroso, trapaceiro, egoísta e desumano. E peço a vocês, colegas, que tenham vergonha de andar de porta em porta pedindo voto para um homem que nada faz e deixa o nosso hospital nessa situação”, desabafou Isaura.
Assista
A dengue está em crescimento no Brasil. Até a 11ª semana epidemiológica deste ano (19 de março), foram contabilizados 204.159 casos da doença e 43 mortes, de acordo com dados provisórios do Ministério da Saúde.
Os dados superam os registrados no mesmo período do ano passado: 131.520 casos e 30 óbitos. No entanto, ficam abaixo do cenário visto em 2020, também no mesmo intervalo, quando houve 390.684 casos e 106 mortes.
Ricardo Gazzinelli, professor da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), afirma que a dengue é cíclica, sendo comum a alta incidência em alguns anos e a baixa em outros.
É difícil saber exatamente o motivo do menor número de casos em 2021, ano pandêmico.
Os períodos em isolamento bloquearam um pouco o ciclo de transmissão, segundo o pesquisador. “Pode ter influenciado. Apesar de a dengue ser transmitida pelo mosquito [Aedes aegypti], o patógeno vai de uma pessoa a outra. É importante mencionar que o monitoramento das doenças, como dengue e a malária, por exemplo, foi afetado porque a atenção foi desviada para a Covid e, com isso, dá a impressão de menos casos.”
Em 2022, até 19 de março, o Centro-Oeste somou 79.446 infecções e incidência de 475,5 casos por 100 mil habitantes, a maior do país.
Em seguida está o Norte, com 19.498 casos e incidência de 103,1, e Sul, com 26.285 registros e taxa de 86,5. O Sudeste, com 56.555 infecções e incidência de 63,1 aparece em quarto lugar, e o Nordeste, com 22.375 casos e incidência de 38,8, fecha o ranking das regiões.
Em epidemiologia, a taxa de incidência é o número de casos novos de uma doença durante um período definido, numa população sob o risco de desenvolvê-la. Para o cálculo, o Ministério da Saúde utiliza como base o dado da população brasileira de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 213.317.639 habitantes.
Em alerta São Paulo tem 42.252 confirmações da doença, o equivalente a 20,7% do total do país, e coeficiente de incidência de 90,6 casos por 100 mil habitantes.
Além disso, é o estado com mais mortes por dengue (11), seguido por Goiás (10) e Bahia (7).
E, das dez cidades brasileiras com mais infecções listadas pelo Ministério da Saúde, três são paulistas: Votuporanga, São José do Rio Preto e Araraquara.
Em Votuporanga, a secretária da Saúde, Ivonete Félix, disse que vários fatores influenciaram para esse quadro, incluindo a pandemia. “Ano passado foi muito atípico. Muitos médicos tomaram a Covid-19 como primeira notificação”, disse.
“Notificamos 425 casos nesse período em 2020, 33 em 2021 e 206 agora em 2022. Vemos que é maior que ano passado, mas metade de 2020.”
Em março, 1 em cada 5 municípios de São Paulo entrou em alerta de risco de dengue, a maior parte concentrada no interior do estado. O quadro, segundo especialistas, está associado às condições climáticas.
Até o último dia 15, de acordo com monitoramento do Infodengue da FGV (Fundação Getulio Vargas) em parceria com a Fiocruz, 21,39% das cidades paulistas estavam em quadros epidêmicos, de ambiente favorável à transmissão ou que exigem atenção.
Na semana passada, em Franca (a 400 km de São Paulo), uma mulher de 37 anos morreu com suspeita de dengue hemorrágica. Apenas nos primeiros três meses do ano, foram notificados 964 casos positivos, enquanto em todo o ano anterior, 221.
A Secretaria da Saúde de Franca atribuiu o crescimento às chuvas e ao calor intenso deste início de ano. Também afirmou que é preciso considerar “as subnotificações da doença nos anos de 2020 e 2021, por causa da pandemia de Covid-19”.
“A perspectiva para o ano corrente é de níveis recordes de dengue, com expansão significativa da área de ocorrência do mosquito principalmente no Sudeste e Sul do país, provavelmente resposta ao aumento gradativo das temperaturas médias nestas regiões”, afirmou Flávio Codeço Coelho, coordenador do projeto Infodengue da FGV.
Para o médico sanitarista Adriano Massuda, professor da FGV, apesar da época propícia para a proliferação do Aedes aegypti –chuva e calor–, não há o que justifique a alta de casos de dengue.
“A doença tem a especificidade do ciclo do vírus, momentos de crescimento e de queda, mas é fundamental analisar os territórios, identificar as regiões que podem ter nascedouros do mosquito para fazer a intervenção urbana, medidas de saúde pública, de saneamento. Para isso, é fundamental a atuação das equipes de Saúde da Família. Essa é a grande fragilidade que estamos vivendo no Brasil”, afirma.
Segundo o especialista, desde meados de 2016 percebe-se uma desconstrução de políticas que deram certo no Brasil por parte do Ministério da Saúde. A ESF (Estratégia Saúde da Família), que amplia o acesso a serviços de saúde e aumenta o controle de doenças transmissíveis, como a dengue, é um exemplo. E a partir de 2019 foi possível perceber a aceleração do enfraquecimento da Atenção Primária.
“Isso faz com que as equipes na ponta estejam mais fragilizadas. Há um número menor de agentes comunitários de saúde trabalhando no Brasil. Eles têm um papel fundamental de olhar para o território e identificar as regiões de risco para fazer intervenção no momento certo e evitar problemas. Os que ficaram estão sobrecarregados e há desvio de tarefas, pois eles estão cada vez menos indo a campo”, explica Massuda.
Para o pesquisador, essa desconstrução atinge o trabalho dos agentes de endemias, responsáveis pela prevenção e pelo controle de doenças endêmicas.
“Eles também são fundamentais. Estamos alertando isso não é de agora. Isso é uma ameaça de retorno de doenças preveníveis, desde as imunopreveníveis por vacinas. As baixas coberturas vacinais no Brasil são um risco enorme. O número de casos de dengue aumentando é o enfraquecimento das medidas preventivas. Tem que ter um fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde), da Atenção Primária, das equipes de Saúde da Família e a responsabilidade disso é diretamente do Ministério da Saúde.”
Capital
A cidade de São Paulo registrou 758 casos de dengue com coeficiente de incidência em 6,36 por 100 mil habitantes -209 em janeiro, 242 em fevereiro e 307 até 22 de março. Não houve mortes. Os dados, ainda provisórios, estão atualizados até 22 de março.
Nos três primeiros meses de 2021, foram contabilizados 1.580 casos -117 em janeiro, 358 em fevereiro e 1.113 em março, também sem óbitos.
Os preços dos medicamentos devem ficar mais caros a partir do final desta semana: dia 1º de abril é quando entra em vigor, usualmente, a autorização para reajuste dos remédios pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O percentual autorizado para o reajuste deve ser divulgado nos próximos dias. Uma análise do Citi, no entanto, aponta que a alta deve ficar em torno de 10% – próxima à inflação registrada no ano passado, de 10,06%.