A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nessa terça-feira (7), mais um Boletim Epidemiológico com o cenário dos casos prováveis de arboviroses na Paraíba. De acordo com os dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e consolidados pela SES, no período de janeiro a 28 de dezembro de 2024, foram contabilizados 16.597 casos, sendo 14.789 de dengue (89,11%), 1.711 de chikungunya (10,31%) e 97 de zika (0,58%).
Ao todo, foram confirmados 11 óbitos decorrentes de dengue, com residentes nos municípios de Cabedelo (1), Camalaú (1), Campina Grande (2), Catolé do Rocha (1), Conde (1), João Pessoa (2), Lucena (1), Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Outros quatro seguem em investigação nos municípios de Bananeiras, Itabaiana, João Pessoa e Monteiro. Também foram registrados cinco óbitos por chikungunya, sendo um óbito em cada um dos seguintes municípios: Sapé, João Pessoa, Campina Grande, Pirpirituba e Monteiro. Não há óbito (confirmado ou em investigação) em decorrência de zika.
A Prefeitura de Guarabira lança nesta terça-feira (7), no Complexo de Saúde Geraldo Camilo, às 10h, o Mutirão da Saúde, uma parceria entre a gestão municipal e o deputado federal Ruy Carneiro. Durante o lançamento, a prefeita Léa Toscano, ao lado da secretária de Saúde, Dayse Campos, do deputado Ruy Carneiro e da deputada estadual Camila Toscano, fará o anúncio do início dos trabalhos e dará detalhes sobre como funcionará a iniciativa, que contará com investimentos de mais de R$ 2 milhões.
“Demos início à nossa gestão com muito trabalho e cumprindo aquilo que nos comprometemos a fazer, que foi cuidar do nosso povo. Nosso pontapé inicial será na saúde, com a realização do Mutirão da Saúde, que tem o objetivo de zerar a fila de espera por consultas, exames e até mesmo cirurgias. Em parceria com o deputado Ruy Carneiro, faremos esse grande trabalho na nossa querida Guarabira. O trabalho transforma, e a saúde é, sem dúvidas, uma das nossas prioridades”, afirmou Léa Toscano.
O Mutirão da Saúde tem como objetivo acabar com a demanda reprimida existente no município para a realização de consultas especializadas, exames e até mesmo cirurgias. Ao assumir a Secretaria de Saúde, a secretária Dayse Campos observou que a alta demanda é fruto da falta de médicos especialistas na cidade.
Segundo a secretária, a ideia é oferecer consultas e, se necessário, realizar exames complementares e, em casos extremos, garantir também a realização de cirurgias. “Podemos até entender a necessidade de aguardar um mês por um exame ou consulta, mas não é admissível esperar seis meses ou um ano por isso”, destacou.
Os detalhes sobre como irá funcionar o Mutirão da Saúde de Guarabira e como a população terá acesso, serão revelados durante o lançamento nesta terça-feira.
As delícias das ceias de Natal e Ano novo podem se tornar um grande problema para quem sofre com refluxo. Pratos mais gordurosos, bebidas com gás e nossa tendência ao exagero podem ativar o problema.
Segundo o Ministério da Saúde, neste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou atendimento de 62 mil pacientes com sintomas na Doença do Refluxo Gastroesofágico. Mais de 3.200 tiveram que ser internados.
Quem tem refluxo precisa ter uma atenção maior com pratos como tender, pernil, salpicão com muita maionese, espumante, chocolate, especialmente em excesso, conforme o médico endoscopista Hugo Guedes.
“Esses alimentos acabam piorando o refluxo porque, de alguma forma, ou eles aumentam a demanda de produção de ácido para serem digeridos ou podem potencializar em grande volume o retorno do ácido que está no estômago para o esôfago. Então, a gente tem que tomar cuidado com esse tipo de alimento na ceia de Natal”.
Não é preciso deixar de aproveitar a ceia. O médico recomenda comer em menor quantidade, não beber durante a refeição, dar um intervalo de 30 minutos, pelo menos, antes ou depois de comer.
Se a pessoa passar mal, a orientação é dar tempo para a digestão.
“Tente aí manter um tempo de jejum para que possa ter a passagem do alimento para a intestino e a digestão possa acontecer. Não deite logo após se alimentar. Fique um tempo sentado, caminhadas leves ou atividades leves podem ajudar. E, caso os sintomas não melhorem, você pode recorrer aos medicamentos, inicialmente com os antiácidos, e, em casos mais sintomáticos, os protetores gástricos propriamente ditos”, afirma Hugo Guedes.
Sintomas
Os sintomas típicos do refluxo são queimação no estômago, azia, dor no peito, enjoo, regurgitação, tosse, pigarro e sensação de garganta arranhada.
Se as dores ou os sintomas não melhorarem, é necessário procura um médico para o tratamento correto.
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Nos dias 18 e 19 de abril de 2025, João Pessoa será sede do Festival Diamba na Paraíba: Nordeste Semente, o primeiro evento no estado a abordar a Cannabis medicinal de maneira integrada, reunindo conhecimento acadêmico, cultura e saúde. A iniciativa é realizada pela Associação Canábica Florescer (ACAFLOR), com organização das produtoras Alumiô Parahyba e Mariana Rosa. O evento será sediado no Centro Cultural Piollin, espaço de referência em arte e educação.
O festival terá como tema principal o “Nordeste Semente”, destacando o pioneirismo da região no cultivo da Cannabis, sua relevância histórica e cultural, e o potencial das condições climáticas nordestinas. O objetivo é promover debates e atividades práticas que abrangem desde o uso medicinal da planta até questões legais e sociais, envolvendo profissionais de saúde, advogados, cultivadores, artistas e as pessoas interessadas na temática.
Durante os dois dias, o público poderá participar de minicursos, rodas de conversa, palestras, exposições, apresentações artísticas e workshops. Os principais eixos temáticos incluem:
- Saúde : Uso medicinal da Cannabis em uma perspectiva multiprofissional.
- Direitos : Discussões sobre a legislação e os direitos de cultivadores e usuários.
- Juventude e trabalho : Aspectos sociais e econômicos relacionados à Cannabis.
- Associativismo : A importância de parcerias entre associações para fortalecer o setor.
- Artes e ancestralidade : Conexões culturais e históricas da planta com saberes tradicionais.
Além das atividades educativas, o evento contará com apresentações culturais, incluindo shows de música, dança e teatro, que valorizam artistas locais e nacionais. Haverá também vivências lúdicas infantis e uma feira de economia solidária, com produtos relacionados à temática da Cannabis medicinal.
O festival é voltado para um público diverso, incluindo trabalhadores do setor, profissionais da saúde, juristas, jovens entre 20 e 30 anos, pesquisadores e interessados na temática, além de artistas. A expectativa é atrair cerca de 1.000 pessoas ao longo dos dois dias.
Um marco para a Paraíba e o Nordeste
O Festival Diamba marca um passo importante para consolidar a Paraíba como referência no debate sobre a Cannabis medicinal. O estado já abriga duas associações pioneiras do país, a ABRACE Esperança e a Liga Canábica , fundadas em 2014. A iniciativa também reforça o papel do Nordeste como líder na área, contribuindo para a difusão de conhecimentos e para o fortalecimento do mercado emergente.
A realização do evento é fruto da atuação da ACAFLOR , organização sem fins lucrativos criada em 2022 para atender pacientes que utilizam Cannabis medicinal. A associação é autorizada pela Justiça a cultivar e fornecer produtos à base de plantas, como óleos, pomadas e flores in natura.
Com uma proposta de educação, cultura e transformação social, o Festival Diamba na Paraíba promete ser um marco para o estado, promovendo debates e celebrando o pioneirismo nordestino no cultivo e uso medicinal da Cannabis.
Este ano será o mais quente desde o início dos registros, com a expectativa de que as temperaturas extraordinariamente altas persistam pelo menos até os primeiros meses de 2025, afirmaram cientistas da União Europeia (UE) nesta segunda-feira (9). Os dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da UE, foram divulgados duas semanas depois que as negociações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) resultaram em um acordo de US$ 300 bilhões para combater as mudanças climáticas, um pacote que os países mais pobres criticaram como insuficiente para cobrir os custos crescentes dos desastres relacionados ao clima.
O C3S disse que os dados de janeiro a novembro confirmaram que 2024 certamente será o ano mais quente já registrado e o primeiro em que as temperaturas médias globais atingirão 1,5 grau Celsius acima do período pré-industrial, de 1850 a 1900. O ano mais quente registrado anteriormente foi 2023. O clima extremo atingiu o mundo em 2024, com secas severas atingindo a Itália e a América do Sul, enchentes fatais no Nepal, Sudão e na Europa, ondas de calor no México, Mali e na Arábia Saudita, que mataram milhares de pessoas, e ciclones desastrosos nos Estados Unidos (EUA) e nas Filipinas. Estudos científicos confirmaram as impressões digitais da mudança climática causada pelo homem em todos esses desastres. O mês passado foi classificado como o segundo novembro mais quente já registrado, depois de novembro de 2023.
“Ainda estamos em território quase recorde de temperaturas globais, e é provável que isso permaneça pelo menos nos próximos meses”, disse à Reuters o pesquisador climático do Copernicus, Julien Nicolas. As emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis são a principal causa das mudanças climáticas. Reduzir as emissões a zero – como muitos governos se comprometeram a fazer – impedirá o agravamento do aquecimento global. No entanto, apesar dessas promessas verdes, as emissões globais de CO2 devem atingir um recorde este ano.
Os cientistas também estão monitorando se o padrão climático La Niña – que envolve o resfriamento das temperaturas da superfície do oceano – poderá se formar em 2025. Isso poderia esfriar rapidamente as temperaturas globais, embora não interrompesse a tendência subjacente de longo prazo do aquecimento causado pelas emissões.
O mundo está atualmente em condições neutras, depois que o El Niño – a contraparte mais quente do La Niña – terminou no início deste ano. “Embora 2025 possa ser um pouco mais frio do que 2024, se ocorrer um evento La Niña, isso não significa que as temperaturas serão seguras ou normais, disse Friederike Otto, professora sênior do Imperial College, em Londres. “Ainda teremos altas temperaturas, resultando em perigosas ondas de calor, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais.” Os registros do C3S remontam a 1940 e são cruzados com os registros de temperatura global que remontam a 1850.
O médico Arthur Trindade, especialista em Otorrinolaringologia, revelou o que há de mais novo em relação a tratamentos para respirar e dormir melhor. Durante o programa 20 minutos com Clilson Júnior, o médico detalhou que o paciente deve buscar acompanhamento especializado.
A ausência de um sono de qualidade compromete a saúde durante o dia, de acordo com o médico. “Os pacientes que não dormem bem geralmente vivem menos, tem maiores chances de ter doenças neurodegenerativas, como o próprio Alzheimer, aumento de hipertensão arterial e diabetes ao longo da vida”, afirmou Arthur Trindade.
A partir das consultas, o profissional vai realizar uma avaliação anatômico-fisiológica da via aérea e fazer um exame chamado polissonografia para avaliar como proceder. O médico explicou ainda que dentre os tratamentos para o ronco estão a fisioterapia, atuando no fortalecimento da musculatura da faringe; além disso também podem ser utilizados dispositivos e aparelhos. Outra possibilidade é a realização de cirurgia.
Para melhorar a qualidade do sono, o médico cita que é necessário criar rotinas pré-sono. “Uma hora antes do seu horário padrão de dormir, se desliga. Se desliga da tela, da TV, do computador, do celular. Começa a fazer atividades mais relaxantes: pega um livro pra ler, vai conversar com o esposo, a esposa, com as crianças. Tentar fazer atividades que liberem endorfina, mas sem chamar sua atenção, sem gerar alerta. E também antes desse período, fazer atividades que exponham à luz solar”, explicou Arthur Trindade.
Graduado em Medicina pela UFPB, Arthur Trindade tem residência médica em Otorrinolaringologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM-SP). Ele também é especialista em Otottinolaringologia e em Medicina do Sono pela Associação Médica Brasileira (AMB) e membro titular da Associação Brasileira de Sono (ABS).
João Pessoa é a cidade paraibana com o maior número de casos confirmados de HIV e Aids em 2024. Ao todo, foram registrados 406 casos de HIV e 98 de Aids. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nessa quinta-feira (28), em um boletim epidemiológico. Em todo o estado, de acordo com a SES, no período de janeiro a novembro, a Paraíba registrou 781 novos casos de HIV e o mesmo quantitativo de casos de Aids.
Campina Grande é a segunda cidade da Paraíba com o maior número de diagnósticos, sendo 52 de HIV e 17 de Aids.
Mortes
A quantidade de mortes decorrentes de Aids diminuiu neste ano em comparação com 2023. A Paraíba registrou uma queda de 11%, saindo de 162 óbitos no ano passado para 143 óbitos em 2024. O número representa um coeficiente de mortalidade de 3,5 óbitos por 100 mil habitantes.
Prevenção e tratamento
De acordo com a gerente operacional de Condições Crônicas e IST da SES, Ivoneide Lucena, a principal via de infecção dos casos confirmados é a relação sexual sem preservativo. Ela reforça a importância da testagem para auxiliar no diagnóstico precoce e tratamento das ISTs. “Nós sabemos que muitas pessoas têm o HIV e não sabem que têm porque nunca procuram um serviço para fazer o teste. A gente orienta que, a cada seis meses, as pessoas busquem o serviço para realizar o teste, sobretudo se tiverem se submetido a alguma relação desprotegida, sem o uso de camisinha”, alerta Ivoneide, ao ressaltar que tanto os testes quanto o tratamento são oferecidos gratuitamente à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na Paraíba, 9.376 pessoas fazem o tratamento antirretroviral, cuja medicação é distribuída em 14 serviços de dispensação, disponíveis nas três macrorregiões de saúde do estado, sendo o Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, em João Pessoa, a principal referência da rede.
Segundo a médica infectologista da SES, Júlia Chaves, a adesão à terapia antirretroviral proporciona grandes benefícios individuais, como aumento da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas. Além disso, o tratamento traz a possibilidade de a pessoa com HIV tornar-se indetectável, reduzindo a possibilidade de transmissão do vírus pela via sexual.
“A profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP) contribuem potencialmente para a qualidade de vida das pessoas. Elas possibilitam que quem teve contato com o vírus, se administradas adequadamente, não adquiram a infecção”, destaca a médica ao frisar que existem outras profilaxias que otimizam a prevenção contra o HIV/Aids e demais ISTs. “A pessoa pode usar uma profilaxia combinada, ou seja, utilizar o medicamento em conjunto com outros métodos, como o preservativo durante o ato sexual, por exemplo”, acrescenta.
Serviços de referência para HIV/Aids e outras ISTs na Paraíba:
- Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga (João Pessoa)
- Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) – João Pessoa
- SAE – Cabedelo
- SAE – Santa Rita
- SAE/CTA – Patos
- SAE/CTA – Campina Grande
- SAE – Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) – Campina Grande (via regulação)
Um menino de 2 anos que morreu após se afogar se tornou o doador de órgãos mais novo registrado na Paraíba. A criança ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa durante esta semana.
Após ter um quadro de morte encefálica declarado pelos médicos através de um protocolo de exames clínicos e de imagem, a família deu autorização para que fosse realizada a doação dos rins da criança. Os órgãos foram doados para um menino de 10 anos que passa por um tratamento de hemodiálise no estado de São Paulo.
A cirurgia de captação dos órgãos aconteceu no centro cirúrgico do Hospital de Trauma de João Pessoa. A médica Nara Gelle, da equipe de captação do Hospital Samaritano Higienópolis, destacou a importância da doação.
“Essas crianças têm déficit de crescimento e desenvolvimento, então foi um grande passo essa família (da doadora) dizer esse sim para essa criança, para poder ofertar a ela a oportunidade de ter uma vida de melhor qualidade,” afirmou.
Do g1