Quarto país do mundo em número de casos confirmados de varíola do macaco (monkeypox), o Brasil continua sendo visto pela OMS (Organização Mundial da Saúde) com preocupação.
“Dos países que têm tendência de preocupação, o Brasil é um deles. É importante que todas as intervenções de saúde disponíveis sejam executadas e que os indivíduos recebam as informações para se proteger”, afirmou em entrevista coletiva a líder técnica para o enfrentamento da doença na OMS, Rosamund Lewis, nesta quarta-feira (17).
Há três semanas, a organização já havia manifestado a mesma preocupação. Na ocasião, havia aqui cerca de 800 casos da doença.
O Brasil é o quarto país do mundo em número de infectados e representa 8,2% de todos os casos relatados globalmente: 3.184, de 34,7 mil.
À frente, estão: Alemanha (3.213), Espanha (5.938) e Estados Unidos (12.689).
Rosamund também afirmou que já estão sendo observados casos fora do grupo de homens que fazem sexo com homens.
“Estamos vendo casos esporádicos em homens que não são gays ou bissexuais, que se dizem heterossexuais. Também vemos a doença aparecer em mulheres que têm um maior número de parceiros sexuais e, às vezes, em crianças e adolescentes entre 15 e 17 que estão iniciando atividades sexuais.”
Há casos de crianças menores infectadas pelo vírus monkeypox. Estes são, possivelmente, por transmissão no ambiente doméstico.
“Qualquer pessoa que esteja em contato próximo com uma pessoa com monkeypox pode ser exposta, seja no ambiente domiciliar ou no ambiente de trabalho”, acrescentou a especialista.
O contato sexual é relatado como uma das formas pela qual a doença vem se disseminando mais rapidamente, mas não é o único meio de infecção.
A varíola do macaco se transmite por qualquer contato de pele ou de mucosa com uma pessoa que tenha lesões. É possível pegar por abraços e beijos, por exemplo.
Nos países onde a imunização já está ocorrendo, a OMS recebeu relatos de pessoas que foram vacinadas após a exposição ao vírus, mas mesmo assim desenvolveram a varíola do macaco.
Segundo a especialista, isso “nos diz que a vacina não é 100% eficaz em qualquer circunstância, seja preventiva ou pós-exposição”.
“Não é surpresa para nós, mas nos lembra que vacina não é uma bala de prata, que cada pessoa que se sente em risco e deseja reduzi-lo tem intervenções ao seu dispor, incluindo a vacinação onde ela está disponível, mas também proteção de atividades em que elas podem estar em risco.”
O imunizante usado é do laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, que tem quantitativos limitados. Estudos anteriores sugerem que a vacina tem cerca de 85% de proteção contra a varíola do macaco.
Ainda assim, a vacinação, de acordo com Rosamund, “visa reduzir a gravidade” da doença.
Dez municípios paraibanos registram notificações de casos suspeitos da varíola dos macacos. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, 18 casos da doença estão sendo investigados e todos os pacientes tem sintomas leves e estão isolados em casa.
As notificações estão distribuídas da seguinte forma:
11 casos em João pessoa
1 casos em Santa Rita
1 caso em Rio Tinto
1 caso em Mulungu
1 caso em Ingá
1 caso em Belém
1 caso em Souza
O órgão de saúde recomenda o uso de máscaras, higienização das mãos e a orientação em casos de sintomas da doença é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou um Hospital Regional, onde será colhido material para investigação e notificação.
Os primeiros sintomas da doença, que é transmitida pelo vírus de pessoas infectadas, são febre, dor de cabeça, exaustão, calafrios, dor nas costas, dores musculares e inchaço nas articulações.
FontePB
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sugeriu a redução do número de parceiros sexuais como medida de combate à proliferação dos casos de varíola dos macacos (monkeypox). A fala foi dada durante entrevista coletiva em João Pessoa, capital da Paraíba.
O auxiliar do presidente Jair Bolsonaro ponderou que boa parte dos casos confirmados da doença são de “homens que fazem sexo com homens”. “Se fizermos o diagnóstico, isolarmos essas pessoas e fizermos um anúncio para que se reduza o número de parceiros sexuais, nós podemos baixar essa curva”, pontuou, prosseguindo.
“Infelizmente, hoje, a grande maioria dos indivíduos que têm essa doença são homens que fazem sexo com homens. Essa minha palavra não é para discriminar ninguém, mas para proteger”, destacou.
O ministro afirmou que o Governo Federal segue acompanhando os casos e lembrou que o Brasil deve receber 50 mil doses que serão destinadas aos profissionais de saúde, que têm contato com pessoas diagnosticadas.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 18 casos estão sob investigação na Paraíba. Uma mulher de João Pessoa foi o primeiro caso confirmado.
No último dia 24, o Polêmica Paraíba trouxe aos leitores o ranking dos 10 municípios paraibanos mais bem avaliados no Índice de Gestão Municipal, que são classificados, avaliados e analisados pelo Instituto Áquila. Os dados foram colhidos na terça-feira, 19 de julho, e permitem identificar o nível de desenvolvimento humano do local na circunstância temporal de realização da pesquisa.
É importante deixar claro que os dados são atualizados em tempo real, podendo haver modificações a qualquer momento. Na matéria de hoje, vamos apresentar aos leitores as 10 cidades com pior avaliação em gestão de saúde, de acordo com os dados colhidos nesta quinta-feira (28).
Os números do Instituto Áquila permitem identificar o nível de desenvolvimento humano do local na circunstância temporal de realização da pesquisa. De acordo com o instituto, as Cidades Excelentes são aquelas que proporcionam uma melhor qualidade de vida para os seus cidadãos. Uma cidade excelente deve estar em equilíbrio para promover serviços eficientes à sua população. E para traduzir em um único número o indicador que mede o nível de excelência de um município, foi criado o IGMA.
A plataforma foi criada com um olhar municipal. Assim, o Aquila busca engajar a população e os gestores municipais na busca pela melhoria do serviço público e o consequente ganho de qualidade de vida da população. Com essas informações, é possível ao gestor público aprofundar e estratificar as análises dos indicadores que sustentam cada pilar do município, identificando assim quais são as restrições e onde ele deve atuar para promover excelência.
Além disso, o grupo Bandeirantes criou o Prêmio “Band Cidades Inteligentes”, em parceria com o Instituto Aquila, com o objetivo de premiar as cidades que obtêm os melhores resultados a partir da avaliação realizada pelo IGMA.
Os indicadores foram construídos a partir de 5 pilares: eficiência fiscal e transparência, educação, saúde e bem-estar, infraestrutura e mobilidade urbana e desenvolvimento socioeconômico e ordem pública.
Em saúde e Bem-estar, são analisados os seguintes fatores:
Cobertura da Atenção Primária;
Expectativa de vida ao nascer (Anos);
Número de leitos hospitalares (SUS) por mil habitantes (Número por mil habitantes);
Número de profissionais da saúde (SUS) (Número por mil habitantes);
Proporção de internações sensíveis à atenção básica – ISAB (%);
Taxa de mortalidade infantil (Número por mil habitantes);
Casos de Covid-19 (Número por 100 mil habitantes);
Mortes por Covid-19 (Número por 100 mil habitantes) e
Aplicação do mínimo constitucional em Saúde
Confira a lista dos 10 municípios com a pior avaliação:
MUNICÍPIO | POSIÇÃO | SAÚDE |
Bayeux | 1 | 28,59 |
Pirpirituba | 2 | 29,60 |
Arara | 3 | 33,71 |
Araruna | 4 | 35,42 |
São José de Princesa | 5 | 37,13 |
Barra de Santa Rosa | 6 | 37,52 |
Cabedelo | 7 | 38,31 |
Imaculada | 8 | 38,90 |
Cacimba de Dentro | 9 | 39,18 |
Mãe d’Água | 10 | 39,89 |
Veja abaixo a tabela com todos o municípios, do pior para o melhor.
MUNICÍPIO | POSIÇÃO | SAÚDE |
Bayeux | 1 | 28,59 |
Pirpirituba | 2 | 29,60 |
Arara | 3 | 33,71 |
Araruna | 4 | 35,42 |
São José de Princesa | 5 | 37,13 |
Barra de Santa Rosa | 6 | 37,52 |
Cabedelo | 7 | 38,31 |
Imaculada | 8 | 38,90 |
Cacimba de Dentro | 9 | 39,18 |
Mãe d’Água | 10 | 39,89 |
Olho d’Água | 11 | 40,35 |
Cuitegi | 12 | 41,03 |
Santa Rita | 13 | 41,28 |
São José do Bonfim | 14 | 41,84 |
Nova Palmeira | 15 | 42,75 |
Juru | 16 | 42,82 |
Casserengue | 17 | 43,10 |
Pitimbu | 18 | 43,53 |
São Bento | 19 | 43,79 |
Santana de Mangueira | 20 | 44,06 |
Sapé | 21 | 44,57 |
Cachoeira dos Índios | 22 | 44,85 |
Borborema | 23 | 45,96 |
Pilõezinhos | 24 | 46,03 |
Nova Floresta | 25 | 46,35 |
Remígio | 26 | 46,47 |
Tacima | 27 | 46,68 |
Campina Grande | 28 | 47,28 |
Mari | 29 | 47,39 |
Rio Tinto | 30 | 47,39 |
Areia de Baraúnas | 31 | 47,57 |
Água Branca | 32 | 47,67 |
Natuba | 33 | 48,20 |
Aparecida | 34 | 48,46 |
Montadas | 35 | 48,81 |
Itapororoca | 36 | 49,15 |
Santa Helena | 37 | 49,34 |
Cuité de Mamanguape | 38 | 49,40 |
Matinhas | 39 | 49,90 |
Marizópolis | 40 | 49,96 |
Pedro Régis | 41 | 49,97 |
João Pessoa | 42 | 50 |
Gado Bravo | 43 | 50,17 |
Mataraca | 44 | 50,40 |
Riacho dos Cavalos | 45 | 50,68 |
Juazeirinho | 46 | 50,81 |
Juripiranga | 47 | 50,84 |
Caturité | 48 | 51,14 |
Esperança | 49 | 51,40 |
Fagundes | 50 | 51,53 |
Brejo do Cruz | 51 | 51,71 |
Uiraúna | 52 | 51,72 |
Caiçara | 53 | 52,15 |
Manaíra | 54 | 52,15 |
Juarez Távora | 55 | 52,40 |
Mogeiro | 56 | 52,56 |
Malta | 57 | 52,60 |
Umbuzeiro | 58 | 52,75 |
São Sebastião de Lagoa de Roça | 59 | 52,77 |
São Bentinho | 60 | 52,82 |
Caraúbas | 61 | 52,86 |
São José de Piranhas | 62 | 52,86 |
Lagoa | 63 | 52,95 |
Alagoa Nova | 64 | 53,09 |
São João do Cariri | 65 | 53,11 |
Emas | 66 | 53,34 |
Catolé do Rocha | 67 | 53,40 |
Queimadas | 68 | 53,61 |
Itatuba | 69 | 53,65 |
Solânea | 70 | 54 |
Lucena | 71 | 54,03 |
Bonito de Santa Fé | 72 | 54,07 |
Salgadinho | 73 | 54,31 |
Sertãozinho | 74 | 54,34 |
Tavares | 75 | 54,34 |
Santa Cecília | 76 | 54,35 |
Riachão do Bacamarte | 77 | 54,71 |
Lagoa Seca | 78 | 55,00 |
Alagoa Grande | 79 | 55,09 |
Serra Branca | 80 | 55,18 |
Triunfo | 81 | 55,25 |
Pedra Lavrada | 82 | 55,28 |
Santa Teresinha | 83 | 55,35 |
Guarabira | 84 | 55,57 |
Diamante | 85 | 55,61 |
Assunção | 86 | 55,88 |
Pedras de Fogo | 87 | 55,88 |
Livramento | 88 | 55,97 |
Serra Redonda | 89 | 56,07 |
São José da Lagoa Tapada | 90 | 56,10 |
Serra da Raiz | 91 | 56,46 |
Picuí | 92 | 56,5< |
Coxixola | 93 | 56,56 |
Gurinhém | 94 | 56,75 |
Boqueirão | 95 | 56,77 |
Sobrado | 96 | 56,95 |
Carrapateira | 97 | 57,03 |
Caaporã | 98 | 57,25 |
Curral Velho | 99 | 57,32 |
Cuité | 100 | 57,42 |
Mulungu | 101 | 57,46 |
Piancó | 102 | 57,52 |
Cruz do Espírito Santo | 103 | 57,56 |
Caldas Brandão | 104 | 57,60 |
Puxinanã | 105 | 57,72 |
Igaracy | 106 | 57,95 |
Gurjão | 107 | 58,13 |
Camalaú | 108 | 58,14 |
São Miguel de Taipu | 109 | 58,24 |
Soledade | 110 | 58,29 |
Sossêgo | 111 | 58,40 |
Bananeiras | 112 | 58,52 |
Monte Horebe | 113 | 58,52 |
Princesa Isabel | 114 | 58,59 |
Desterro | 115 | 58,60 |
Riachão | 116 | 58,65 |
São José do Sabugi | 117 | 58,85 |
Conde | 118 | 58,93 |
Dona Inês | 119 | 58,95 |
Alhandra | 120 | 59,11 |
Condado | 121 | 59,18 |
Jericó | 122 | 59,82 |
Nazarezinho | 123 | 59,85 |
Paulista | 124 | 59,96 |
São João do Tigre | 125 | 60,07 |
Ingá | 126 | 60,10 |
Araçagi | 127 | 60,18 |
Pilões | 128 | 60,20 |
São José de Caiana | 129 | 60,21 |
Congo | 130 | 60,28 |
Itaporanga | 131 | 60,35 |
Taperoá | 132 | 60,47 |
Vieirópolis | 133 | 60,60 |
Bom Jesus | 134 | 60,71 |
São João do Rio do Peixe | 135 | 60,84 |
Prata | 136 | 60,96 |
Patos | 137 | 61,21 |
Alagoinha | 138 | 61,21 |
Capim | 139 | 61,57 |
Santa Cruz | 140 | 61,65 |
Parari | 141 | 61,68 |
São Vicente do Seridó | 142 | 61,68 |
Pilar | 143 | 61,78 |
Cacimbas | 144 | 61,95 |
Duas Estradas | 145 | 62,02 |
Itabaiana | 146 | 62,04 |
Junco do Seridó | 147 | 62,07 |
Barra de São Miguel | 148 | 62,09 |
Marcação | 149 | 62,09 |
Teixeira | 150 | 62,09 |
Massaranduba | 151 | 62,17 |
São José dos Cordeiros | 152 | 62,22 |
Maturéia | 153 | 62,27 |
Sumé | 154 | 62,28 |
Vista Serrana | 155 | 62,28 |
Jacaraú | 156 | 62,35 |
Mamanguape | 157 | 62,46 |
Serraria | 158 | 62,85 |
Damião | 159 | 63,06 |
Mato Grosso | 160 | 63,07 |
São José de Espinharas | 161 | 63,17 |
Boa Vista | 162 | 63,49 |
Baía da Traição | 163 | 63,53 |
Coremas | 164 | 63,60 |
Riachão do Poço | 165 | 63,64 |
Pocinhos | 166 | 63,79 |
Barra de Santana | 167 | 63,82 |
Aroeiras | 168 | 63,85 |
Sousa | 169 | 64,17 |
Belém do Brejo do Cruz | 170 | 64,32 |
São Mamede | 171 | 64,40 |
São José dos Ramos | 172 | 64,51 |
Belém | 173 | 64,64 |
Cubati | 174 | 65,12 |
Santa Luzia | 175 | 65,18 |
Areial | 176 | 65,43 |
São Francisco | 177 | 65,45 |
Conceição | 178 | 65,98 |
Cajazeiras | 179 | 66,09 |
Olivedos | 180 | 66,18 |
Santa Inês | 181 | 66,79 |
Monteiro | 182 | 67,06 |
Areia | 183 | 67,28 |
Brejo dos Santos | 184 | 67,31 |
Catingueira | 185 | 67,60 |
Salgado de São Félix | 186 | 67,68 |
Lagoa de Dentro | 187 | 67,75 |
Curral de Cima | 188 | 67,76 |
Pombal | 189 | 68,01 |
Nova Olinda | 190 | 68,34 |
Bom Sucesso | 191 | 68,45 |
Tenório | 192 | 68,96 |
Baraúna | 193 | 69,42 |
Pedra Branca | 194 | 69,43 |
Logradouro | 195 | 69,90 |
Poço Dantas | 196 | 70,62 |
Riacho de Santo Antônio | 197 | 70,67 |
São José do Brejo do Cruz | 198 | 70,95 |
Boa Ventura | 199 | 70,96 |
Joca Claudino | 200 | 71,25 |
São Sebastião do Umbuzeiro | 201 | 71,95 |
São Domingos do Cariri | 202 | 72,21 |
Bernardino Batista | 203 | 72,48 |
Alcantil | 204 | 72,54 |
São Domingos | 205 | 72,59 |
Ibiara | 206 | 73,18 |
Poço de José de Moura | 207 | 73,20 |
Cabaceiras | 208 | 73,26 |
Santo André | 209 | 74,10 |
Santana dos Garrotes | 210 | 74,54 |
Cajazeirinhas | 211 | 74,71 |
Quixabá | 212 | 74,95 |
Passagem | 213 | 76,01 |
Amparo | 214 | 77,09 |
Cacimba de Areia | 215 | 77,25 |
Ouro Velho | 216 | 77,89 |
Algodão de Jandaíra | 217 | 78,01 |
Aguiar | 218 | 79,31 |
Zabelê | 219 | 80,46 |
Várzea | 220 | 81,75 |
Serra Grande | 221 | 82,84 |
Frei Martinho | 222 | 85,56 |
Lastro | 223 | 85,81 |
Polêmica Paraíba
No último dia 26 de julho, Conselheiros de Educação e Técnicos da Secretaria de Educação de Lagoa de Dentro participaram do XII Encontro Estadual da UNCME Paraíba. A UNCME – União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação está presente na maioria dos municípios paraibanos.
O Encontro tinha como temática “O financiamento da Educação Básica na atual conjuntura”.
Para os participantes que estiveram presentes no evento representando o município, este é um momento de importante discussão sobre as políticas públicas de educação. Para a educação avançar é preciso empenho e parcerias e esse é um dos papéis do Conselho de Educação: ser parceiro para uma educação pública equitativa.
Assessoria
O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselhou, nesta quarta-feira (27), que homens que fazem sexo com homens – como gays, bissexuais e trabalhadores do sexo – reduzam, neste momento, o número de parceiros sexuais para diminuir o risco de exposição à varíola dos macacos (monkeypox).
Na fala de abertura em uma entrevista sobre a doença, Tedros Adhanom Ghebreyesus também reforçou que “estigma e discriminação podem ser tão perigosos quanto qualquer vírus e podem alimentar o surto”.
Ele pediu que comunidades e indivíduos se informassem e levassem os riscos a sério, além de tomarem as medidas necessárias para interromper a transmissão e proteger os grupos vulneráveis.
“A melhor maneira de fazer isso é reduzir o risco de exposição. Isso significa fazer escolhas seguras para você e para os outros. Para homens que fazem sexo com homens, isso inclui, no momento, reduzir o número de parceiros sexuais, reconsiderar o sexo com novos parceiros e trocar detalhes de contato com novos parceiros para permitir o acompanhamento, se necessário”, disse Tedros.
O diretor destacou que, “embora 98% dos casos até agora estejam entre homens que fazem sexo com homens, qualquer pessoa exposta pode pegar a varíola dos macacos”.
“O foco para todos os países deve ser engajar e capacitar as comunidades de homens que fazem sexo com homens para reduzir o risco de infecção e transmissão posterior, prestar cuidados aos infectados e salvaguardar os direitos humanos e a dignidade”.
Tedros lembrou que, além da transmissão por contato sexual, a varíola dos macacos pode se espalhar nas residências por meio do contato próximo entre as pessoas, como abraços e beijos, e em toalhas ou roupas de cama contaminadas.
Mais de 18 mil casos de varíola dos macacos já foram relatados à OMS em 78 países, incluindo 5 mortes. Mais de 70% dos casos relatados vêm da Europa e 25%, das Américas.
No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizava 696 casos confirmados até a segunda-feira (25). Desde então, pelo menos mais dois estados confirmaram novos casos da doença: Acre e Tocantins. Na terça-feira (26), a OMS classificou a situação do Brasil como “preocupante”.
Vacinas
O diretor da OMS também falou sobre as vacinas disponíveis para evitar a varíola dos macacos. A doença não tem uma vacina específica, mas as vacinas desenvolvidas contra a varíola humana ajudam a proteger contra ela.
Atualmente, existem 3 vacinas contra a doença: uma usada no Canadá, nos Estados Unidos e na União Europeia (MVA-BN, do laboratório Bavarian Nordic), uma que só está aprovada nos Estados Unidos (ACAM2000) e uma terceira, desenvolvida no Japão, que pode ser aplicada em crianças (LC16).
“No entanto, ainda não temos dados sobre a eficácia das vacinas contra a varíola dos macacos ou quantas doses podem ser necessárias”, disse Tedros, que também lembrou que a proteção da vacina não é instantânea.
Tedros lembrou que a OMS recomenda a vacinação direcionada de pessoas expostas a alguém com varíola dos macacos e para aqueles com alto risco de exposição – incluindo profissionais de saúde, alguns trabalhadores de laboratório e aqueles com múltiplos parceiros sexuais.
“Neste momento, não recomendamos a vacinação em massa contra a varíola dos macacos”, frisou o diretor.
“Isso significa que os vacinados devem continuar a tomar medidas para se proteger, evitando contato próximo, incluindo sexo, com outras pessoas que têm ou correm o risco de ter varíola dos macacos”, lembrou.
Um dos problemas é a disponibilidade das vacinas: segundo Tedros, existem cerca de 16 milhões de doses da MVA-BN em todo o mundo. A maioria, entretanto, está em forma “a granel” – o que significa que levaria vários meses para envasar as doses e disponibilizá-las para uso.
“Vários países com casos de varíola dos macacos garantiram suprimentos da vacina MVA-BN, e a OMS está em contato com outros países para entender suas necessidades de suprimento. A OMS urge aos países com vacinas contra a varíola dos macacos compartilhá-las com os países que não têm”, pediu Tedros.
A secretária de saúde do município de Lagoa de Dentro, Erica Andrade e a coordenadora de vigilância em Saúde do município, Cilenia Nobrega, estiveram participando do evento Vacina Mais, promovido pela Secretaria de Saúde do Estado (SES) na última sexta-feira, dia 22, no espaço Cultural José Lins do Rego em João Pessoal, capital paraibana.
O evento que reuniu representantes municipais e da sociedade civil, com o intuito de unir forças para chamar a atenção para a importância da vacinação em dia para todas as idades, também contou com o apoio doConselho Estadual de Saúde (CES) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba (Cosems – PB).
A campanha Vacina Mais Paraíba visa atualizar as cadernetas de vacina da população e melhorar os índices de vacinação, que apresentaram queda nos últimos anos. De acordo com a secretária de Saúde do Estado, Renata Nóbrega, este é um momento para que diversas entidades possam se juntar na missão de proteger a população por meio das vacinas.
Erica Andrade comentou que o evento foi muito importante porque abre a temporada de Dias D de Vacinação, que serão realizados pela SES nos últimos sábados de cada mês até setembro, em toda a Paraíba. E que não haverá apenas a vacinação contra a Covid-19, mas também para outros agravos previstos no calendário de vacinação.