Uma mulher morreu na tarde desta quinta-feira (21) em Guarabira após passar mal. Segundo informações, a vítima estava com o marido na Policlinica Mais, situada em Guarabira, onde o mesmo seria submetido a um exame.
Informações colhidas pelo nosso repórter Pedro Júnior dão conta que a mulher chegou a clínica na companhia do marido que iria fazer uma ultrassom de abdômen total. A mesma passou mal e já caiu desmaiada na recepção. Uma equipe médica de plantão da Policlínica atendeu-a as pressas. Os profissionais fizeram de tudo, mas ela não resistiu e morreu.
Ainda de acordo com as informações, a mulher morava em Pirpirituba. A nossa equipe entrou em contato com a clínica que confirmou o fato.
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As quedas de temperatura foram associadas ao aumento no número de mortes por acidente vascular cerebral (AVC), principalmente entre a população com mais de 65 anos. Entre os idosos, a incidência de AVC associado a quedas na temperatura média é maior entre as mulheres.
A conclusão é de um estudo que envolveu dados de mortalidade e de estações meteorológicas de 2002 a 2011 na cidade de São Paulo, realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Católica de Santos (Unisantos), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de SP (Fapesp).
Quando os dados do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (PRO-AIM) e da Estação Meteorológica do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP foram confrontados, houve a descoberta de que o risco relativo para a ocorrência de AVC (isquêmico e hemorrágico) era maior quando a temperatura média era menor, abaixo dos 15 ºC. Acima dos 65 anos, as temperaturas médias mais baixas representaram maior risco de AVC hemorrágico para as mulheres, um resultado que surpreendeu os pesquisadores.
“No início do estudo, achávamos que quando houvesse uma variabilidade acentuada de temperaturas, tanto para o frio quanto para o calor, os resultados seriam semelhantes para os dois subtipos de AVC. Ou seja, nos dias de muito frio ou de muito calor haveria mais mortes de ambos os subtipos. Não foi o que ocorreu. No caso do AVC hemorrágico, o frio é um fator muito mais importante, especialmente entre as mulheres”, disse a geógrafa Priscilla Venâncio Ikefuti à Agência Fapesp. Ela foi professora da Universidade Federal da Fronteira Sul e trabalha na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, no Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE).l
Uma explicação para o fato de o AVC ser mais comum entre os idosos é a diminuição do metabolismo na terceira idade. Os idosos têm menor capacidade de manter a homeostase – regulação do metabolismo para manter constantes as condições fisiológicas necessárias à vida – diante de mudanças nas temperaturas.
“Verificamos também que, para todos os casos de AVC, e para o AVC hemorrágico em particular, o sexo mais vulnerável é o feminino. Os dados mostram que as mulheres têm, mesmo que ligeiramente, mais alta mortalidade média por AVC. O risco relativo do acidente, calculado para as variações da temperatura média, também foi maior entre mulheres do que em homens. De forma similar, as temperaturas médias mais baixas causaram maior impacto em mulheres, em ambos os subtipos de AVC”, disse Ikefuti.
Segundo ela, o estresse pelo frio resulta em elevação da pressão arterial, aumento na viscosidade do sangue e na contagem de plaquetas, o que eleva a pressão arterial podendo causar um AVC hemorrágico.
Os pesquisadores destacam que uma questão importante para explicar o maior risco de AVC entre as mulheres está na menopausa, quando o corpo diminui a produção do hormônio estrogênio, o que a deixa sujeita a um maior risco de doenças vasculares.
“Nosso estudo contribui para a compreensão do impacto da temperatura sobre a mortalidade por AVC em um país tropical, onde a temperatura não seria, supostamente, um fator de preocupação para risco de AVC. O trabalho comprovou que, pelo menos na cidade de São Paulo, este não é o caso”, disse o médico Alfésio Luís Ferreira Braga, professor da Unisantos e coautor da pesquisa.
Fonte: Agência Brasil
O tabagismo é uma doença crônica e resultante da dependência da nicotina, que está associada como fator de risco para cerca de 50 doenças – entre elas o câncer. Um levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estima que 200 mil óbitos ocorram por ano em decorrência do tabaco. Mundialmente, esta marca pode alcançar seis milhões de mortes. Além disso, o tabaco pode aumentar em cerca de 30 a 40 vezes o risco de desenvolver o câncer de pulmão ao longo da vida, inclusive fumantes passivos têm cerca de 2 a 3 vezes mais chances de ter esse tipo de neoplasia.
“O fumo participa de 15 a 20% das mortes por câncer. Independentemente do tipo de cigarro, o fumante tem maior risco de desenvolver câncer de pulmão quando comparado ao não fumante. O tempo de exposição, o volume consumido ao longo do dia e sua intensidade, têm influência na incidência e aparecimento desta doença. A lesão que ocorre do tabagismo é relacionada ao dano ao DNA das células do trato respiratório. Embora o corpo consiga lidar com esta lesão, reparando-a, a lesão repetida por anos pode levar ao desenvolvimento de câncer de pulmão”, destaca o oncologista Dr. Eduardo Medeiros, da Oncologia D’Or.
Os malefícios do cigarro não se limitam ao trato respiratório ou circulatório. Estudos relacionam o tabagismo a, pelo menos, 15 tipos de neoplasia, entre as quais cólon, pâncreas, estômago, rins, bexiga, leucemia, ovário, esôfago e colo de útero. Seus metabólitos correm pelo corpo e podem afetar diversos tecidos como o cérebro, nervos periféricos, vasos sanguíneos, órgãos genitais, entre outros.
“A capacidade do nosso organismo em debelar estas lesões é enorme, porém finita. Essa agressão repetida ao longo dos anos pode levar ao aparecimento de doenças diversas. A interrupção do tabagismo é a fator externo prevenível mais importante para redução da mortalidade. Quanto mais precoce e mais rapidamente se suspende o tabagismo, maior seu benefício a curto, médio e longo prazo”, complementa o oncologista.
Embora muito se tenha avançado no tratamento e diagnóstico, com aumento de sobrevida e maiores taxas de cura, a doença ainda é diagnosticada, na grande maioria das vezes, em fase avançada, quando o tratamento tem expectativa maior de paliação, e não de cura.
Cigarro eletrônico
Ainda que não utilize o tabaco, o “cigarro eletrônico” não está autorizado no Brasil, conforme resolução da Anvisa, por não ser comprovado como uma alternativa ao tratamento do tabagismo. A medida leva em consideração a falta de comprovação científica sobre a eficácia e segurança do produto. Com informações da Maxpress.
Fonte: Notícias ao Minuto
A Comissão Especial da Câmara dos Deputados pode votar esta semana um projeto de lei que pretende modificar o sistema de registro, controle e uso de agrotóxicos e insumos agrícolas similares no país. De acordo com a proposta em discussão na Casa, a lei atual de agrotóxicos pode ser revogada para simplificar o processo de autorização da produção e comércio dos produtos no país.
Na última semana, o parecer apresentado pelo relator Luiz Nishimori (PR-PR) provocou intenso debate na Casa. Em seu relatório, o deputado propõe que a legislação não se baseie mais na noção de “perigo”, mas que se faça uma avaliação de risco à saúde humana a partir do exame do limiar tóxico ou da dosagem de substância tóxica contida no produto.
A partir desse tipo de avaliação, o registro dos agrotóxicos ficaria vedado para produtos que apresentarem risco considerado “inaceitável” para a saúde humana e o meio ambiente. Algumas entidades alertam que dessa forma a proposta reduz a possibilidade de proibição uso dos agrotóxicos em função da periculosidade dos produtos.
O projeto ainda propõe a mudança do termo agrotóxico agrícola para produtos fitossanitários, definidos no texto como “agentes físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens ou na proteção de florestas plantadas, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos”.
Para os agrotóxicos não agrícolas, o texto também cria o termo “produtos de controle ambiental”, destinados à proteção de ecossistemas, como florestas nativas e ambientes hídricos contra pragas e doenças. Segundo o relator, o uso do termo agrotóxico é inadequado por se tratar de uma palavra depreciativa e que não é mais usado em outros países. O projeto também refuta o termo pesticida, pois significa “enfermidade endêmica que mata”.
Sob o argumento de simplificação e desburocratização dos procedimentos de registro dos defensivos agrícolas, o projeto especifica que só os princípios ativos dos produtos, e não o nome comercial dos insumos, seriam registrados. A proposta cria ainda o registro e autorização temporários para produtos que já sejam usados em, pelo menos, três países para culturas similares ao Brasil e adotem os princípios da legislação internacional de saúde, alimentação e meio ambiente.
O substitutivo de Nishimori reduz os prazos de registro e restringe o controle do uso de produtos fitossanitários ao órgão federal responsável pela agricultura. Aos órgãos federais de meio ambiente caberiam o registro e fiscalização dos produtos chamados de controle ambiental.
Ao Ministério da Saúde, o projeto prevê a responsabilidade de “apoiar tecnicamente” os outros órgãos competentes no processo de investigação de acidentes e enfermidades decorrentes de atividades com agrotóxicos, entre outras atribuições. A avaliação de risco à saúde humana apresentada pelos requerentes dos produtos também será submetida ao órgão federal de saúde.
Todo o processo de submissão à análise e registro é dispensado para produtos destinados exclusivamente para exportação, segundo o substitutivo. No caso do ingresso de agrotóxicos importados, o registro também poderá ser liberado em caráter temporário, caso haja a declaração de estado de emergência fitossanitária pelo poder executivo em função de risco de praga já existente ou não no país.
Críticas
O Brasil é considerado o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Segundo boletim anual do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 2016 o Brasil produziu mais de 510 milhões toneladas de ingredientes ativos para agrotóxicos e importou mais de 420 milhões.
Por ser um dos produtos centrais para o modelo atual de produção agrícola no país, a mudança na legislação é defendida pelos produtores rurais. Os agricultores argumentam que a legislação de registro e uso de pesticidas está muito defasada no Brasil e que a modernização da lei atual, que é de 1989, pode aumentar a produtividade e competitividade econômica do país.
Em defesa do projeto, entidades do setor agrícola abriram uma campanha chamada “Lei do Alimento mais Seguro”. A mobilização visa convencer os parlamentares a aprovar as mudanças na legislação atual para os defensivos agrícolas e destacar que os produtos são importantes para combater as pragas na lavoura e garantir a qualidade dos alimentos para o consumo humano.
“Nós estamos há mais de dois anos nessa comissão, já fizemos audiências públicas em todo o Brasil, já foram ouvidos todos os segmentos da sociedade. Estamos com uma legislação arcaica, atrasada em 30 anos. A tecnologia se moderniza, avança e temos que estar de acordo com o que está surgindo de novo no mundo”, disse o deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária.
Parlamentares da frente ambientalista contestam o argumento do crescimento econômico e declaram que o projeto não pode flexibilizar a legislação para privilegiar os interesses do setor econômico em detrimento da vida humana.
“Nós somos contra a aprovação deste projeto, porque ele vai aumentar os casos de câncer, de má formação fetal, inclusive podendo gerar mutações genéticas, desenvolvendo novas síndromes e novas doenças no Brasil pela liberação, pela facilitação do uso de agrotóxicos. Trata-se, por isso, de um projeto que foi denominado pela sociedade civil brasileira de pacote do veneno. O Brasil, que já é um dos maiores consumidores de agrotóxicos no mundo, quer facilitar ainda mais a utilização desses produtos que tão mal fazem à saúde humana”, disse o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).
Órgãos ambientais, de saúde e até do Judiciário se manifestaram ao longo da semana contra o projeto por considerarem que diminui as garantias de proteção à saúde. Em nota, o Ibama avaliou em uma nota técnica que as mudanças propostas na Câmara são “inviáveis ou desprovidas de adequada fundamentação técnica e, até mesmo, contrariam determinação Constitucional”.
Sobre a proposta de mudança do termo agrotóxico para produto fitossanitário, o Ibama, que hoje é responsável por avaliar o nível de periculosidade dos agrotóxicos para o meio ambiente, argumenta que os agricultores deveriam reconhecer os produtos mais como tóxicos e perigosos do que como meros insumos agrícolas para que tenham mais cuidado na utilização. “A toxicidade é uma característica inerente à grande maioria dos produtos destinados ao controle de pragas e doenças, por ação biocida. Assim, o termo agrotóxicos contribui para essa caracterização”, diz a nota.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que já produziu diversos estudos sobre os efeitos nocivos dos agrotóxicos, também emitiu nota pública criticando o projeto de lei. Para a Fiocruz, a proposta “significa um retrocesso que põe em risco a população, em especial grupos populacionais vulnerabilizados como mulheres grávidas, crianças e os trabalhadores envolvidos em atividades produtivas que dependem da produção ou uso desses biocidas”.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se manifestou principalmente contra o ponto do projeto que centraliza o controle dos agrotóxicos no Ministério da Agricultura. Para a agência, que é o órgão responsável por avaliar os níveis de agrotóxicos nos alimentos que chegam ao consumidor e reavaliar as condições de toxicidade de produtos que já tem registro, o projeto, da forma como está, falha na disponibilidade de alimentos mais seguros ou novas tecnologias para o agricultor, além de enfraquecer o sistema regulatório dos agrotóxicos nos país.
“O substitutivo apresentado desvaloriza todo o trabalho de monitoramento realizado pela Anvisa e pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), que coleta alimentos nas redes atacadistas e varejistas, locais cujo escopo de atuação da agricultura não alcança, para verificar os níveis de agrotóxicos presentes nos alimentos consumidos pela população”, diz a Agência em nota.
Integrantes da bancada ambientalista querem que seja realizada uma audiência pública para ouvir representantes dos ministérios da Agricultura, do Meio Ambiente e da Saúde antes da apreciação final do projeto. Os oposicionistas também anunciaram que farão dura obstrução ao andamento do projeto na Câmara. A votação do projeto está prevista para a próxima quarta-feira (16).
Fonte: Agência Brasil
Quatro novos casos de ebola foram registrados em Bikoro, uma localidade da República Democrática do Congo (RDC), epicentro de uma nova epidemia – indicou uma fonte de Saúde nesta quinta-feira (10).
“Outras quatro pessoas foram contaminadas pelo vírus do ebola. Entre elas, há dois membros da equipe médica que estavam em contato com os enfermos”, disse à AFP Serge Ngalebato, o médico que dirige o hospital geral de Bikoro.
Até agora, a doença deixou 17 mortos e se limita, por enquanto, à região de Bikoro, situada no nordeste de Kinshasa, na fronteira com Congo-Brazzaville.
As autoridades congolesas anunciaram um plano para enfrentar essa nova epidemia.
Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) desbloqueou um milhão de dólares para frear a propagação nas províncias e nos países vizinhos, disse à imprensa um representante da agência humanitária das Nações Unidas (Ocha).
O governo da Nigéria manifestou, nesta quarta, sua “preocupação” com esta nova epidemia de ebola na RDC, a nona que afeta o país.
“Vamos verificar todas as pessoas que chegarem da RDC e dos países vizinhos”, disse o ministro nigeriano da Saúde, Isaac Adewole, após o conselho de ministros.
A febre hemorrágica do ebola, que apareceu pela primeira vez em 1976 no que então era Zaire (agora RDC), procede de um vírus que se transmite por contato físico com os líquidos corporais infectados.
O consumo de carne de animais silvestres também é um fator de contágio.
A última epidemia de ebola foi em 2017 e deixou quatro mortos.
A epidemia mais importante ocorreu no oeste da África entre 2013 e 2016 e deixou 11.300 mortos de um total de 29.000 casos, em sua grande maioria na Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Fonte: AFP