A política municipal de Alagoa Grande vive um momento tenso e conturbado com a aproximação das eleições municipais marcadas para outubro deste ano. Em um movimento que muitos consideram desesperado, o prefeito Antônio da Silva Sobrinho reuniu servidores estaduais para uma reunião controversa e, ao que tudo indica, intimidadora.
Durante o encontro, o prefeito afirmou que os cargos do estado estavam sob controle dos presentes, tentando convencê-los através de um vídeo antigo do governador, datado de abril, que foi apresentado como se fosse recente. O gesto foi visto como uma tentativa de legitimar suas afirmações e fortalecer sua posição, mas acabou levantando questionamentos sobre a transparência e a ética da administração municipal.
Um dos aspectos mais polêmicos da reunião foi a coleta dos celulares dos servidores, que foram colocados sobre a mesa, conforme mostra uma foto divulgada. A medida visava evitar registros do encontro, o que gerou ainda mais críticas e suspeitas sobre o teor das discussões. A coleta de celulares em eventos oficiais é uma prática rara e considerada autoritária, levantando preocupações sobre a liberdade e o direito à informação dos servidores públicos.
Além disso, o prefeito não hesitou em declarar que estava ciente da presença de adversários políticos entre os servidores, numa clara tentativa de intimidar e silenciar vozes dissidentes. Essa postura de confrontação reflete o desespero do prefeito Antônio da Silva Sobrinho em garantir a eleição de seu indicado, Fernando de Fortunato, nas próximas eleições municipais.
A utilização de um vídeo antigo do governador, apresentado como recente, só serviu para aumentar a sensação de manipulação e desespero na campanha do prefeito. A estratégia, que visava mostrar apoio político e reforçar a confiança dos servidores, acabou tendo o efeito contrário, gerando desconfiança e críticas por parte da população e de analistas políticos.