Este ano será o mais quente desde o início dos registros, com a expectativa de que as temperaturas extraordinariamente altas persistam pelo menos até os primeiros meses de 2025, afirmaram cientistas da União Europeia (UE) nesta segunda-feira (9). Os dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da UE, foram divulgados duas semanas depois que as negociações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) resultaram em um acordo de US$ 300 bilhões para combater as mudanças climáticas, um pacote que os países mais pobres criticaram como insuficiente para cobrir os custos crescentes dos desastres relacionados ao clima.
O C3S disse que os dados de janeiro a novembro confirmaram que 2024 certamente será o ano mais quente já registrado e o primeiro em que as temperaturas médias globais atingirão 1,5 grau Celsius acima do período pré-industrial, de 1850 a 1900. O ano mais quente registrado anteriormente foi 2023. O clima extremo atingiu o mundo em 2024, com secas severas atingindo a Itália e a América do Sul, enchentes fatais no Nepal, Sudão e na Europa, ondas de calor no México, Mali e na Arábia Saudita, que mataram milhares de pessoas, e ciclones desastrosos nos Estados Unidos (EUA) e nas Filipinas. Estudos científicos confirmaram as impressões digitais da mudança climática causada pelo homem em todos esses desastres. O mês passado foi classificado como o segundo novembro mais quente já registrado, depois de novembro de 2023.
“Ainda estamos em território quase recorde de temperaturas globais, e é provável que isso permaneça pelo menos nos próximos meses”, disse à Reuters o pesquisador climático do Copernicus, Julien Nicolas. As emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis são a principal causa das mudanças climáticas. Reduzir as emissões a zero – como muitos governos se comprometeram a fazer – impedirá o agravamento do aquecimento global. No entanto, apesar dessas promessas verdes, as emissões globais de CO2 devem atingir um recorde este ano.
Os cientistas também estão monitorando se o padrão climático La Niña – que envolve o resfriamento das temperaturas da superfície do oceano – poderá se formar em 2025. Isso poderia esfriar rapidamente as temperaturas globais, embora não interrompesse a tendência subjacente de longo prazo do aquecimento causado pelas emissões.
O mundo está atualmente em condições neutras, depois que o El Niño – a contraparte mais quente do La Niña – terminou no início deste ano. “Embora 2025 possa ser um pouco mais frio do que 2024, se ocorrer um evento La Niña, isso não significa que as temperaturas serão seguras ou normais, disse Friederike Otto, professora sênior do Imperial College, em Londres. “Ainda teremos altas temperaturas, resultando em perigosas ondas de calor, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais.” Os registros do C3S remontam a 1940 e são cruzados com os registros de temperatura global que remontam a 1850.
O médico Arthur Trindade, especialista em Otorrinolaringologia, revelou o que há de mais novo em relação a tratamentos para respirar e dormir melhor. Durante o programa 20 minutos com Clilson Júnior, o médico detalhou que o paciente deve buscar acompanhamento especializado.
A ausência de um sono de qualidade compromete a saúde durante o dia, de acordo com o médico. “Os pacientes que não dormem bem geralmente vivem menos, tem maiores chances de ter doenças neurodegenerativas, como o próprio Alzheimer, aumento de hipertensão arterial e diabetes ao longo da vida”, afirmou Arthur Trindade.
A partir das consultas, o profissional vai realizar uma avaliação anatômico-fisiológica da via aérea e fazer um exame chamado polissonografia para avaliar como proceder. O médico explicou ainda que dentre os tratamentos para o ronco estão a fisioterapia, atuando no fortalecimento da musculatura da faringe; além disso também podem ser utilizados dispositivos e aparelhos. Outra possibilidade é a realização de cirurgia.
Para melhorar a qualidade do sono, o médico cita que é necessário criar rotinas pré-sono. “Uma hora antes do seu horário padrão de dormir, se desliga. Se desliga da tela, da TV, do computador, do celular. Começa a fazer atividades mais relaxantes: pega um livro pra ler, vai conversar com o esposo, a esposa, com as crianças. Tentar fazer atividades que liberem endorfina, mas sem chamar sua atenção, sem gerar alerta. E também antes desse período, fazer atividades que exponham à luz solar”, explicou Arthur Trindade.
Graduado em Medicina pela UFPB, Arthur Trindade tem residência médica em Otorrinolaringologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM-SP). Ele também é especialista em Otottinolaringologia e em Medicina do Sono pela Associação Médica Brasileira (AMB) e membro titular da Associação Brasileira de Sono (ABS).
João Pessoa é a cidade paraibana com o maior número de casos confirmados de HIV e Aids em 2024. Ao todo, foram registrados 406 casos de HIV e 98 de Aids. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nessa quinta-feira (28), em um boletim epidemiológico. Em todo o estado, de acordo com a SES, no período de janeiro a novembro, a Paraíba registrou 781 novos casos de HIV e o mesmo quantitativo de casos de Aids.
Campina Grande é a segunda cidade da Paraíba com o maior número de diagnósticos, sendo 52 de HIV e 17 de Aids.
Mortes
A quantidade de mortes decorrentes de Aids diminuiu neste ano em comparação com 2023. A Paraíba registrou uma queda de 11%, saindo de 162 óbitos no ano passado para 143 óbitos em 2024. O número representa um coeficiente de mortalidade de 3,5 óbitos por 100 mil habitantes.
Prevenção e tratamento
De acordo com a gerente operacional de Condições Crônicas e IST da SES, Ivoneide Lucena, a principal via de infecção dos casos confirmados é a relação sexual sem preservativo. Ela reforça a importância da testagem para auxiliar no diagnóstico precoce e tratamento das ISTs. “Nós sabemos que muitas pessoas têm o HIV e não sabem que têm porque nunca procuram um serviço para fazer o teste. A gente orienta que, a cada seis meses, as pessoas busquem o serviço para realizar o teste, sobretudo se tiverem se submetido a alguma relação desprotegida, sem o uso de camisinha”, alerta Ivoneide, ao ressaltar que tanto os testes quanto o tratamento são oferecidos gratuitamente à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na Paraíba, 9.376 pessoas fazem o tratamento antirretroviral, cuja medicação é distribuída em 14 serviços de dispensação, disponíveis nas três macrorregiões de saúde do estado, sendo o Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, em João Pessoa, a principal referência da rede.
Segundo a médica infectologista da SES, Júlia Chaves, a adesão à terapia antirretroviral proporciona grandes benefícios individuais, como aumento da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas. Além disso, o tratamento traz a possibilidade de a pessoa com HIV tornar-se indetectável, reduzindo a possibilidade de transmissão do vírus pela via sexual.
“A profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP) contribuem potencialmente para a qualidade de vida das pessoas. Elas possibilitam que quem teve contato com o vírus, se administradas adequadamente, não adquiram a infecção”, destaca a médica ao frisar que existem outras profilaxias que otimizam a prevenção contra o HIV/Aids e demais ISTs. “A pessoa pode usar uma profilaxia combinada, ou seja, utilizar o medicamento em conjunto com outros métodos, como o preservativo durante o ato sexual, por exemplo”, acrescenta.
Serviços de referência para HIV/Aids e outras ISTs na Paraíba:
- Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga (João Pessoa)
- Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) – João Pessoa
- SAE – Cabedelo
- SAE – Santa Rita
- SAE/CTA – Patos
- SAE/CTA – Campina Grande
- SAE – Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) – Campina Grande (via regulação)
Um menino de 2 anos que morreu após se afogar se tornou o doador de órgãos mais novo registrado na Paraíba. A criança ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa durante esta semana.
Após ter um quadro de morte encefálica declarado pelos médicos através de um protocolo de exames clínicos e de imagem, a família deu autorização para que fosse realizada a doação dos rins da criança. Os órgãos foram doados para um menino de 10 anos que passa por um tratamento de hemodiálise no estado de São Paulo.
A cirurgia de captação dos órgãos aconteceu no centro cirúrgico do Hospital de Trauma de João Pessoa. A médica Nara Gelle, da equipe de captação do Hospital Samaritano Higienópolis, destacou a importância da doação.
“Essas crianças têm déficit de crescimento e desenvolvimento, então foi um grande passo essa família (da doadora) dizer esse sim para essa criança, para poder ofertar a ela a oportunidade de ter uma vida de melhor qualidade,” afirmou.
Do g1
Os bebês prematuros são aqueles que nascem com idade gestacional inferior a 37 semanas. Esses recém-nascidos têm um maior risco de adquirir infecções em decorrência da imaturidade do seu sistema imunológico. Além de outros cuidados complementares, a vacinação deve ser administrada sem atrasos e é uma forma de garantir a segurança e proteção desse público. O Novembro Roxo é também um mês dedicado à conscientização sobre a prematuridade.
No Brasil, um a cada 10 nascimentos acontece antes das 37 semanas de gestação, colocando o país entre os 10 com maior número de partos prematuros no mundo. A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade, que em João Pessoa é realizado pelas equipes de saúde da família. E em se tratando de gravidez de alto risco, a referência é o Instituto Cândida Vargas (ICV).
“Todos os hospitais públicos contam com uma sala de vacina com profissionais treinados para promover esse cuidado com as primeiras vacinas dos bebês. Já para os hospitais privados, temos uma equipe da Central de Imunobiológico que atua de forma itinerante visitando esses hospitais diariamente e promovendo a vacinação dos recém-nascidos, com o objetivo de saírem protegidos do ambiente hospitalar”, explicou Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da Prefeitura de João Pessoa.
Para todos os recém-nascidos, a vacinação deve ser iniciada com as doses da Hepatite B e BCG, com a ressalva de adiamento da vacina BCG nos bebês com peso inferior a 2kg. “As demais vacinas do calendário seguem normalmente, com a idade cronológica do bebê, independente do seu peso ou idade gestacional. Os papais e responsáveis devem ficar atentos com essa proteção, porque essas crianças são mais vulneráveis a algumas infecções. Assim, a prevenção ganha ainda mais importância nesse grupo”, completou o coordenador de Imunização.
Vacinação – Na Rede Municipal de Saúde de João Pessoa, a prevenção por meio da vacinação pode ser realizada nas unidades de saúde da família (USFs), policlínicas municipais, Centro Municipal de Imunização e nos três pontos móveis que funcionam no Home Center Ferreira Costa, Shopping Sul e Shopping Tambiá.
Documentação – Para vacinação é importante apresentar um documento oficial com foto ou registro da criança ou adolescente, Cartão SUS e o cartão ou caderneta de vacina.
Locais de vacinação em João Pessoa nesta quinta-feira (21):
Unidades de Saúde da Família (USFs)
Vacinas de campanha:
– Dengue: adolescentes de 10 a 14 anos;
– Influenza: população acima dos seis meses de idade;
– Vacinas do calendário de rotina;
Horário: 7h às 11h e das 12h às 16h (de segunda a sexta-feira);
*exceção: Alto do Céu II, Cidade Verde e Jardim Planalto.
USF Integrada Cruz das Armas
– Vacinação contra Covid-19 de crianças menores de 5 anos e grupos prioritários.
Horário: 7h às 11h e das 12h às 16h (de segunda a sexta-feira);
Policlínicas Municipais
Vacinas de campanha:
– Dengue: adolescentes de 10 a 14 anos;
– Covid-19: crianças menores de 5 anos e grupos prioritários;
– Influenza: população acima dos seis meses de idade;
– Vacinas do calendário de rotina;
Horário: 8h às 16h (de segunda a sexta-feira).
Centro Municipal de Imunização
Vacinas de campanha:
– Dengue: adolescentes de 10 a 14 anos;
– Covid-19: crianças menores de 5 anos e grupos prioritários;
– Influenza: população acima dos seis meses de idade;
– Vacinas do calendário de rotina;
Horário: 8h às 16h (de segunda a sexta-feira) e das 8h às 12h (sábado, domingo e feriado – apenas para vacinação de urgência).
Home Center Ferreira Costa
Vacinas de campanha:
– Dengue: adolescentes de 10 a 14 anos;
– Covid-19: crianças menores de 5 anos e grupos prioritários;
– Influenza: população acima dos seis meses de idade;
– Vacinas do calendário de rotina;
Horário: 12h às 21h (de segunda a sexta-feira) e das 8h às 16h (sábado).
Shopping Sul
Vacinas de campanha:
– Dengue: adolescentes de 10 a 14 anos;
– Covid-19: crianças menores de 5 anos e grupos prioritários;
– Influenza: população acima dos seis meses de idade;
– Vacinas do calendário de rotina;
Horário: 12h às 21h (de segunda a sexta-feira) e das 10h às 16h (sábado).
Shopping Tambiá
Vacinas de campanha:
– Dengue: adolescentes de 10 a 14 anos;
– Covid-19: crianças menores de 5 anos e grupos prioritários;
– Influenza: população acima dos seis meses de idade;
– Vacinas do calendário de rotina;
Horário: 12h às 20h (de segunda a sexta-feira) e das 9h às 16h (sábado).
Vacinação domiciliar
O usuário deve fazer o agendamento pelo aplicativo ‘João Pessoa na Palma da Mão’. Esse serviço é destinado às pessoas acamadas (restritas ao leito).
No dia 17 de novembro de 2019, segundo dados do governo Chinês, surgiu o primeiro caso de Covid-19 no mundo. A data marca o início da eventual pandemia global nos dois anos posteriores à data.
A partir disso, um homem de 55 anos, da província de Hubei, próximo de Wuhan, na China, passou a ser considerado o foco do primeiro surto conhecido.
Nesse sentido, investigadores indicam que os primeiros casos em humanos tiveram a influência de morcegos, raposas e mamíferos já infectados. Dessa forma, esses animais, comumente consumidos pela população, seja pela sua carne ou pele, acabaram passando para os clientes daquele estabelecimento.
Por outro lado, os primeiros relatos, rejeitados tempos depois por altos funcionários chineses, se confirmaram. Eles apontavam que, a provável fonte da pandemia, tinha como origem, a venda de animais vivos no mercado atacadista de frutos do mar em Huanan.
Consequentemente, este fato levou a perda de mais de 6,4 milhões de vidas desde o seu surgimento há cinco anos atrás.
Confira principais conclusões do estudo
- As únicas áreas onde o vírus estava se espalhando, principalmente em dezembro de 2019, eram bairros a menos de 800 metros do mercado. Anteriormente, alguns pesquisadores sugeriram que o SARS-CoV-2 passou para o mercado de outras partes da cidade, se espalhando entre seus clientes.
- Por meio das novas descobertas, houve a sugestão de que o vírus se originou no mercado com as vendas de animais ainda vivos. Após isso, se alastrou lentamente de lá para bairros próximos, e depois, para a cidade em geral.
Números no Brasil
De acordo com o último levantamento geral de dados das secretarias estaduais de saúde, o Brasil soma, nos últimos cinco anos, mais de 39 milhões de casos conhecidos. Destes, foram contabilizadas 714.114 mortes em todo o território nacional.
Importante ressaltar, que apesar da pandemia ter sido controlada pelos órgãos e entidades responsáveis, o vírus ainda existe e com potencial de morte para grupos de risco. Por isso, o quadro de casos recebe atualizações diariamente, com o objetivo de retratar, em tempo real, a situação clínica do país.
A jornalista Ariane Póvoa, de 40 anos, enfrentou nesta semana um dos maiores medos que toda mãe de criança pequena tem: precisou correr com a filha Amanda, de 1 ano e 4 meses, para o hospital, depois de verificar que a menina havia sido picada por um escorpião enquanto ainda estava no berço.
“Ela acordou chorando muito, mas, na hora, não entendi o que era. Pensei que fosse dente nascendo. Ela começou a falar ‘dodói’ e apontar para o braço. Quando fui arrumar o berço, achei o escorpião”.
“Graças a Deus, foi um quadro leve. Ela ficou bem, mas sentindo dor no local da picada”, disse Ariane. Antes de conseguir atendimento para a filha, Ariane chegou a passar por uma unidade da rede pública tida como referência para acidentes com escorpião em Brasília. O local, entretanto, não oferece atendimento pediátrico. “Só naquele dia, foram três casos de picada de escorpião em crianças no Hospital Materno Infantil, onde conseguimos atendimento.”
Por morar em apartamento, a jornalista nunca imaginou que passaria por algo do tipo. O episódio ocorreu por volta das 5h30 desta quarta-feira (6), e Amanda teve alta no fim da tarde. “Ela não apresentou náusea, vômito, calafrio, nem sudorese, mas, como é protocolo, teve que ficar em observação por seis horas”, contou. “Durante a madrugada e hoje de manhã, ela ainda teve febre e está um pouco mais enjoadinha. Estamos monitorando com a pediatra.”
Casos como o de Amanda tornam-se cada vez mais comuns no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que pelo menos 202.324 notificações de acidentes com escorpiões foram registradas no país ao longo do ano passado – 20.243 a mais que o total registrado no ano anterior. Esta é a primeira vez que o total de notificações passa de 200 mil.
O número de mortes provocadas por picadas de escorpião também aumentou, passando de 92 em 2022 para 134 no ano passado. As mortes provocadas por acidentes com escorpião ultrapassaram até mesmo os óbitos causados por picadas de serpente que, no ano passado, totalizaram 133.
Entenda
O chamado acidente escorpiônico representa o quadro clínico de envenenamento provocado quando um escorpião injeta sua peçonha através do ferrão. Representantes da classe dos aracnídeos, os escorpiões são predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo, com maior incidência nos períodos em que há aumento de temperatura e de umidade.
No Brasil, os escorpiões classificados pelo ministério como de importância em saúde pública são:
– escorpião-amarelo (T. serrulatus) – com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e fácil adaptação ao meio urbano.
– escorpião-marrom (T. bahiensis) – encontrado nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
– escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) – espécie mais comum no Nordeste, mas com alguns registros nos seguintes estados: Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
– escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – principal causador de acidentes e óbitos na região Norte e no Mato Grosso.
Perfil das vítimas
Dados da pasta mostram que a maioria dos casos ocorre em grupos com idade entre 20 e 29 anos, seguido pelos grupos de 40 a 49 anos, 30 a 39 anos e 50 a 59 anos. Já o grupo menos acometido é o de 80 anos ou mais, seguido pelo de 70 a 79 anos.
Os números indicam que 53% das vítimas de picadas de escorpião em 2023 eram pardas (53%), seguidas por brancas (30%), pretas (7%) e amarelas (1%), sendo que em 8% dos casos não foi identificada raça ou cor do paciente.
Distribuição dos casos
Entre as regiões do país, o Sudeste lidera, com 93.369 acidentes com escorpiões. Em seguida, estão o Nordeste, com 77.539; o Centro-Oeste, com 16.759; o Sul, com 7.573; e o Norte, com 7.084.
São Paulo lidera entre os estados com maior número de notificações (48.651), seguido por Minas Gerais (38.827) e pela Bahia (22.614). Já Alagoas registra o maior coeficiente de incidência do país (376,02 para cada grupo de 100 mil pessoas). Minas Gerais responde ainda pela maior taxa de letalidade (0,17).
Dados da pasta revelam que 65,92% das notificações de acidentes com escorpiões são feitas em zonas urbanas; 30,43%, em áreas rurais; e 0,53%, em zonas periurbanas, enquanto em 3,12% dos casos a informação foi ignorada ou não foi registrada.
Local e gravidade da picada do escorpião
Dentre os principais locais de picada, o pé aparece em primeiro lugar (22,56%). Em seguida, estão dedos da mão (22,28%), mão (18,32%), dedos do pé (9,38%), perna (5,63%), tronco (5,38%), braço (4,57%), coxa (3,92%), cabeça (2,64%) e antebraço (2,47%). Em 2,85% dos casos, o local não foi registrado.
De acordo com o ministério, 89% das notificações de acidentes com escorpião registradas em 2023 foram classificadas como leves; 5,99%, como moderadas; e 0,77%, como graves, sendo que, em 4,16% dos casos, o nível de gravidade não foi informado.
Tempo de espera
Os números revelam que a taxa de letalidade por picada de escorpião aumenta à medida que o tempo decorrido desde o acidente se torna maior. Em pacientes que receberam atendimento entre uma e 12 horas após serem picados, a taxa se manteve abaixo de 10%. Já em grupos atendidos 24 horas ou mais após serem picados, o índice subiu para quase 40%.
Sintomas
Dentre os sinais e sintomas mais comuns entre vítimas de acidentes com escorpiões estão dor (85,69%), edema ou inchaço causado pelo acúmulo de líquidos (64,55%) e equimose ou sangramento no tecido subcutâneo (10,9%). Em 1,26% dos casos, foi identificada necrose ou morte celular.
Curiosidades
O Instituto Butantan lista uma série de fatos curiosos sobre escorpiões:
- Escorpiões podem ficar fluorescentes porque carregam em sua cutícula substâncias que são chamadas de metabólitos secundários. Por isso, parecem fluorescentes sob a luz ultravioleta. Esse tipo de iluminação ajuda especialistas a fazerem o controle e a coleta dos escorpiões, que precisam ser feito à noite, já que é nesse período que eles saem para caçar.
- Escorpiões picam pela cauda e não pelas pinças, já que o veneno fica armazenado no interior do órgão conhecido popularmente como cauda. O nome correto dessa parte do corpo do escorpião é metassoma, que ajuda a dar equilíbrio ao animal, além de servir como forma de defesa. Já as pinças são usadas para segurar presas e no acasalamento.
- Escorpiões do gênero Ananteris têm a capacidade de se desprender da cauda para escapar de predadores. O fenômeno, observado também entre lagartos, é considerado uma automutilação. Quando o órgão é destacado do corpo, o intestino e o ânus param de funcionar corretamente e as fezes ficam acumuladas, causando intoxicação e, posteriormente, a morte do animal.
- Cerca de 5% das espécies de escorpiões têm capacidade de ter filhotes sozinhas, sem precisar de um parceiro. Esse tipo de reprodução é chamado partenogênese e nada mais é que o desenvolvimento de embriões sem necessidade de fecundação de espermatozoides.
Agência Brasil
A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou sessão especial, na tarde desta terça-feira (29), em alusão ao Outubro Rosa e para outorga do Certificado “Quem Ama Cuida” a Organizações Não-Governamentais, em reconhecimento ao trabalho desenvolvido em benefício das mulheres no Estado. O evento, proposto pelo deputado Adriano Galdino, presidente da Casa, e a Bancada Feminina aconteceu no plenário “Deputado José Mariz”. A deputada Camila Toscano presidiu o evento, secretariada pelo deputado Tovar Correia Lima. Também participaram da sessão as deputadas Drª Paula, Francisca Motta e Cida Ramos; o deputado Tovar Correia Lima; e advogada Rosana Gadelha, Secretária da Comissão Permanente de Direitos da Mulher da ALPB.
Ao abrir os trabalhos, Camila Toscano, representando a Comissão dos Direitos da Mulher, explicou que neste ano a Comissão resolveu “fazer algo diferente”, destacando que a entrega do Certificado como forma de homenagear, parabenizar e reconhecer o trabalho das ONGs que atuam na prevenção e no tratamento das mulheres com câncer, “trazendo os holofotes da Assembleia para essas instituições que trabalham com mulheres que lutam ou lutaram contra o câncer”.
“Então, acho que é muito importante a gente mostrar que na Paraíba existem várias instituições, várias pessoas que lutam, dão a mão e abraçam aquelas pessoas que estão passando por um problema de saúde como o câncer de mama. A Assembleia Legislativa está fazendo, mais uma vez, o seu papel social de chamar a atenção da sociedade e de parabenizar aquelas que trabalham em prol da nossa Paraíba”, justificou.
A primeira-dama do Estado, Ana Maria Lins, destacou a importância da iniciativa da Assembleia Legislativa em homenagear as instituições sociais que cuidam dos direitos e da saúde da mulher em nosso estado. “Quem ama, cuida, e merece reconhecimento. E é isso que essas entidades fazem e que estão sendo reconhecidas, através deste Certificado do Poder Legislativo Estadual, em reconhecimento pelo belo trabalho que elas realizam. Iniciativas como essas são muito importantes para conscientizar as mulheres de que elas devem se cuidar, principalmente através da prevenção, porque isso salva vidas”, acrescentou.
A prefeita reeleita de Pocinhos, Eliane Galdino, que representou o seu marido, o deputado Adriano Galdino, presidente da Casa, ressaltou que a Assembleia Legislativa faz um trabalho brilhante, especialmente em relação às questões que tratam das mulheres. “E, no caso especifico da prevenção do câncer de mama e dos direitos dessas mulheres, o reconhecimento ao trabalho das ONGs é fundamental. Eu fico muito feliz por estar aqui participando dessa sessão que é mais do que especial e dedicada a uma causa tão nobre”, observou.
A presidente da Associação Promocional do Poder Legislativo (APPL), Manuelly Toscano, disse que a ALPB, num momento de grande felicidade, “está homenageando grandes mulheres da sociedade que têm projetos sociais grandiosos em prol de vítimas de violências e mulheres em vulnerabilidade”. Ela destacou a atuação da Casa em defesa dos direitos das mulheres, através da elaboração de leis e de campanhas exitosas como o ‘Outubro Rosa’ e “Rompa o Ciclo de Violência’. “Essa homenagem as essas pessoas que dirigem entidades que cuidam das mulheres, é muito importante, não só na prevenção como também no tratamento e enfrentamento ao câncer de mama, fortalecendo cada vez mais esses movimentos”, declarou.
Para Leandra Dias, presidente do Instituto Poderosas em Ação, o reconhecimento é motivo para se alegrar. “Eu tive um câncer de mama em 2019 e assim formamos o grupo e hoje somos quase 200 mulheres cuidando umas das outras. É com grande alegria e com muita honra que recebemos esse certificado”, enfatizou. O diretor da Organização de Apoio, Combate e Defesa de Mulheres contra o Câncer de Mama, sediada em Bayeux, Washington Lucena Menezes, parabenizou a ação da Assembleia, afirmando que esse apoio do Poder Legislativo a essas entidades “é mais do que necessário para todas as entidades, que trabalham pela prevenção e tratamento das mulheres com Câncer”.
Por sua vez, Josivânia de Sousa Araújo Bandeira, do projeto Amparar, do município de Mamanguape, expressou sua emoção com a homenagem, afirmando que ao reconhecer o trabalho desenvolvido pela entidade, a Assembleia reforça a necessidade “de um cuidado essencial com as mulheres com câncer de mama, que cada dia aumenta mais”. Já a representante do Instituto de Apoio aos Portadores de Câncer de Solânea, Ana Lúcia dos Anjos Pereira, ressaltou a atuação da Assembleia Legislativa nas questões de interesse das mulheres. “Para nós foi muito importante o abraçar dela, o acolher do nosso projeto”, observou.
Foram agraciadas com o Certificado “Quem ama Cuida”, as seguintes entidades: o Projeto Amparar, a Associação “Mãos que Ajudam”, a Rede Feminina de Combate ao Câncer, a Associação “Mãos que Acolhem”, a Associação Castelo de Mulheres, o Instituto de Apoio aos Portadores de Câncer, o Instituto Poderosas em Ação, e a Organização de Apoio, Combate e Defesa das Mulheres Contra o Câncer de Mama.
Também prestigiaram o evento, a desembargadora Agamenilde Dias, presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB); a defensora pública-geral do estado, Madalena Abrantes; a secretária de estado da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, na oportunidade representando o governador João Azevêdo; a delegada Maria Sileide da Azevedo, coordenadora-geral da Delegacia de Atendimento à Mulher, da Polícia Civil do Estado da Paraíba; e a advogada Ezilda Melo, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-PB. (*) Agência ALPB