Ex-candidato a prefeito de Guarabira nas eleições de 2020, o advogado Teotônio Assunção, que está filiado ao PSB, foi entrevistado na tarde desta quinta-feira (22) na Rádio Cultura de Guarabira pelo comunicador Edicarlo Monteiro, fez uma avaliação dos eventos políticos do ano e projeções sobre a política local já para 2024 e criticou a gestão do prefeito de Guarabira, Marcus Diôgo (PSDB).
Teotônio disse que os planos traçados, projetados para 2022 foram cumpridos tanto em sua vida pessoal, na família, quanto nas questões profissionais na condição de advogado, um dos mais requisitados da região polarizada pro Guarabira.
Perguntado sobre o resultado soberano das urnas em 2022, Teotônio começou defendendo que as eleições sejam unificadas e o fim da reeleição.
“O Brasil parou esse ano por causa das eleições, que têm um custo alto, e daqui a dois anos vai parar novamente porque existe um nível grande de acirramento nas cidades. Eu defendo que as eleições sejam unificadas para se evitar tanto gasto e também defendo o fim da reeleição para que mais pessoas tenham oportunidade. Tem deputado com 10 mandatos, tem gente que nasce, cresce e fica velho na política. É preciso que para se candidatar se tenha uma profissão e infelizmente não é isso que ocorre no Brasil”, falou.
No que se refere à reeleição do governador João Azevêdo, Teotônio disse ter feito a escolha pela candidatura de João por estar no campo das oposições em nível local, não se junta ao atual prefeito de Guarabira e que não se envergonha das escolhas que faz na vida.
De acordo com ele, antes de anunciar apoio ao governador teve uma conversa longa sobre benefícios para a cidade de Guarabira, citando asfaltamento em bairros, abastecimento de água para comunidades rurais que sofrem com falta de água e ampliação de cursos para o campus da UEPB de Guarabira que, segundo ele, parou no tempo e precisa de novos cursos.
Quanto à eleição para presidente, Teotônio falou que nada vai mudar significativamente, pois Lula já foi presidente do Brasil e Bolsonaro também não faria nada de diferente.
Na disputa para deputado estadual, revelou que esperava votação mais expressiva do candidato Célio Alves, que teve seu apoio na última campanha, mas considera que foi plantada uma mente e faz parte do jogo democrático. Avaliou também a votação da deputada Camila Toscano (PSDB), que conseguiu 10 mil votos na cidade, mas o candidato a federal apoiado pela tucana conseguiu tirar apenas 2 mil votos. Teotônio apoiou para federal a candidatura à reeleição do deputado federal Gervásio Maia (PSB), que obteve 1.392 votos num cenário com três candidaturas de filhos da terra.
Questionado sobre o comando do PSB local, Teotônio afirmou que todas as vezes que tem oportunidade de conversar com Gervásio Maia, presidente da legenda na Paraíba, é sondado para assumir o controle do partido em Guarabira. Mas tem argumentado que só tratará da questão após o carnaval de 2023, depois de ouvir os amigos e os filiados ao PSB, assegurando que se assumir irá trabalhar para estruturar o partido.
Divisão nas oposições
Quando perguntado sobre o que defende para unificar as lideranças de oposição na disputa pela prefeitura de Guarabira nas próximas eleições, o socialista disse que o que ocorreu em 2020, quando os opositores tiveram mais votos que o prefeito, mas que em razão da divisão perderam a eleição, ocorreu o mesmo em 2016, quando Josa da Padaria e Fátima Paulino tiveram mais votos e Zenóbio Toscano foi reeleito.
Teotônio disse estar pronto e preparado para dialogar e unir os que fazem oposição à gestão atual, desde que seja escolhido para a disputa aquele candidato que represente o sentimento da população, que tenha um projeto, um plano de governo para desenvolver a cidade e que esteja em jogo um projeto de cidade e não projeto pessoal de quem quer que seja. Ele defendeu ainda que o critério seja o da pesquisa, o nome que seja o melhor avaliado pela população.
No entanto afirmou que não irá impor candidatura e citou nomes como Raniery, Fátima Paulino, Célio Alves, Josa da Padaria, Zé do Empenho, Marcelo Bandeira, Ramon Menezes, Renato Meireles, Dr. Wellington e Saulo de Biu como quadros que têm condições de disputar a chapa majoritária.
Críticas à gestão
Durante a entrevista uma ouvinte ligou e denunciou que a gestão deu recesso de final de ano a profissionais de saúde e há pessoas que necessitam de atendimento, de cuidados permanentes e estão completamente abandonadas, sem assistência do poder público e sem ter a quem recorrer.
Teotônio disse que não é surpresa o que está acontecendo de falta de assistência, de cuidado com os mais necessitados e que desde 2020 já alertava, mas as pessoas fizeram suas escolhas.
Foi objeto de crítica também a edição da Festa da Luz 2023, que será feita após o dia da padroeira de Guarabira, que é celebrado no dia 2 de fevereiro e a festa começa no da 3.
“O que vão fazer aí pode se chamar de qualquer coisa, mas não de Festa da Luz. Pode até dizer que é prévia do carnaval. Não se pode acabar com as tradições, a festa da padroeira tem que coincidir com a novena, tem que ser feita em parceria com a igreja”, comentou.
Ainda sobre os festejos da padroeira de Guarabira, que serão nos dias 3, 4 e 5 de fevereiro de 2023, Teotônio disse que o anúncio das atrações foi feito de forma desorganizada e depois de alguns dias, depois de pressão popular, o prefeito teve que divulgar o nome de mais um artista, tudo sem planejamento.
Por fim Teotônio desejou às famílias que tenham um Natal de mesa farta e um Ano Novo que seja transformador nas vidas de cada um, que possam lutar para mudar não o mundo, mas a partir de cada um com ações e gestos.