Por Martinho Alves de Andrade
Esses meses iniciais do ano os temos vivido como que anestesiados para não dizer completamente amedrontados, diante da pandemia que se abate sobre toda a população brasileira, e como não poderia fugir à realidade, por estas paragens guarabirenses também. E vamos vivendo fortalecidos pela fé cristã, de maneira que num dia estamos mais alegres, noutro assustados com possíveis resultados desagradáveis e por longos momentos até vivemos pensativos.
Pois bem, o início de agosto vai acontecendo de tudo: enquanto pacientes voltavam à convivência dos seus entes queridos festejando a vida, outras famílias já ajoelhadas e no seu silencio orante, imploravam ao Senhor, proteção por quem já estava sob cuidados médicos, enquanto outros mais se desmanchavam em oração também, para si e os amados da própria casa.
Aqui e acolá, porém, sempre surgia um gemido a demonstrar dor profunda no peito de alguém, que acabou de saber que o mal do século levou seu bem amado à páscoa, indo encontrar-se com o Misericordioso, em procura de paz definitiva e da vida eterna.
Sempre estivemos solidários a todos os nossos irmãos, vivessem a vida ou a despedida de seu bem querido em busca dos céus. Simplesmente continuávamos o cotidiano e nem imaginávamos passar por momentos tão dolorosos..
Oh, como vivemos essa dor, estudantes e professores de Educação Física de Guarabira, ao tomarmos conhecimento de que o querido e inesquecível João Floripes, homem de sorriso largo e semblante tranquilo, fora ao encontro do Criador, porque não mais lhe era permitido viver esta vida. Estava decidido, ele cumprira sua missão por aqui. Era hora de amenizar-lhe o sofrimento e fazê-lo chegar até Deus, para ao Seu lado viver a vida eterna.
Chegara-lhe o momento de ser recompensado nos céus, pois enquanto humano, o professor João Floripes fora bom esposo, excelente pai de família, competente educador, amigo leal em todos os instantes, íntegro e humilde por natureza, devotado auxiliar de mãos sempre estendidas a quem delas precisasse, e o mais importante, sem divulgação do nome do beneficiado. Deu-se sem olhar a quem e sem nada exigir de ninguém.
Enquanto conosco esteve, foi de um caráter irreprovável e procurou sempre ser justo para com o próximo. E dentro desse princípio, não quis apenas e tão somente servir a todos em troca de presentes ou salários. Também o fez de coração escancarado e por respeito e amor ao próximo procurando levar conhecimento, saúde e atenção a quem tivesse sido excluído da sociedade. A caridade fazia parte do seu cotidiano profissional, também.
DEUS O TENHA, JOÃO FLORIPES!!!